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28 de dezembro de 2011
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Sociedade espera voz das igrejas 531j4n
(ALC) A primeira foi a deciso do ministro Cesar Peluso no julgamento da lei da ficha limpa, mesmo votando duas vezes para que Jader Barbalho, que responde a processos na Justia, volte ao Senado. E uma sesso exclusiva para empossar a ministra Rosa Weber, sem que ela tivesse votado, sob o risco de garantir a moralidade do ato.
A desfaatez do ministro exigiu que a posse do senador ficha suja fosse imediata, aps o recesso parlamentar, obrigando a uma reconvocao do Senado, alm de onerar a nao com direitos e recebimentos do ano em que no trabalhou.
A despeito da lei, que deveria cumprir e fazer cumprir, alm de mostrar desrespeito pela cidadania, j que esta demonstrou seguidas vezes desejar a moralizao do poder pblico. A interpretao popular que, apesar da populao querer se livrar dos bandidos no poder, o Poder Judicirio deseja outra coisa.
A outra deciso, em forma de liminar, exarada pelo ministro Marco Aurlio Mello, o nico nomeado pelo nico presidente da Repblica a sofrer impeachment no Brasil e na histria moderna, em nome do nico poder da Repblica sem legitimidade popular e portanto inclume vontade dos cidados impedindo que o Conselho Nacional de Justia (CNJ), rgo criado para fiscaliz-la, investigue seus membros.
Isso levou o ministro Ricardo Lewandowski a entrar para a lista dos suspeitos ao negar a investigao de juzes, impedindo que o nome de 216.800 magistrados fossem submetidos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), do Ministrio da Justia. Sem transparncia.
Como sabe a Justia, a plena liberdade de o dos rus alguns desembargadores s provas, possibilitar a destruio de provas e a fraude, intocveis pela blindagem Corregedoria Nacional da Justia, criada para tal.
Mais complicado que saber da atitude de juzes que, corporativamente, asseguram a impunidade dos colegas em detrimento da sociedade brasileira, saber que so que mais e melhor sabem dos desvios de conduta, de que s sero julgados por colegas e, pior, que a sentena mxima que recebero a de serem aposentados com todos os recebimentos intocados.
Na verdade, uma premiao para funcionrios pblicos corruptos, frente qual a possibilidade de condenao no chega a ser um risco.
Por trs de todo o processo de moralizao da Justia, especialmente dos juzes, est a atuao da ministra Eliana Calmon, corregedora Geral da Justia, que inevitavelmente entrou em conflito com o presidente do STF e CNJ, especialmente porque ela referiu-se em pblico a bandidos que se escondem atrs das togas, vista como uma afronta ao Judicirio e no como o que , uma denncia do comportamento de juzes, desembargadores e ministros corruptos, isto sim uma afronta sociedade.
Ocorre que a ministra, por dizer a verdade, alcanou o apoio da sociedade e do Poder Legislativo e o dio dos colegas corruptos, obrigando s aes vergonhosas, recursos vis utilizados pelo presidente, e recurso comum aos que precisam se afirmar, diante da afronta.
O fato de isso ter ocorrido na semana de lanamento do livro A Privataria Tucana tambm sintomtico. O escndalo tem propores geomtricas, alcana dos mandatos da presidncia, governadores, prefeitos e outros funcionrios. Sem falar na cobertura da GAFE (Globo, Abril, Folha e Estado), que se confirma no silncio sobre a obra.
Se foi comprada aos milhares para ser destruda, s mudou porque a editora vendeu mais, aumentou a procura e se tornou opo de presente de Natal. Alm das verses disponibilizadas distribudas na internet.
Aqui entra o papel das igrejas, provocando o debate da convivncia humana, especialmente no que diz respeito convivncia dos interesses diversos, determinando leituras com proximidades em algumas partes e divergncias brutais.
A contribuio das igrejas vem do fato de tambm serem elas comunidades humanas, marcadas pela busca do Sagrado, com um mandato e hermenuticas as mais diversas, que vo desde o sentido da salvao que anunciam, da qual nascem e para a qual existem, at a clareza de que no detm um discurso absoluto aprendido a duras penas por algumas, e no aprendidas por outras causando dor e sofrimento a si e sociedade.
As igrejas, desde a Idade Mdia e a modernidade, tm sculos de aprendizagem da convivncia dos semelhantes e dos diferentes, a partir do evangelho que v os seres humanos em igualdade, e a elaborao do conceito de graa, indispensvel no cristianismo.
Esse tema reflete a dificuldade de transigir entre a afirmao de f e a elaborao da prtica, j que a prtica mostra se o conceito de graa apenas formal, sem se comprometer com a humanidade plena, noo a que Dietrich Bonhoeffer chamou de graa barata, em contraposio graa cara, que vai alm dos discursos, busca relaes igualitrias, sem negar a todos o que afirma a si (Res-publica).
Mas essa situao obriga as igrejas a reverem o seu estatuto ontolgico bsico, a partir de suas origens europeias e portadoras da mesma discriminao trazidas por suas culturas sociedade brasileira. O problema que a reflexo das igrejas deve avanar mais, j que a sociedade avanou dcadas em uns poucos anos, e com controles religiosos e ideolgicos fragilizados.
Os membros das comunidades so apanhados rejeitando propostas como cidadania, direitos humanos, respeito ao diferente, solidariedade com os fracos, fazendo-os descobrir, surpresos, que aqueles eram os valores que deveriam anunciar.
Ao se descobrirem identificadas com o mesmo sistema de privilgio que defendem conscientemente ou no, interna e externamente, incluindo ou excluindo pessoas e, ao perceberem ser parte do mesmo sistema de privilgios, devem pedir perdo, confessar o pecado e viver de forma a sinalizar um novo caminho para a sociedade, e sendo o melhor exemplo prtico da mensagem que anunciam.
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