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Opinio 3pp3w

Teologia Poltica 265w27

Repugnncia, nojo, desencanto, desnimo, desiluso so algumas palavras que exprimem o sentimento da maior parte dos brasileiros com o atual quadro poltico

Christian Gillis

Realmente d para ficar desmotivado em participar de algo funesto. Por isso alguns falam em anular o voto ou abster-se como forma de protesto.
Mas qual o dever do cristo para com a sociedade e o Estado no qual se encontra? Diante das eleies surge a pergunta sobre como agir nesse momento.
A Bblia trata da participao do crente na sociedade e na poltica:
No AT: Jos, Moiss, Josu, os Juzes, Davi, os Profetas, Ester, Daniel, Neemias, Esdras, etc.
No NT: Rm 13.1-7: Reconhecer que autoridade instituda por Deus; At 5.29: Desobedincia responsvel; Lc 20.22: Legitimidade do Estado e dever de pagar tributo; I Tm 2.1-2: Intercesso; Ap 13: Crtica proftica.

O Apocalipse tem uma densa teologia poltica: Foi escrito a cristos que se encontravam debaixo de perseguio por parte do Imprio (para os cristos era uma questo religiosa; para o Estado uma questo poltica). O livro uma denuncia contra o totalitarismo e tirania: nenhum poder terreno absoluto e s Deus o soberano final, aquele que vai julgar o mundo. O Cordeiro apresentado como aquele que derrota aos poderes polticos hostis desse mundo.

Paradoxalmente, os cristos em geral, negligenciam sua responsabilidade poltica. Quais as razes?
1. Crena de que a poltica seja em si mesmo suja;
2. Pessimismo diante da maldade e corrupo humana;
3. Exagero na nfase na moral individual e subjetiva;
4. Falta de entendimento do processo poltico;
5. Equvoco quanto a separao entre Estado e Igreja;
6. Apoio tcito manuteno da ordem vigente;

Sempre houve tenso entre a participao e a separao da sociedade e da poltica. 1 Alguns optaram por uma ruptura total, isto , sair do mundo. 2 Outros escolheram um modelo de imerso total e acabaram sendo assimilados pelo mundo. A 3 via uma postura de participao crtica. I Pd 2.11-17 explicita o que "Participao Crtica".

Proposio
Deus deseja que cada cristo ajude a construir uma sociedade melhor. Para isso so definidas duas Posturas Sociais bsicas.

1 Postura: Sujeitar-se a toda Instituio Humana (2:13)
As igrejas s quais I Pd se dirige estavam sofrendo uma srie de acusaes e a tendncia natural seria a retrao social. Os cristos so chamados a ter um comportamento social exemplar. Como se d
esse comportamento exemplar?
Sujeitar (hypotagete) significa colocar-se debaixo, submeter-se, cooperar com a misso; sendo diferente de obedecer (hypakuete). Trata-se de submisso, voluntria - como livres que sois (2:16) - e que no significa concordncia cega com o governo: deve ser consciente. Significa respeitar e apoiar o ordenamento scio-poltico.
Submeter-se a instituies humanas. Que tipo de instituies? Instituies para Pedro a monarquia e as autoridades governamentais (2:13), o trabalho (2:18), a famlia (3:1) e a Igreja (5.5). So esses os temas que so abordados aqui. No Brasil, o poder emana do povo e a Constituio Federal o poder final.
Assim, submisso s instituies significa respeitar aquilo que foi constitudo pelos homens para organizar a sociedade. No Brasil quer dizer respeitar a democracia, a constituio, a diviso de poderes, o voto. (Numa monarquia envolveria outros valores).
respeitar o sistema poltico, mas sempre discernindo se os atos dos que ocupam o posto visam o bem (autoridades estabelecidas para promover o bem e reprimir o mal).
Ento Pedro est dizendo aos cristos que no deveriam alienar-se da sociedade ou provocar uma ruptura, mas, pelo contrrio, deveriam livremente participar positivamente da mesma.
O motivo da submisso s instituies por causa do Senhor. Assim, por causa da lealdade a Jesus que devemos nos portar bem diante do Estado (e no por que as autoridades so carismticas ou tragam benefcios a ns). Isso quer dizer que a nossa postura pblica no por causa das instituies em si (como se fossem em si divinas - so humanas), mas por uma causa externa a elas, Jesus Cristo nosso modelo. Isso torna relativo todo poder humano.
Talvez algum pense que participar da sociedade e da poltica seja mau. No essa a compreenso de Pedro. Ele diz que devemos nos abster das paixes carnais (festas a dolos, orgias, sexo cultual, etc.) (2:11) - isso sim o mal - e no a vida em sociedade: do voto, do discernimento poltico, do uso dos recursos, da informao e do dever de interferir no destino poltico.
Esse o paradigma que ns herdamos da Reforma Protestante. Tanto Lutero como Calvino, explicaram o evangelho com forte nfase em questes sociais (Educao, por exemplo). Os pietistas (1650 ss), que ensinavam a necessidade de uma f pessoal (converso), construam asilos e hospitais, fundavam universidades e enviavam missionrios. Os metodistas, descendentes do movimento pietista, pregaram o evangelho e revolucionaram pacificamente ao Inglaterra. O Pr. Batista Martin Luther King foi defensor e militante dos direitos nos EUA.

