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06 de dezembro de 2016
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Penitncia: castigo ou arrependimento? 1q564
Na orao do PAI NOSSO, ensinada por Jesus Cristo, consta o seguinte pedido: Perdoa as nossas dvidas, assim como perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6:12). Nos versos 14 e 15 Jesus acrescenta: "Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial tambm lhes perdoar. Mas se no perdoarem uns aos outros, o Pai celestial no lhes perdoar as ofensas".
O telogo e escritor ingls John Sttot afirma que Deus perdoa apenas o penitente, e uma das principais caractersticas do penitente um corao perdoador. Segundo o dicionrio, penitncia sinnimo de arrependimento. Na cultura brasileira, tendemos a interpretar penitncia como castigo ou punio.
Na prtica catlica, o pecador confessa seu pecado ao sacerdote e este lhe receita uma penitncia. Tanto a confisso quanto a penitncia so disciplinas espirituais. Ambas se completam. Ambas visam o que todas as disciplinas espirituais visam: nos colocar na condio ideal para que Deus opere uma transformao em ns, uma mudana na nossa maneira de ver as coisas, enfim, arrependimento. A penitncia, como praticada no catolicismo, um exerccio de arrependimento. Visa levar a pessoa reflexo sobre o erro e o certo a fazer.
Jesus, certa vez, disse: Ai das cidades impenitentes. Ele est querendo dizer: Ai das cidades que no so capazes de se arrepender; de mudar sua maneira de ser. A cidade de Nnive, capital da Assria, com mais de 120 mil habitantes, demonstrou ser uma cidade penitente nos dias do profeta Jonas. Ao ser confrontada com seu pecado e com o iminente juzo de Deus, mudou de comportamento, se arrependeu e experimentou verdadeira transformao. Jerusalm se mostrou impenitente. Certo dia, Jesus a olhou a partir de um monte prximo e disse: Ah, Jerusalm, Jerusalm, que matas os profetas e apedrejas os que te so enviados; quantas vezes eu quis ajuntar os teus filhos...e tu no o quiseste.
Quando buscamos a penitncia (o arrependimento), nossa percepo da justia (daquilo que certo, justo) se agua. Neste processo, Sofremos uma transformao que abre nossos olhos para vermos a enormidade da nossa ofensa contra Deus. Quando percebemos isto, as injrias que os outros cometeram contra ns tornam-se pequenas. Se, por outro lado, temos uma viso exagerada das ofensas dos outros, sinal de que minimizamos as nossas; evidncia de impenitncia.
Ao nos ensinar a orar desta forma, perdoa-nos assim como ns perdoamos, Jesus nos ajuda a perceber nossa deficincia e nos induz a buscar o suprimento gracioso, sobrenatural, espiritual, suficiente para produzir mudana em ns e resgatar a nossa semelhana com Deus.
Ai dos impenitentes. Bem aventurados os misericordiosos, porque alcanaro misericrdia (Mt 5:7). Misericrdia a capacidade de se colocar no lugar do outro e ter compaixo pelo seu estado de misria. Precisamos ter misericrdia de ns mesmos e do prximo. Ama a teu prximo como a ti mesmo. Podemos perceber misericrdia nas entrelinhas de I Corntios 13, quando o apstolo Paulo descreve o verdadeiro amor: O amor paciente, benigno, no arde em cimes, no se ufana, no se ensoberbece, no se conduz inconvenientemente, no procura os seus interesses, no se exaspera, no se ressente do mal, no se alegra com a injustia, se alegra com a verdade; tudo cr, tudo espera, tudo a. O amor jamais acaba. No h como proceder dessa forma sem uma percepo do outro, sem misericrdia, e no possvel desenvolver misericrdia sem arrependimento, sem penitncia. Esta fala final de Paulo (...o amor jamais acaba) nos revela que a transformao que Deus opera em ns, por meio do arrependimento, perene, eterna.
medida que nos aprofundamos no relacionamento com Deus, vamos percebendo que todas as instrues, restries e exigncias de Deus para ns visam o nosso bem, nossa sade (fsica, psquica e espiritual), porque Deus nos conhece, nos ama e sabe o que melhor para ns.
