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02 de outubro de 2006
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Religio e Poltica se Misturam; Igreja e Estado, No 3y6b4e
A soluo para os problemas polticos sempre poltica
Quase sempre a imprensa e alguns polticos criticam a campanha de candidatos ou polticos evanglicos porque estes estariam misturando religio e poltica e ameaando a separao entre Igreja e Estado. verdade que as explicaes dos candidatos nem sempre ajudam a esclarecer. Mas no devemos acompanhar a msica do laicismo militante que deseja excluir Deus e a religio da praa pblica.
Podemos no concordar com as polticas deste ou daquele candidato e at achar que sua converso foi oportunista, mas no devemos combat-lo de tal forma a deslegitimar a razo da nossa prpria participao poltica. A poltica no deve ser meio de fortalecer uma religio em detrimento de outras, mas dizer que a religio em si nada tem a ver com a conduta da poltica lgica e historicamente falso. Falar em abuso da religio seguir uma linha errada. A diferena entre uso e abuso muito subjetiva. Um dia, o feitio pode se virar contra o feiticeiro. Devemos, sim, protestar quando se diz que todos os evanglicos esto com tal candidato, mas no devemos atacar os outros por abusar da religio na poltica. Deixemos que cada um se utilize da religio como quiser melhor do que criar um ambiente em que ningum pode falar sobre religio em praa pblica.
O Ocidente aprendeu a duras penas, a custo de muito sangue, que religio e poltica tm de estar separadas, dizem os crticos, e certos candidatos estariam voltando a mistur-las. Em 2002, em resposta imprensa, o ex-governador Anthony Garotinho declarou que era a favor do Estado secular, e, ao mesmo tempo, disse que no mistura religio com poltica. Essas duas afirmaes no so equivalentes e retratam uma certa confuso. O Estado deve ser no-confessional. Foi justamente essa percepo por parte de alguns dos primeiros protestantes nos sculos 16 e 17 que deu incio separao entre Igreja e Estado. Com bases teolgicas, eles perceberam que a viso crist do Estado que o Estado no deve ser cristo, no sentido de defender e promover uma determinada igreja ou religio. Este no o papel de Estado nenhum na dispensao da graa. Entretanto, religio e poltica podem, sim, ser misturadas. Uma pessoa pode ser inspirada por sua f religiosa a ingressar na poltica e defender certas propostas. Poltica confessional, sim; Estado confessional, no.
Isso implica reconhecer, entre outras coisas, que h diferena entre ser um legislador evanglico e ser um governante evanglico. Em torno dos candidatos e polticos evanglicos h lderes e membros de igrejas com uma expectativa messinica de que aquele candidato evanglico canalizar automaticamente as bnos de Deus sobre o Brasil, resolvendo todos os problemas que nos afligem. Esse messianismo muito perigoso, para o pas e para a Igreja. Ao contrrio do que muitas vezes se afirma, a ltima parte do homem a se converter no o bolso, o fascnio pelo poder.
verdade que houve um avano inegvel no meio evanglico em relao ao envolvimento e prtica poltica. Ainda assim, nem sempre possvel recomendar os modelos de atuao poltica mais visveis.
A atuao da Igreja Universal exemplifica um modelo possvel de atuao poltica evanglica: o modelo institucional. A Igreja, como instituio, entra na poltica defendendo as suas propostas, as quais podem ser boas ou no. Muitas vezes, trata-se de mera defesa de seus interesses institucionais. Esse modelo apresenta graves problemas. A Igreja, como instituio, no deve se envolver na poltica dessa forma, pois, quando o faz, ela e os seus lderes se tornam vulnerveis a todas as contingncias do mundo poltico. Assim, sua fala sobre a Bblia, a f e a salvao se contagia dessa mesma contingncia. Se eu no posso acreditar naquilo que determinado pastor ou determinada igreja falam quando se trata de poltica, por que vou acreditar quando falam de outros assuntos? Logo, quem sai perdendo com esse modelo a prpria Igreja.
Outro modelo de atuao evanglica na poltica o que podemos chamar de modelo autogerado ou auto-impulsionado. Um indivduo evanglico que constri uma projeo poltica, ou que j a possua antes de se tornar evanglico, atua de maneira autnoma e faz um apelo aos evanglicos para que votem nele. H muitos deputados estaduais e federais evanglicos que se enquadram nesse modelo. O problema que muitas vezes o candidato se apresenta como evanglico para fins de obter votos, mas depois de eleito no v nenhuma necessidade de responder aos evanglicos que o elegeram. E ns ficamos a coar a cabea, nos perguntando: Como possvel um evanglico que parecia to bom acabar to mal">clique aqui.