2 Postura: Prtica Ativa do Bem (2:15)
A nfase de comportamento exemplar, boas obras e prtica do bem nas relaes sociais! Somos designados por servos de Deus. No h ingenuidade em relao a hostilidade da sociedade. No contexto os
cristos estavam sendo acusados de ms obras:
* Recusa em pronunciar juramentos e saudaes;
* Perturbao por ensinar outros costumes;
* Sacrilgio e Atesmo por no oferecer culto aos dolos.
A resposta do cristo acusao de praticar ms obras fazer boas obras. A identidade do cristo deve estar associada com a causa do bem (no com o "mensalo" ou mfia das sanguessugas).
Hoje muitos crentes so reconhecidamente apticos (nos condomnios, no bairro, nas escolas, etc): no so conhecidos pelo mal, mas tambm no so referncias de bondade, como Jesus deseja (infelizmente alguns so antipticos).
Somos sal da terra (impedir o progresso do mal) e luz do mundo (proclamadores da verdade) para que os homens vejam as nossas boas obras e glorifiquem a Deus (Mt 5:16).
Onde praticar o Bem? Primeiro num plano particular, procurando fazer o bem, agindo no nosso microcosmo positivamente. Depois, num plano coletivo, articulando-se para promover o bem e a justia e o que for saudvel para a sociedade maior (macrocosmo).
As eleies so uma oportunidade para promover o bem, j que so os deputados que fazem as leis (leis = estrutura). Se algo est ruim no assim por natureza - algum estruturou assim e algum vai ter que fazer ficar diferente. O presidente e os governadores istram dentro dessa estrutura criada, embora, segundo as suas prioridades.
Quando os cristos se alienam, favorecem o progresso do mal. Por causa da nossa f em Deus devemos buscar o bem por todos os meios disponveis, inclusive o voto. A participao consciente fundamental para fazermos progredir o bem e construirmos uma sociedade mais justa.
Devemos, ento, procurar votar bem, no buscando apenas os nossos interesses, mas os interesses da coletividade, luz dos valores do Reino de Deus. Se no votamos bem desvalorizamos o voto e estimulamos algo tipo ditadura: concentrao de poder. Depois de votar, orar e acompanhar seu representante.

Concluso
Participe criticamente votando bem!
Mas como votar bem?
Ter atitude positiva e desejarmos mudanas: a nossa escolha far diferena! Valorize o voto e motive a todos a votar bem. Vote em quem defende valores construtivos para a sociedade (no interesses de certos grupos): Votamos em programas (ser crente ou honesto no programa de governo, obrigao).
Pense em quais foram as razes para a candidatura e que idias defende:
Recorde o ado: contribuio ou corrupo?
Avalie as promessas (quanto custa e donde vem o dinheiro?) e as Denncias (h provas, documentos, testemunhas? O que diz o acusado?).
A qual partido pertence o candidato? Quem so os componentes? Com quem anda?
Devemos procurar consistncia e coerncia partidria.

Christian Gillis pastor da Igreja Batista da Redeno em Belo Horizonte, MG.

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