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06 de novembro de 2023
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Uma perspectiva redentora sobre o dinheiro 2d3q5r
Por Brian Heap
Nesses ltimos dois anos tive o privilgio de participar de uma conferncia chamada Redeeming Money (Redimindo Dinheiro), onde mais de duas mil pessoas reuniram-se na Flrida, Estados Unidos, para compartilhar aprendizados sobre mordomia crist e inovadoras estratgias, processos e produtos do mercado financeiro, especificamente criadas pensando num pblico que se identifica com a cosmoviso bblica sobre dinheiro. Ao andar pelos corredores do evento, conversar com os participantes e ouvir as palestras fico sonhando com como ser quando esse movimento, que j chegou em terras brasileiras, realmente deslanchar. O sonho grande, mas creio que extremamente pertinente para o mundo de hoje onde alguns argumentam que dinheiro o motor principal de praticamente todas as grandes movimentaes globais. Ento,

Na carta aos Romanos, o apstolo Paulo humildemente nos motiva a permitir que Deus transforme o nosso jeito de pensar. Ento qual ser a nova perspectiva redentora sobre o dinheiro que nos permite experimentar a boa, perfeita e agradvel vontade de Deus? Sugiro abaixo duas mudanas na forma de pensar sobre dinheiro:
1. De dono para mordomo
2. De focado em si para focado no reino
Mentalidade de dono para mentalidade de mordomo
A tentao de se posicionar como dono dos recursos grande pelos benefcios que imaginamos: privilgio, poder, controle, segurana etc. Em contrapartida, ser mordomo muitas vezes associado falta ou diminuio desses mesmos benefcios. Pensamos em recursos como um jogo de soma zero onde toda a vantagem do dono e o mordomo est a merc da boa vontade do dono. No gostamos dessa posio vulnervel, no gostamos da ideia de sermos mordomos porque imaginamos como seria servir algum como ns.
A f crist traz uma nova perspectiva sobre a relao de dono e mordomo. A parbola dos talentos conta de um dono que assume o risco (deu a cada um conforme sua capacidade), mas compartilha o sucesso (venha celebrar comigo). A parbola dos trabalhadores da vinha revela um dono que radicalmente generoso, definindo o salrio pelos seus critrios e no pelo o que o mercado impe. A parbola do filho prdigo mostra a disposio do dono em redimir o fracassado e no somente consider-lo servo, mas filho!
Quando conhecemos o carter do dono de tudo percebemos como libertador servir a Deus. Trabalhamos para aquele que assumiu todo o risco, generoso, misericordioso e no final da histria nos convida para participar da Sua celebrao. Nessa condio, quem no quer ouvir servo bom fiel?
De focado em si para focado no Reino
A preocupao com a nossa proviso capaz de consumir todo o nosso ser: dinheiro, tempo, pensamento, energia, sentimentos, relacionamentos etc. O egocentrismo desenfreado no consegue ver alm de si, pois sempre se considera ou o mais necessitado ou o mais indispensvel. Quem vive nessa condio s consegue imaginar que o recurso financeiro em sua vida existe para cuidar das prprias necessidades, desejos e sonhos ou no mximo as necessidades, desejos e sonhos daqueles pelo qual tem algum tipo de afeto diferenciado.
Essa perspectiva do dinheiro leva-nos uma condio que Agostinho chamou incurvatus in se (curvado para dentro de si mesmo). Se Agostinho falasse portugus teria dito na linguagem popular que a pessoa que s olha para o prprio umbigo. Interessante refletir que C. S. Lewis no livro O Grande Abismo tambm se apropria do conceito incurvatus in se quando tenta explicar o que uma alma condenada e o inferno. Lewis escreve uma alma condenada praticamente nada: ela encolhida, fechada em si mesma... Seus dedos esto dobrados, seus dentes cerrados, seus olhos fechados. E falando sobre o inferno Lewis escreve O Inferno inteiro menor do que um pedregulho do seu mundo terrestre: mas ainda menor do que um tomo deste mundo, o Mundo Real [cu].
No deve ser assim para os cristos! Jesus chamou a ateno dos seus discpulos quando disse que a busca pela comida, bebida e roupa so o que ocupa os pensamentos dos pagos (Mt 6.32). Ao invs disso ele instrui aos seus discpulos que busquem em primeiro lugar o reino dos cus. Quem busca um reino, no tem como ficar olhando somente para o prprio umbigo! Torna-se necessrio levantar o semblante e olhar a sua volta e para o distante, dessa forma quebrando a priso claustrofbica do incurvatus in se e descobrindo que o reino dos cus um plano muito maior, estabelecido por um rei e em qual somos um entre muitos sditos: amando mutuamente, trabalhando juntos, considerando os outros mais importantes que ns, se preocupando com os interesses alheios etc. (Fp 2.2-4). Nessa condio, quando priorizamos o reino dos cus no uso do dinheiro, colocamos em prtica a orao venha o teu reino, seja feita a tua vontade e somos redimidos da priso do egocentrismo para o reino de seu Filho amado (Cl 1.13).
A nossa perspectiva sobre dinheiro demonstra onde est o nosso corao. Aqui uso o termo corao no sentido que Jesus usou em Mateus 6:21, Onde seu tesouro estiver, ali tambm estar seu corao. Muito mais do que emoes ou sentimentos, corao aqui refere-se as nossas convices ou crenas. E so nossas convices e crenas que influenciam o nosso comportamento. Quando agimos no mundo como mordomos e com o olhar ampliado para contemplar todo o reino de Deus, demonstramos que possvel servir a Deus e no a Mamon.
- Brian Heap marido, pai, pastor, palestrante, fundador da O SUFICIENTE, scio da Bridgen Planejamento Financeiro, membro de conselhos e aficionado por jogar tnis.
No so todos os que alcanam a longevidade. Precisamos assimilar que a velhice uma estao to natural quanto s estaes do ano e que cada fase da vida tem suas especificidades e belezas prprias. Ao publicar esta matria de capa, Ultimato deseja encorajar um novo olhar para a velhice: um novo olhar dos idosos para eles mesmos e um novo olhar para os idosos por parte da igreja e da sociedade.
disso que trata a matria de capa da edio 404 da revista Ultimato. Para , clique aqui.
Saiba mais:
Trabalho, Descanso e Dinheiro Uma abordagem bblica, Timteo Carriker
Capitalismo e Progresso Um diagnstico da sociedade ocidental, Bob Goudzwaard
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