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07 de julho de 2022
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Conselho aos filsofos cristos 2n5x28
Por Alvin Plantinga

Primeiro, no somente na filosofia que ns cristos somos altamente influenciados pelas prticas e procedimentos de nossos colegas no-cristos. (De fato, tendo em vista o carter rixento dos filsofos e o grande desacordo na filosofia provavelmente mais fcil ser um dissidente na filosofia do que em qualquer outra disciplina.) O mesmo vale para aproximadamente qualquer disciplina intelectual contempornea importante: histria, crtica literria e artstica, musicologia e as cincias tanto sociais quanto naturais. Em todas essas reas h maneiras de se proceder, hipteses difundidas sobre a natureza da disciplina (por exemplo, hipteses sobre a natureza da cincia e seu lugar na nossa economia intelectual), hipteses sobre como a disciplina deve ser realizada ou sobre o que uma contribuio importante. Ns absorvemos essas hipteses, se no quando jovens, de qualquer forma absorvemos ao trabalhar nas disciplinas. Em todas essas reas aprendemos como praticar nossas disciplinas sob a direo e influncia de nossos colegas. Mas em muitos casos essas hipteses e pressuposies no se conformam facilmente a uma forma crist ou testa de enxergar o mundo. Isso bvio em muitas reas: na crtica literria e teoria cinematogrfica, onde o antirrealismo criativo (veja abaixo) invade; na sociologia e na psicologia e outras cincias humanas; na histria, e at em muito da teologia contempornea (liberal). menos bvio, mas no menos presente, nas chamadas cincias naturais. O filsofo australiano J.J.C. Smart uma vez disse que um argumento til (de seu ponto de vista naturalista) para convencer crentes na liberdade humana de seu erro apontar que a biologia mecanicista contempornea parece no deixar espao para o livre-arbtrio humano: como, por exemplo, tal coisa (livre-arbtrio) poderia se desenvolver no curso evolucionrio das coisas? At na fsica e matemtica, os rgidos baluartes da razo pura, questes similares surgem. Estas questes tm a ver com o contedo dessas cincias e a maneira como se desenvolveram. Tambm tm a ver com a maneira (como so normalmente ensinadas e praticadas) como essas disciplinas so artificialmente separadas das questes concernentes natureza dos objetos os quais elas estudam uma separao determinada, no pelo que mais natural ao objeto em questo, mas por uma abrangente concepo positivista da natureza do conhecimento e a natureza da atividade intelectual humana.
E terceiro, aqui, como na filosofia, cristos devem demonstrar autonomia e integridade. Se a biologia mecanicista contempornea realmente no deixa espao para a liberdade humana, ento algo alm da biologia mecanicista contempornea deve ser sugerido; e a comunidade crist deve desenvolver isso. Se a psicologia contempornea fundamentalmente naturalista, ento cabe aos psiclogos cristos desenvolver uma alternativa que se encaixe bem com o sobrenaturalismo cristo uma que comece a partir de produtivas verdades cientficas tais como Deus criou o ser humano a sua prpria imagem.
claro que eu no pretendo ensinar aos cristos praticantes de outras disciplinas como apropriadamente praticar suas disciplinas como cristos. (Tenho ocupao o bastante em tentar seguir minha prpria disciplina adequadamente.) Mas eu acredito firmemente que o padro apresentado na filosofia tambm encontrado em quase toda rea de engajamento intelectual srio. Em cada uma dessas reas fundamentais, e muitas vezes no expostas, pressuposies que dirigem a disciplina no so religiosamente neutras; so, muitas vezes, opostas perspectiva crist. Nessas reas, ento, como na filosofia, cabe aos cristos que as praticam desenvolver as apropriadas alternativas crists.
1. Introduo
O cristianismo, atualmente, e na nossa parte do mundo, est crescendo. H muitos sinais apontando nesta direo: o crescimento de escolas crists, de srias denominaes crists conservadoras, o furor sobre a orao pblica nas escolas, a controvrsia evoluo/criao, e outros.
H tambm poderosas evidncias disso na filosofia. Trinta ou trinta e cinco anos atrs, o temperamento pblico da filosofia corrente no mundo de fala inglesa era profundamente no-cristo. Poucos filsofos eram cristos; menos ainda itiam em pblico que eram, e menos ainda pensavam que ser cristo faria alguma diferena real em sua prtica filosfica. A questo da teologia filosfica mais popular, na poca, era no se o cristianismo ou o tesmo eram verdadeiros; a questo era se fazia sentido dizer que h tal pessoa como deus. De acordo com o positivismo lgico, em alta na poca, a afirmao Deus existe no fazia sentido algum; loucura; no expressa nada. A questo central no era se o tesmo era verdadeiro; era se h tal coisa como tesmo uma afirmao factual que ou falsa ou verdadeira. Mas as coisas mudaram. H muito mais filsofos cristos e ainda mais produtivos filsofos cristos entre os maiores da vida filosfica americana. Por exemplo, a fundao da Society for Christian Philosophers (Sociedade para Filsofos Cristos), uma organizao que promove companheirismo e troca de ideias entre filsofos cristos, tanto uma evidncia como uma consequncia desse fato. Fundada seis anos atrs, agora uma forte organizao com encontros regionais em toda parte do pas. Seus membros esto profundamente envolvidos na vida filosfica americana profissional. Ento, o cristianismo est crescendo e crescendo na filosofia, como tambm em todas as outras reas da vida intelectual.
Mas mesmo o cristianismo crescendo, deu poucos os e est marchando dentro de um territrio alheio. Visto que a cultura intelectual de nossos dias , em grande parte, profundamente no-testa e, portanto, no-crist mais do que isso, antitesta. Muito das chamadas cincias humanas, muito das cincias no-humanas, muito do engajamento intelectual no-cientfico e mesmo uma boa parte da suposta teologia crist animada por um esprito estranho ao tesmo cristo. No tenho espao aqui para desenvolver e elaborar esse ponto mas eu no preciso, pois isso familiar a vocs todos. Retornando filosofia: muito dos principais departamentos de filosofia na Amrica tem praticamente nada para oferecer ao estudante que intenta ver como se um filsofo cristo, como desenvolver o testemunho cristo em assuntos correntes na filosofia. Num departamento de filosofia tpico haver pouco mais do que um curso sobre filosofia da religio no qual lhes ser sugerido que as evidncias a favor da existncia de Deus as provas testas clssicas so, no mnimo, contrabalanadas pelas evidncias contra a existncia de Deus o problema do mal, talvez; e tambm pode ser acrescentado que a escolha mais sbia, tendo em vista mximas como A Navalha de Ockam, dispensar toda essa ideia de Deus, pelo menos para propsitos filosficos.
Meu intento, aqui, dar alguns conselhos aos filsofos que so cristos. E apesar de meus conselhos serem dirigidos especificamente aos filsofos cristos, relevante para todos os filsofos que creem em Deus, judeus ou muulmanos. Eu proponho apresentar algum conselho comunidade filosfica crist ou testa: algum conselho relevante situao na qual nos encontramos. Quem voc">Perguntas e respostas fundamentais sobre filosofia parte 1
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