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O Movimento Lausanne e a Misso Integral 4t3a4v

Quando cheguei reunio da liderana do Movimento de Lausanne na cidade de Jackson, nos EUA, em junho de 2012, percebi que a chama em torno do Compromisso da Cidade do Cabo (CCC) havia se transformado num fogo razovel. Ou, em outras palavras, o CCC estava se propagando rapidamente, sendo traduzido para diversos idiomas e adotado no apenas como uma agenda para o futuro do prprio Movimento de Lausanne mas tambm de outros setores do mundo evanglico contemporneo. Confesso que foi uma grata surpresa.

Preciso reconhecer que quando deixamos a Cidade do Cabo, por ocasio do encerramento do III Congresso Mundial de Evangelizao (Lausanne III), eu no tinha o discernimento de que esse documento aria de uma fagulha a um fogo de razovel magnitude. Quem sabe eu estivesse demasiado cansado para perceb-lo ou, quem sabe, envolvido demais no processo, uma vez que participei na sua redao. Nesta conversa eu destaco trs marcas de um documento que tem um forte toque missional.

1. A primeira delas que o CCC confessional. O mundo evanglico tem uma contnua necessidade de revisar a sua confessionalidade para afirmar que ela ainda a mesma. Lausanne III, no anseio de fazer isso de novo, conseguiu faz-lo de um jeito novidadeiro, relevante e contextual. A confessionalidade do CCC vem envolta numa linguagem de amor e, como tal, no tem nenhum carter beligerante nem excludente, como j aconteceu outras vezes. Pelo contrrio, ele vem envolto numa linguagem de amor o amor de Deus para conosco e o nosso amor para com Deus. Com isso ele reflete a prpria essncia da f crist, que sempre uma f para ns e para os outros. uma f que fala de um Deus de amor que deseja alcanar a todos e em todos os lugares.

2. A segunda marca tem relao com o conceito e a percepo de misso com que se trabalha. Ao fazer uso da Declarao Miquias sobre Misso Integral, o CCC assume essa mesma compreenso de misso:

Misso Integral a proclamao e a demonstrao do evangelho. No significa simplesmente que o evangelismo e o envolvimento social tenham que ser realizados simultaneamente. Na Misso Integral, nossa proclamao tem consequncias sociais quando convocamos as pessoas ao amor e ao arrependimento em todas as reas da vida. Nosso compromisso social tem consequncias para a evangelizao quando damos testemunho da graa transformadora de Jesus Cristo. Se ignoramos o mundo, tramos a Palavra de Deus, que nos envia para servir o mundo. Se ignoramos a Palavra de Deus, no temos nada para oferecer ao mundo.

E logo a seguir, o CCC especifica o que isto quer significar:

Firmamos nosso compromisso com o exerccio dinmico e integral de todas as dimenses da misso para a qual Deus chama toda a sua igreja.

- Deus nos ordena a tornar conhecidos, em todas as naes, a verdade da revelao de Deus e o evangelho da graa salvadora de Deus por meio de Jesus Cristo, chamando todos ao arrependimento, f, ao batismo e ao discipulado obediente.

- Deus nos ordena a refletir o seu carter por meio do cuidado comivo com o necessitado, e demonstrar os valores e o poder ro reino de Deus na luta pela justia e pela paz e no cuidado com a criao.1

O CCC abraa a Misso Integral (MI) como sua compreenso de misso.

3. A terceira marca est refletida na Parte 2 do CCC e se expressa como um chamado para a ao. Em continuidade com uma boa tradio evanglica, o documento procura caminhar para a prtica, discernindo o contexto no qual ns vivemos e afirmando caminhos de engajamento missionrio dentro desta realidade. Em sintonia com a carta de Efsios, que foi estudada em Lausanne III, afirma-se a vivncia prtica da f, tanto no nvel pessoal como coletivo: pois somos criao de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para ns as praticarmos.

Ao concentrar-nos no CCC, estamos apontando para o fato de que a MI foi crescentemente abraada no contexto do Movimento de Lausanne. Podemos entender que este processo encontrou a sua fora motriz em Lausanne I e no Pacto de Lausanne. Isso, no entanto, no significa que esta tenha sido a nica marca daquele encontro. Pelo contrrio, a nfase na MI surgiu como um fator surpresa, como uma voz com sotaque latino-americano, e encontrou a resistncia de grupos que preferiam afirmar a misso como a expresso de uma evangelizao verbal. Mas a MI no foi, nem queria ser, meramente latino-americana; e logo descobriu e plantou vnculos com expresses missionrias em outros lugares. A nfase na MI, ademais, no pretendia relativizar a importncia, nem da evangelizao, nem da necessidade de se transmitir o evangelho verbalmente. O que se queria que a fora missionria, que tinha o privilgio de compartilhar do evangelho de Jesus Cristo num crescente nmero de lugares e espaos, o fizesse de tal maneira que o amor de Deus fosse percebido como sendo salvador, restaurador e acolhedor. E que este mesmo amor pudesse ser percebido na vida daqueles que se anunciavam como seguidores de Jesus Cristo, que a expresso mais profunda, ampla e suficiente do amor de Deus.

Esta breve reflexo no pode olhar para a prpria caminhada histrica do Movimento de Lausanne no que se refere MI. Mas quem sabe isto nem seja necessrio neste momento, no qual se quer afirmar que o que o CCC expressa que o movimento chegou l de onde ele saiu e que continua a ser o seu lema: toda a igreja levando todo o evangelho para o mundo todo.


Nota:
1. O Compromisso da Cidade do Cabo, 68-69.

Valdir Steuernagel pastor na Comunidade do Redentor, em Curitiba. Faz parte da Aliana Crist Evanglica do Brasil, da Aliana Crist Evanglica Mundial e da Viso Mundial.

Leia tambm
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Movimento Lausanne: quarenta anos em misso (Samuel Escobar)
Misso Integral - o reino de Deus e a Igreja (Ren Padilla)

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