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Vo, mas vo em unidade 12b40

PorJuie Kriel

A mesma pergunta do Movimento de Lausanne tambm arde em nosso corao: Como ser o ano de 2050 no que diz respeito ao avano e cumprimento da Grande Comisso?

Essa pergunta nos leva de volta cena da ltima ceia que Jesus celebrou com seus discpulos (Mc 16.14-19). Somos convidados a entrar nesse ambiente onde Jesus deu sua igreja a sua maior misso e o seu grande chamado. Estou convencido de que ns, como igreja global, estamos ancorados nesse chamado o chamado unidade.
Unidade. Nem mais, nem menos. Distintos, mas indissociveis. Membros uns dos outros. Uma base relacional, em humildade e submisso, como demonstrao e proclamao do evangelho. Em poucas palavras, a convico fundamental de que juntos somos melhores, pois a ao em conjunto a principal resposta da igreja Grande Comisso.

Este o propsito das aes colaborativas: agir, dedicar-se ao cumprimento da Grande Comisso, no como indivduos isolados, mas em conjunto. tentar unir as pessoas no contexto mais granular possvel, mobilizando-as e incentivando-as a dar os prticos rumo ao cumprimento da Grande Comisso. Essas equipes existem especificamente para lidar com o problema que a igreja global enfrenta em relao falta de colaborao e conexo dos recursos adequados. Para mim, nada representa melhor a ao colaborativa do que a imagem de cavalos de trao.
Os cavalos de trao so animais incrveis. Eles tm a capacidade de puxar cargas pesadas e foram (e ainda so em alguns contextos) fundamentais para transportar grandes volumes de carga por grandes distncias. Diz-se que um nico cavalo pode puxar uma carga com quase 4 toneladas de peso. Agora, se tivssemos dois cavalos de trao, poderamos dobrar a quantidade de peso que eles conseguem puxar, certo? Errado! Na realidade, dois cavalos de trao trabalhando juntos no deslocariam 8 toneladas de peso, mas sim 11 toneladas compartilhadas! Melhor ainda, se esses cavalos fossem treinados para trabalhar juntos e realmente confiar nos pontos fortes um do outro, eles poderiam puxar at 14 toneladas juntos. Amigos, ns, como igreja global, tambm poderemos ser mais eficazes se trabalharmos juntos.

Minha orao no apenas por eles. Rogo tambm por aqueles que crero em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu ests em mim
e eu em ti. Que eles tambm estejam em ns, para que o mundo creia que tu me enviaste. Joo 17.20-21 (NVI)

Mas, por que equipes de ao colaborativa? Por que deveramos abraar essa nova mentalidade em relao ao cumprimento da Grande Comisso, especialmente com os olhos voltados para 2050? Resumindo, procuramos, em esprito de orao, mobilizar e capacitar todos os participantes do congresso para que se comprometam como parte de uma equipe de ao colaborativa. Isso significa que cada participante se comprometer a trabalhar em conjunto e a empreender aes sbias para o cumprimento da Grande Comisso. Trata-se, essencialmente, da convico de que somos melhores juntos. Duas pessoas trabalhando em conjunto podem fazer muito mais do que duas pessoas trabalhando separadamente. Creio que era isso que Jesus tinha em mente quando orou, conforme Joo 17, para que fssemos um; o mundo reconheceria que somos seus discpulos por causa da unidade que temos entre ns. Quando o Corpo de Cristo trabalha em unidade, o evangelho avana.
Nem precisamos nos aprofundar muito nas Escrituras para ver como esse princpio funciona de forma muito prtica e poderosa. Quando pensamos nos 12 homens a quem Jesus confiou a misso de edificar a sua igreja, podemos identificar os elementos de uma equipe de ao colaborativa. Eles agiram de forma colaborativa; formaram equipes. Vemos nos Evangelhos que, aonde quer que fossem, eles formavam uma equipe com pessoas que colaboravam para o cumprimento da Grande Comisso. Posso imaginar as infinitas conexes e possibilidades que Jesus vislumbrou quando comissionou os Doze at os confins da terra. Hoje, num mundo muito diferente daquele dos discpulos, o chamado continua o mesmo.
Com o tempo, a igreja global ou a dispor de mais conexes e recursos, e hoje vivemos um tempo como nunca houve antes, no que diz respeito s possibilidades para o avano do evangelho. No h escassez de recursos na igreja global. No faltam processos, programas, planos ou estratgias. No falta compreenso da magnitude da misso que a igreja tem pela frente. No falta conexo com as pessoas. Na verdade, vivemos numa poca em que as pessoas esto mais conectadas do que nunca, um perodo sem precedentes na histria. Ento, se isso for verdade, por que ainda no estamos cumprindo a Grande Comisso?