Cria em ns, Deus, um corao penitente, e ajuda-nos a perdoar com a mesma misericrdia com que Tu nos perdoas.
Gustavo Verssimo professor e pesquisador do departamento de engenharia civil da Universidade Federal de Viosa, MG.
O telogo e escritor ingls John Sttot afirma que Deus perdoa apenas o penitente, e uma das principais caractersticas do penitente um corao perdoador. Segundo o dicionrio, penitncia sinnimo de arrependimento. Na cultura brasileira, tendemos a interpretar penitncia como castigo ou punio.
Na prtica catlica, o pecador confessa seu pecado ao sacerdote e este lhe receita uma penitncia. Tanto a confisso quanto a penitncia so disciplinas espirituais. Ambas se completam. Ambas visam o que todas as disciplinas espirituais visam: nos colocar na condio ideal para que Deus opere uma transformao em ns, uma mudana na nossa maneira de ver as coisas, enfim, arrependimento. A penitncia, como praticada no catolicismo, um exerccio de arrependimento. Visa levar a pessoa reflexo sobre o erro e o certo a fazer.
Jesus, certa vez, disse: Ai das cidades impenitentes. Ele est querendo dizer: Ai das cidades que no so capazes de se arrepender; de mudar sua maneira de ser. A cidade de Nnive, capital da Assria, com mais de 120 mil habitantes, demonstrou ser uma cidade penitente nos dias do profeta Jonas. Ao ser confrontada com seu pecado e com o iminente juzo de Deus, mudou de comportamento, se arrependeu e experimentou verdadeira transformao. Jerusalm se mostrou impenitente. Certo dia, Jesus a olhou a partir de um monte prximo e disse: Ah, Jerusalm, Jerusalm, que matas os profetas e apedrejas os que te so enviados; quantas vezes eu quis ajuntar os teus filhos...e tu no o quiseste.
Quando buscamos a penitncia (o arrependimento), nossa percepo da justia (daquilo que certo, justo) se agua. Neste processo, Sofremos uma transformao que abre nossos olhos para vermos a enormidade da nossa ofensa contra Deus. Quando percebemos isto, as injrias que os outros cometeram contra ns tornam-se pequenas. Se, por outro lado, temos uma viso exagerada das ofensas dos outros, sinal de que minimizamos as nossas; evidncia de impenitncia.
Ao nos ensinar a orar desta forma, perdoa-nos assim como ns perdoamos, Jesus nos ajuda a perceber nossa deficincia e nos induz a buscar o suprimento gracioso, sobrenatural, espiritual, suficiente para produzir mudana em ns e resgatar a nossa semelhana com Deus.
Ai dos impenitentes. Bem aventurados os misericordiosos, porque alcanaro misericrdia (Mt 5:7). Misericrdia a capacidade de se colocar no lugar do outro e ter compaixo pelo seu estado de misria. Precisamos ter misericrdia de ns mesmos e do prximo. Ama a teu prximo como a ti mesmo. Podemos perceber misericrdia nas entrelinhas de I Corntios 13, quando o apstolo Paulo descreve o verdadeiro amor: O amor paciente, benigno, no arde em cimes, no se ufana, no se ensoberbece, no se conduz inconvenientemente, no procura os seus interesses, no se exaspera, no se ressente do mal, no se alegra com a injustia, se alegra com a verdade; tudo cr, tudo espera, tudo a. O amor jamais acaba. No h como proceder dessa forma sem uma percepo do outro, sem misericrdia, e no possvel desenvolver misericrdia sem arrependimento, sem penitncia. Esta fala final de Paulo (...o amor jamais acaba) nos revela que a transformao que Deus opera em ns, por meio do arrependimento, perene, eterna.
medida que nos aprofundamos no relacionamento com Deus, vamos percebendo que todas as instrues, restries e exigncias de Deus para ns visam o nosso bem, nossa sade (fsica, psquica e espiritual), porque Deus nos conhece, nos ama e sabe o que melhor para ns.
Cria em ns, Deus, um corao penitente, e ajuda-nos a perdoar com a mesma misericrdia com que Tu nos perdoas.
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