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Salvar vidas ou proteger a economia? 5a53w

PorWilliam Lane
Desde o incio da pandemia e as primeiras medidas dos governos estaduais e municipais para conter o avano da doena, o isolamento e as restries tm sido apresentados de modo polarizado como uma escolha entre vida e economia. Um ano depois do incio da pandemia estamos enfrentando de modo ainda mais intenso a questo uma vez que o sistema de sade est colapsando. Os governantes, obviamente, continuam reticentes quanto a um fechamento radical do comrcio e de todas as atividades uma vez que o custo econmico disso muito alto. Por outro lado, h fortes recomendaes de epidemiologistas de que o lockdown inevitvel e a nica sada para salvar vidas e permitir que o sistema de sade consiga ainda atender a todos.
Alm de tantas questes polticas e prticas que esto em jogo, h naturalmente uma questo de fundo de carter tico. Na tica estudamos no s os valores e comportamentos morais, mas, sobretudo, se possvel falar de valores absolutos. O absolutismo tico pressupe que existe, sim, um certo e errado. Contraria, assim, um relativismo ou um utilitarismo que entendem que o certo e errado so circunstanciais ou dependem da finalidade e utilidade que se tm em vista.
Mas mesmo no absolutismo tico, h diferentes perspectivas. Numa perspectiva, chamada por alguns de absolutismo no qualificado, h regras inviolveis. Quando duas regras esto em conflito, esse conflito apenas aparente, pois as regras no se conflitam, mas, ainda que seja preciso escolher entre uma e outra, no h como negar que uma regra absoluta foi quebrada. Neste caso, o conflito entre salvar vidas e preservar a economia um conflito aparente. S existe uma regra inviolvel que a vida. Em outra perspectiva, ite-se o conflito de valores e regras absolutas e quando isso acontece, escolhe-se o mau menor. Ainda que o indivduo tenha de responder pela violao de uma regra absoluta, a sua transgresso justificada. Este o caso, por exemplo, que justificaria tirar a vida de algum que est ameaando outras vidas. Matar entra em conflito com preservar a vida, mas matar algum que est ameaando a vida de outros, em ltima instncia, tambm preservar vidas. Mas h tambm um absolutismo que pressupe que existe uma hierarquia de regras e valores. Desse modo, salvar vidas se sobrepe necessidade de salvar a economia. Embora parea resolver essa questo em particular, no to simples, uma vez que, como tambm tem sido repetidamente lembrado, uma economia estagnada tambm coloca em risco a vida das pessoas.
Provavelmente seja esse um dos motivos que tem levado os governantes e gestores a resistirem a medidas mais restritivas mesmo diante da grave crise sanitria do pas. Alm da impopularidade das medidas e da presso que sofrem de setores da economia, os governantes receiam comprometer a atividade econmica. Deste modo, o aparente conflito entre salvar vidas e preservar a atividade econmica, no fundo, uma s: salvar vidas, seja por medidas sanitrias ou por medidas econmicas. At aqui o pas tem tomado uma posio conciliatria e evitado restries mais enrgicas e defendido o distanciamento em vez do isolamento. Entretanto, ainda no chegamos a resultados satisfatrios nem quanto a evitar mortes nem quanto preservao da economia. Ambas esto em risco.
Mas, talvez, exista uma pea nesse quebra-cabea que pode ser determinante. a responsabilidade individual. Independente das medidas que vigoram, cada indivduo responde por seus atos e decises. verdade que a liberdade que as pessoas assumem colocam em risco no s suas prprias vidas, mas a de outros. Infelizmente parece prevalecer o valor do direito particular. Muitos contestam as medidas restritivas porque elas lhes negam o seu direito de ir e vir, ou de cultuar a Deus na igreja, etc. Mas bvio. Muitas vezes precisamos sacrificar um direito social para preservar nossa prpria vida e a de outros. Lamentavelmente, s perceberemos isso quando a enfermidade nos atingir pessoalmente. Porm, quando estivermos em uma cama de hospital (se houver uma disponvel), tenho certeza que no brigaremos pelo direito de ir e vir. Reivindicamos o direito de o ao tratamento da sade.

Pastor presbiteriano e doutor em Antigo Testamento, professor e capelo no Seminrio Presbiteriano do Sul, e tradutor de obras teolgicas. autor do livro O propsito bblico da misso.
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