O mundo de 2023 retrata a assustadora dicotomia de viver num universo com infinitas conexes possveis ao mesmo tempo que vivemos num deserto de conexes verdadeiras. Isso revela um perigo potencial que vai muito alm de um mundo conectado e revela o perigo de a igreja ter de lutar pela relevncia num mundo em rpida evoluo. A Lei de Martec (veja imagem) apresenta de forma esclarecedora e oportuna o efeito dessa dicotomia no mundo corporativo, e, aplicando-a ao nosso caso, na igreja.
A Lei de Martec baseia-se no princpio de que embora as mudanas tecnolgicas ocorram muito rapidamente, as mudanas organizacionais levam mais tempo para serem assimiladas. As empresas e organizaes encontram cada vez mais dificuldades em ajustar-se ao ritmo das mudanas do mundo que as rodeia e, consequentemente, tornam-se irrelevantes. Acabam tornando-se irrelevantes no porque a sua mensagem esteja desatualizada ou porque o seu pblico-alvo mudou drasticamente, mas porque no foram capazes de ajustar o mtodo para que a sua mensagem continue a alcanar as pessoas a quem desejam impactar. Bem, o que isso significa para a igreja global?
Essa reflexo nos obriga a buscar uma resposta seguinte pergunta: Como a realidade de um mundo em constante evoluo influencia a igreja a responder a esses desafios tendo a Grande Comisso como sua fora motriz? Neste mundo de infinitas conexes e de tendncia crescente ao isolamento, cremos que a resposta seja: colaborao. Pessoas, onde quer que estejam, trabalhando juntas para o avano da Grande Comisso.
O que falta para completarmos a Grande Comisso? Como podemos alcanar todas as pessoas, em todos os lugares? A resposta : colaborao. A colaborao eficaz. Ningum nega que seja difcil de alcanar, mas necessria. Nossa unidade, nossa colaborao o que Deus usa para demonstrar a revelao de Jesus a este mundo.
A colaborao a nossa resposta. A unidade a nossa motivao. Na tentativa de imaginar como o mundo ser em 2050, nos lembramos das palavras finais de Jesus aos seus discpulos:

Os onze discpulos foram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes indicara. Quando o viram o adoraram; mas alguns duvidaram.Ento, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade no cu e na terra. Portanto, vo e faam discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocs, at o fim dos tempos. Mateus 28.16-20 (NVI)

E hoje, depois de dois mil anos depois daquela noite fatdica, somos novamente enviados frente para reunir o seu povo a fim de que sejam um. A convocao de Jesus sua Eclsia ressoa: Vo, mas vo em unidade.

Publicado originalmente em Movimento de Lausanne. Reproduzido com permisso.
  • Jurie e sua esposa, Karin, fazem parte da liderana pastoral da Shoreline Church em Austin, Texas (EUA). Internacionalmente, Jurie lidera o NXT Move, uma organizao dedicada a reunir lderes da igreja e de corporaes com o objetivo de reverter a trajetria negativa do cristianismo na prxima gerao.

REVISTA ULTIMATO | DOENAS QUE FAZEM SOFRER TAMBM OS QUE CREEM
Todas as pessoas tambm os que creem correm o risco de adoecer mentalmente. H multides na igreja lutando com problemas de sade mental. Felizmente, h esperana e ajuda: profissionais da sade, recursos teraputicos e medicamentos. Os cristos podem contar ainda com a ajuda extraordinria de seu Deus. E a igreja deve proporcionar um espao seguro para estes.

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