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06 de fevereiro de 2012
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Stott: o retrato de um lder cristo 1d2w46

O jornal britnico The Times publicou no dia 14 de janeiro deste ano um artigo sobre John Stott, escrito por Douglas Birdsall, presidente executivo do Movimento Lausanne. Mais que uma descrio biogrfica, o texto traz caractersticas genunas sobre o exerccio da liderana crist. Vale a pena ler!

O Retrato de um Lder Cristo

Essa semana viajei de Boston, EUA, para Londres para participar do culto* em memria a John Stott. O apstolo Paulo foi seu mentor por meio das pginas das Escrituras, por isso a escolha do local, a Catedral de So Paulo, como smbolo dessa aliana simblica.

Stott compartilhava com o apstolo, tanto um intelecto apurado como uma obsessiva paixo pelo evangelho de Cristo.

John Stott , que morreu em 27 de julho de 2011, foi uma figura cativante, urbana e perceptiva; ele serviu como capelo da rainha, escreveu cinquenta livros (traduzidos para 60 lnguas), foi nomeado como Companheiro da Ordem do Imprio Britnico, e citado pela revista Time em 2005, como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo. Recebeu doutorados honorrios, e se tornou objeto de teses de doutorado. Alm disso, era um expert em ornitologia. Apesar da mdia ter feito grande cobertura de sua morte, raramente foi destaque nos noticirios.

Stott serviu como Reitor da Congregao de All Souls, Langham Place desde a idade de 29 anos.

Foi incansvel na leitura, no estudo e tambm escrevendo e desafiando a igreja a uma f holstica. Em 1970 ele entregou a liderana da igreja para Michael Baughen, porque estava se tornando um talentoso evangelista universitrio amplamente conhecido no mundo.

Este estudante da escola Rugby, filho de um consultor da Harley Street, viveu com simplicidade. Em 1970 Stott se mudou para um pequeno flat de 2 cmodos. Poderia ter vivido confortavelmente apenas com seus direitos autorais seus livros foram vendidos aos milhes mas usou seu dinheiro para investir no que se tornou a Sociedade Internacional Langham, que criou para fortalecer a Igreja nos pases em desenvolvimento.

Em 1981, com 60 anos, Stott abriu mo de uma biografia que lhe daria um lugar na Cmara dos Lords. No era momento de se aposentar. Naquele ano fundou o Instituto Londres para o Cristianismo Contemporneo, para trazer com veemncia a presena de Cristo em todas as esferas da sociedade.

Como explicar um homem pacato, humilde e urbano ser globalmente cotado como o mais nobre cristo do sculo 20? Eu ofereo duas sugestes.

Primeiro, John construiu amizades genunas. O sentido de amizade era tangvel ontem quando seus velhos amigos se reuniram para agradecer a Deus por sua vida. Ele trabalhou e formou redes atravs das amizades, o que, alis um colaborador disse em uma pgina de seu obiturio, a amizade estava fixada em seu carter.

Segundo, ele acreditava que lderes eficazes nunca estavam satisfeitos com o que eram e lutavam sempre em busca do que poderiam ser.

O cantor Paul Simon falou em uma entrevista, semana ada, apresentada no programa Religion and Ethics, sobre uma longa conversa que teve com John Stott, evidentemente apreciada por ambos. Seja conversando com a famlia real, doutores, cantores ou com os pobres nas grandes cidades do mundo, Stott dava a eles sua completa ateno.

Sua autoridade era conquistada por uma autenticidade pura. Eidi Cruz cresceu conhecendo o Tio John, pois seus pais estavam entre seus amigos mais prximos. Ela escreveu em um poema: Ele me ensinou sobre humildade / que escuta os outros/ com a devoo que escutamos a um rouxinol.

De que esse homem multi-talento (como o telogo J. I. Packer o chamava) se orgulhava mais? De seus escritos? De seus amigos famosos? De seu ttulo do Imprio Britnico (CBE)? No. Ele amava contar a histria de como, na escola Rygby, ele ouviu e viu do evangelista Eric Nash, um quadro de Holman Hunt, a bela representao da figura de Cristo no Apocalipse, de p porta.

Ento, naquela tarde de fevereiro, com 17 anos, Stott sentiu o forte desejo e necessidade de convidar a Cristo para fazer morada em sua vida, e crer na sua morte na cruz, em seu lugar para o perdo dos pecados. Como o apstolo Paulo dizia, isso era seu nico motivo de orgulho.

O bispo Timothy Dudley-Smith, seu bigrafo e amigo dos tempos da escola, pregou no culto de ontem direcionando nosso olhar para o Jesus ressurreto e glorificado. Ele colocou a questo frequentemente usada por John para concluir um sermo. uma pergunta universal, simples e profunda; a interseco do temporal com o eterno.

Posso imaginar John pregando para uma plateia de estudantes na Europa, nas Amricas, frica, sia, Oceania; a Bblia no plpito, mo esquerda no bolso; com autoridade envolvente. A argumentao sobre a historicidade do evangelho exposta claramente; uma apologia persuasiva dos mandamentos de Cristo colocada s claras.

Mas apenas concordar mentalmente no suficiente. Como vai a relao entre voc e Jesus Cristo">O Discpulo Radical

+Espiritualidade +Igreja e Liderana +Vida Crist

06 de fevereiro de 2012
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