Quase sempre a imprensa e alguns polticos criticam a campanha de candidatos ou polticos evanglicos porque estes estariam misturando religio e poltica e ameaando a separao entre Igreja e Estado. verdade que as explicaes dos candidatos nem sempre ajudam a esclarecer. Mas no devemos acompanhar a msica do laicismo militante que deseja excluir Deus e a religio da praa pblica.
Podemos no concordar com as polticas deste ou daquele candidato e at achar que sua converso foi oportunista, mas no devemos combat-lo de tal forma a deslegitimar a razo da nossa prpria participao poltica. A poltica no deve ser meio de fortalecer uma religio em detrimento de outras, mas dizer que a religio em si nada tem a ver com a conduta da poltica lgica e historicamente falso. Falar em abuso da religio seguir uma linha errada. A diferena entre uso e abuso muito subjetiva. Um dia, o feitio pode se virar contra o feiticeiro. Devemos, sim, protestar quando se diz que todos os evanglicos esto com tal candidato, mas no devemos atacar os outros por abusar da religio na poltica. Deixemos que cada um se utilize da religio como quiser melhor do que criar um ambiente em que ningum pode falar sobre religio em praa pblica.
O Ocidente aprendeu a duras penas, a custo de muito sangue, que religio e poltica tm de estar separadas, dizem os crticos, e certos candidatos estariam voltando a mistur-las. Em 2002, em resposta imprensa, o ex-governador Anthony Garotinho declarou que era a favor do Estado secular, e, ao mesmo tempo, disse que no mistura religio com poltica. Essas duas afirmaes no so equivalentes e retratam uma certa confuso. O Estado deve ser no-confessional. Foi justamente essa percepo por parte de alguns dos primeiros protestantes nos sculos 16 e 17 que deu incio separao entre Igreja e Estado. Com bases teolgicas, eles perceberam que a viso crist do Estado que o Estado no deve ser cristo, no sentido de defender e promover uma determinada igreja ou religio. Este no o papel de Estado nenhum na dispensao da graa. Entretanto, religio e poltica podem, sim, ser misturadas. Uma pessoa pode ser inspirada por sua f religiosa a ingressar na poltica e defender certas propostas. Poltica confessional, sim; Estado confessional, no.
Isso implica reconhecer, entre outras coisas, que h diferena entre ser um legislador evanglico e ser um governante evanglico. Em torno dos candidatos e polticos evanglicos h lderes e membros de igrejas com uma expectativa messinica de que aquele candidato evanglico canalizar automaticamente as bnos de Deus sobre o Brasil, resolvendo todos os problemas que nos afligem. Esse messianismo muito perigoso, para o pas e para a Igreja. Ao contrrio do que muitas vezes se afirma, a ltima parte do homem a se converter no o bolso, o fascnio pelo poder.
verdade que houve um avano inegvel no meio evanglico em relao ao envolvimento e prtica poltica. Ainda assim, nem sempre possvel recomendar os modelos de atuao poltica mais visveis.
A atuao da Igreja Universal exemplifica um modelo possvel de atuao poltica evanglica: o modelo institucional. A Igreja, como instituio, entra na poltica defendendo as suas propostas, as quais podem ser boas ou no. Muitas vezes, trata-se de mera defesa de seus interesses institucionais. Esse modelo apresenta graves problemas. A Igreja, como instituio, no deve se envolver na poltica dessa forma, pois, quando o faz, ela e os seus lderes se tornam vulnerveis a todas as contingncias do mundo poltico. Assim, sua fala sobre a Bblia, a f e a salvao se contagia dessa mesma contingncia. Se eu no posso acreditar naquilo que determinado pastor ou determinada igreja falam quando se trata de poltica, por que vou acreditar quando falam de outros assuntos? Logo, quem sai perdendo com esse modelo a prpria Igreja.
Outro modelo de atuao evanglica na poltica o que podemos chamar de modelo autogerado ou auto-impulsionado. Um indivduo evanglico que constri uma projeo poltica, ou que j a possua antes de se tornar evanglico, atua de maneira autnoma e faz um apelo aos evanglicos para que votem nele. H muitos deputados estaduais e federais evanglicos que se enquadram nesse modelo. O problema que muitas vezes o candidato se apresenta como evanglico para fins de obter votos, mas depois de eleito no v nenhuma necessidade de responder aos evanglicos que o elegeram. E ns ficamos a coar a cabea, nos perguntando: Como possvel um evanglico que parecia to bom acabar to mal">clique aqui.
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