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27 de outubro de 2009
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Por que a juventude evanglica vive como o resto do mundo? 3d4j1u
Davi Chang Ribeiro Lin
Fico feliz em ver tantos comentrios interessantes no Frum Ultimato. Tive a oportunidade de escrever sobre sexualidade na edio setembro-outubro de Ultimato. Tambm estou em processo de formao e luta para manter acesa a chama da vida.
Em minha opinio, a principal razo porque vivemos como o resto do mundo : somos fruto de uma cultura ocidental que est formando indivduos quebrados, herdeiros de um mundo enfermo. O conceito de pessoa, que vem das nossas razes crists e que se baseia na Trindade, tem se perdido de maneira dramtica. Deus nos criou como Imago Dei, reflexo do seu ser, convidados ao seu vnculo de amor: o Filho est revelado no Pai, o Esprito revela Cristo; estamos em Cristo, Cristo est em ns. Nossa humanidade relacional, espelhando a comunho ntima da trindade. Por isso, uma pessoa existe porque depende, porque chora junto, porque ama.
H alguns sculos vivemos a negao da pessoa e a substitumos pelo conceito de indivduo, que significa aquele que no se divide. No existe pessoa humana integrada e saudvel se algum isolado e independente. Por isso precisamos resgatar a possibilidade de encontros: nossa pessoalidade construda na relao. No encontro nos tornamos humanos, e nele, de modo misterioso, Deus se revela. Jac chega a afirmar que ver a face de seu irmo Esa como ver a face de Deus!
O oposto disso descrito pelo apstolo Paulo em Romanos 1: A humanidade no reconheceu a glria de Deus [e a sua natureza relacional], e por isso se entregou a suas depravaes. Em nossa cultura, com o processo de despersonalizao, a promiscuidade ainda mais acentuada: se simplesmente ligamos a TV, vemos a negao da pessoa (corpos so objetos, frutas, tudo! Menos gente).
A igreja evanglica brasileira, como reao promiscuidade e ao pecado sexual, costuma cair no legalismo. Este lida com o comportamento e foca no que pode e o que no pode; no que est certo ou no. Mas no vai mais fundo... Pelo que a pessoa est gritando? Que drama aquela dor est expressando?
No podemos viver como se nossos corpos fossem somente expresso de pecado. Deus criou o corpo humano como reflexo, sinal de sua prpria beleza! A ressurreio corporal de Jesus nos lembra que a matria e o corpo so valiosos para Deus; o lugar onde ele se encarnou, expresso da graa e da verdade. A sexualidade no casamento uma festa, onde beleza e intimidade podem se expressar como um reflexo daquele lao de amor eterno que decidiu nos criar.
Precisamos de uma terceira via, um caminho que v alm do promscuo e do legalismo, e que leve em considerao a formao da pessoa. Irineu de Lyon dizia que a glria de Deus expressa em um ser humano inteiramente vivo. Podemos viver um caminho humano pleno que revela a glria do Deus eterno ou o caminho da fragmentao e isolamento da nossa cultura. Este atalho nos faz perder o senso da glria e da nossa prpria humanidade.
Nosso momento exige profunda reflexo e humildade. A igreja evanglica brasileira pode ser um canal dessa restaurao, porque tem a fora contracultural do reino de Deus. Em Cristo nossos vnculos so restaurados, e na cruz ele reconciliou consigo todas as coisas, inclusive nossos coraes quebrados e a nossa dificuldade em viver a sexualidade. Eu creio no poder do evangelho para a transformao e restaurao. Em Cristo somos pessoas novas. Uma discusso importante se a igreja evanglica est pregando o evangelho de Cristo ou doutrinas falsas, mas isso assunto de outro frum. Tenho esperana que, se nos firmarmos no evangelho, em nossa gerao veremos sinais reais do reino de Deus entre ns.
Davi Chang Ribeiro Lin, 25 anos, psiclogo pela UFMG, especialista em psicologia clnica existencial e mestrando em estudos cristos no Regent College, Canad.

Em minha opinio, a principal razo porque vivemos como o resto do mundo : somos fruto de uma cultura ocidental que est formando indivduos quebrados, herdeiros de um mundo enfermo. O conceito de pessoa, que vem das nossas razes crists e que se baseia na Trindade, tem se perdido de maneira dramtica. Deus nos criou como Imago Dei, reflexo do seu ser, convidados ao seu vnculo de amor: o Filho est revelado no Pai, o Esprito revela Cristo; estamos em Cristo, Cristo est em ns. Nossa humanidade relacional, espelhando a comunho ntima da trindade. Por isso, uma pessoa existe porque depende, porque chora junto, porque ama.
H alguns sculos vivemos a negao da pessoa e a substitumos pelo conceito de indivduo, que significa aquele que no se divide. No existe pessoa humana integrada e saudvel se algum isolado e independente. Por isso precisamos resgatar a possibilidade de encontros: nossa pessoalidade construda na relao. No encontro nos tornamos humanos, e nele, de modo misterioso, Deus se revela. Jac chega a afirmar que ver a face de seu irmo Esa como ver a face de Deus!
O oposto disso descrito pelo apstolo Paulo em Romanos 1: A humanidade no reconheceu a glria de Deus [e a sua natureza relacional], e por isso se entregou a suas depravaes. Em nossa cultura, com o processo de despersonalizao, a promiscuidade ainda mais acentuada: se simplesmente ligamos a TV, vemos a negao da pessoa (corpos so objetos, frutas, tudo! Menos gente).
A igreja evanglica brasileira, como reao promiscuidade e ao pecado sexual, costuma cair no legalismo. Este lida com o comportamento e foca no que pode e o que no pode; no que est certo ou no. Mas no vai mais fundo... Pelo que a pessoa est gritando? Que drama aquela dor est expressando?
No podemos viver como se nossos corpos fossem somente expresso de pecado. Deus criou o corpo humano como reflexo, sinal de sua prpria beleza! A ressurreio corporal de Jesus nos lembra que a matria e o corpo so valiosos para Deus; o lugar onde ele se encarnou, expresso da graa e da verdade. A sexualidade no casamento uma festa, onde beleza e intimidade podem se expressar como um reflexo daquele lao de amor eterno que decidiu nos criar.
Precisamos de uma terceira via, um caminho que v alm do promscuo e do legalismo, e que leve em considerao a formao da pessoa. Irineu de Lyon dizia que a glria de Deus expressa em um ser humano inteiramente vivo. Podemos viver um caminho humano pleno que revela a glria do Deus eterno ou o caminho da fragmentao e isolamento da nossa cultura. Este atalho nos faz perder o senso da glria e da nossa prpria humanidade.
Nosso momento exige profunda reflexo e humildade. A igreja evanglica brasileira pode ser um canal dessa restaurao, porque tem a fora contracultural do reino de Deus. Em Cristo nossos vnculos so restaurados, e na cruz ele reconciliou consigo todas as coisas, inclusive nossos coraes quebrados e a nossa dificuldade em viver a sexualidade. Eu creio no poder do evangelho para a transformao e restaurao. Em Cristo somos pessoas novas. Uma discusso importante se a igreja evanglica est pregando o evangelho de Cristo ou doutrinas falsas, mas isso assunto de outro frum. Tenho esperana que, se nos firmarmos no evangelho, em nossa gerao veremos sinais reais do reino de Deus entre ns.
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