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05 de maio de 2025
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A srie “Adolescncia” um grito de socorro 4w5b52

Live discute questes levantadas pela srie e qual o papel da igreja e os dos pais

Por Ultimatoonline

Um grito de socorro. Essa foi a expresso usada pela teloga Ana Lcia Berdicks para definir a srie Adolescncia, que sucesso de audincia na Netflix. Ana foi uma das entrevistadas da live do Dilogos de Esperana, realizada no ltimo dia 29 de abril. Para mim, a srie um verdadeiro grito de socorro dessa gerao, que foi literalmente atropelada pela internet e por todas as implicaes que, principalmente as redes sociais, trouxeram, como o cyberbullying. Os adolescentes esto vivendo a violncia online sozinhos e sem e ou sem uma educao digital.

O outro entrevistado o psiclogo Carlos Albuquerque pontuou que a desconexo entre pais e filhos cria um vazio que a tecnologia se prope a preencher. Para Carlos, falta s famlias a elaborao de um projeto de vida para a criao de seus filhos; algo que oferea uma jornada a longo prazo e com propsito. Ns podemos usar as tecnologias para desenvolver talentos e despertar vocaes. Mas quando o filho no tem uma parceria com os pais, com a escola ou com a igreja, de fato, a tecnologia acaba ocupando esse vcuo. As redes sociais e os jogos eletrnicos cada vez mais complexos surgem e aproveitam esses potenciais, mas dentro de uma perspectiva vazia, lamenta Carlos.

Vale lembrar que essa desconexo humana em meio a um contexto to tecnolgico ganhou ares de tragdia na narrativa da srie, considerando o assassinato da jovem Katie.

O que a tecnologia faz

Alm de preencher o vazio deixado pelos pais, como disse Carlos, a tecnologia tambm produz uma falsa sensao de aproximao. Como no se sentem muito ouvidos, os adolescentes tm a enganosa impresso de que nas redes sociais eles esto conectados e que muita gente os ouve. E essa sensao os leva a quererem ar mais tempo nos espaos digitais, explica Ana. No virtual, eles tambm podem editar suas personalidades. Por exemplo, se o adolescente mais tmido no presencial, no virtual ele consegue falar mais com uma menina. O que vemos a construo de personalidades eletrnicas.

E a igreja com isso?

Depresso, relacionamentos txicos, misoginia, violncia de gnero, pensamentos suicidas. Esses e outros problemas esto na cultura digital. Mas o quanto tal realidade faz parte da vida da igreja? Mesmo dentro das igrejas, nossos adolescentes vivem numa cultura globalizada e sofrem influncia dessa cultura. A cultura como um caldo e os adolescentes so permeveis a ela. Ns, como igreja, no temos conseguido proteg-los porque no falamos desses assuntos e no instrumos os pais e as famlias, diz Ana Lcia.

Conectando tudo isso com a srie da Netflix, Carlos lembra que nos episdiosde Adolescncia no h espiritualidade nas relaes familiares. Me impactou muito a ausncia do relacionamento da famlia com a espiritualidade, com Deus. Essa famlia da srie no tem o dia a dia com a sua espiritualidade, no tem o dia a dia com Deus. uma desconexo, afirma.

O Jamie (protagonista da srie) um subproduto de uma cultura de bullying, de isolamento social e da falsa noo de que os adolescentes esto mais seguros na frente de uma tela do que nas ruas. Esse foi um dos pontos mais impactantes para mim, sinaliza Ana.

Potencial da igreja

Para Carlos, a igreja tem o grande potencial de criar ambientes para relacionamentos saudveis e respeitosos desde a infncia. Isso comea nos ministrios infantis e vai at o fim. A igreja pode demonstrar, na prtica, como um homem deve se relacionar com uma mulher dentro e fora do casamento. Uma igreja tem um projeto de continuidade, com grupos de jovens, onde podero desenvolver coleguismo e amizades, onde podero perceber os seus projetos de vida que coincidem, que convergem com outros jovens do mesmo grupo; a igreja vai criar casamentos com propsitos.

Segundo Ana Lcia, a igreja tem em Jesus o modelo maior de uma masculinidade no txica e que no se reafirma apenas pela sexualidade. Jesus veio viver entre ns, encarnado. E ele um modelo da verdadeira humanidade, mas tambm da verdadeira masculinidade. por meio do exemplo de Jesus que os meninos podem comear a aprender a viver uma vida plena, piedosa e onde h um domnio prprio. Na sua humanidade, Jesus ensinou que os homens no precisam de uma via de escape com foco na sexualidade para viver uma vida plena, mas a gente acaba ando modelos de masculinidade to centrados na sexualidade que quase como se a gente exclusse Jesus, critica Ana.

O mundo s busca o conhecimento pelo conhecimento. A igreja busca conhecer a Cristo - por ele, com ele, para ele. Com isso, a igreja traz para as famlias o realce dos significados importantes da vida. Esse o grande diferencial: uma igreja que transmite o projeto de vida que Deus nos traz na sua palavra, conclui Carlos.

Prxima live

A prxima live do Dilogos de Esperana est marcada para o dia 20 de maio (tera-feira), s 19h, no canal da Ultimato no Youtube com o tema Adolescentes falam sobre: adolescncia, famlia, igreja e mdias sociais. Vamos continuar conversando sobre o assunto, mas desta vez com a participao dos prprios adolescentes.

Como assistir live sobre a srie Adolescncia?

- No Youtube da Ultimato

- No Spotify da Ultimato.

O que Dilogos de Esperana

So lives mensais ancoradas por Claudia Moreira e Valdir Steuernagel.

Iniciado em 2020, no perodo da pandemia, o projeto tem como objetivo promover, entre os cristos, dilogos profundos, desafiadores e construtivos sobre temas atuais - sempre apontando para a Esperana.

Parceiros: Aliana Evanglica, Editora Ultimato, Tearfund, Viso Mundial e Vida&Caminho.

REVISTA ULTIMATO LIVRA-NOS DO MAL
O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteo.

O que sabemos sobre o mal? A que textos bblicos recorremos para refletir e falar do assunto? Como o mal nos afeta [e como afetamos outros com o mal] e porque pedimos para sermos livres dele? Por que os cristos e a igreja precisam levar esse assunto a srio?

disso que trata a matria de capa da edio 413 da revista Ultimato. Para , clique aqui.

Saiba mais:
Adolescncia: No preciso uma segunda temporada,Por Carlos Caldas e Clara Moreira
Pais Santos, Filhos Nem Tanto, Carlos "Catito" Grzybowski e Dagmar FuchsGrzybowski

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