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Opinio 3pp3w

Protestantes que no protestam 5l6y5u

No h um justo, sequer um
Romanos 3.9-18

S tu me remiste, Deus da verdade.
Salmo 31

Cuidemos do princpio protestante, como lembrava Paul Tillich. Este imprime a intuio sobre a funo histrica do protestantismo. Ele desmascara os dolos religiosos, os santos e as imagens, como as mscaras da religio, os dolos polticos, os governantes, os pastores, e o prprio status quo das igrejas oficiais e influentes quanto ao exerccio das leis que regem uma nao, e do moralismo hipcrita das elites burguesas eclesisticas ou pretensamente crists.

Sobre tais assuntos, regidos por trs pontos: Sola Gratia, Sola Fide e Sola Scriptura (S a Graa, S a F e S a Escritura). S a Escritura um princpio que evoca o esforo de volta s fontes do Cristianismo.

A Reforma, no tabuleiro das polticas ocidentais, deu o xeque-mate ao mundo espiritual imperialista, autoritrio, absoluto, que pretendia governar o mundo com vestes clericais e smbolos religiosos que impem poder aos tiranos, do-lhes a fora das armas e poder poltico absoluto, enquanto enfraquece os suspiros dos oprimidos. O poder poltico-religioso era questionado desde as fortalezas e portes de ferro que separavam pobres e fracos dos dominadores imperiais e poderosos.

Em questo as denncias protestantes: prerrogativas do estado religioso sobre o estado civil; prerrogativas de instncias religiosas oficiais sobre a interpretao das Escrituras; prerrogativas divinas para os mestres da igreja; prerrogativas para convocar a igreja aos conclios, para receberem suas orientaes (conformao tirnica aceita por consenso inautntico). Representando a tirania eclesistica, uma igreja na Alemanha mantinha 17.413 relquias sagradas, para as quais se exigia venerao mediante pagamento de indulgncia, comportando 128.000 anos de "direito salvao do inferno, e lugar garantido no cu".

A Reforma afirma que a Graa vem da iniciativa de Deus, e no pela oferta da salvao homologada pela Igreja; a Salvao a fides concreta, fides incarnata, f ativa nas obras que libertam. O discipulado cristo vem em primeiro lugar, pelo testemunho libertador das Escrituras, em favor das liberdades humanas.

Necessitamos do protestantismo bem identificado, porque nem todos evanglicos so protestantes, no rigor do termo. Nada, no mundo eclesistico, mais representativo da Reforma que o movimento pela unidade dos cristos, sob a orientao revolucionria, em torno de diaconias libertrias.

O CMI (Conselho Mundial de Igrejas) e suas filiadas, representam um movimento de solidariedade aos oprimidos do mundo inteiro. Inclusive a Criao, o Planeta Terra, aviltados e espoliados; inclusive os desterrados e refugiados, banidos, excludos, os pobres, os famintos, em todos os quadrantes do mundo habitado (oikumene).

A orao ecumnica, pronunciada em todas as lnguas e dialetos, em toda a parte, evoca a confiana que as Escrituras oferecem aos cristos: "Na nova era, a comunidade mundial ser redimida. Sob a gide de Deus, estabelece-se uma nova etapa na histria do mundo. O relacionamento com Deus ser to ntimo que Deus se dispe a responder aos oprimidos mesmo antes que estes o procurem. A orao ecumnica: Deus, em tua Graa, transforma o mundo, tambm o clamor do cristianismo ecumnico". Nos opositores da Reforma se encontrar tambm uma espcie de dio filial prpria matriz comum da Igreja Apostlica total, geral (ekklesia katholikos).

A misericrdia de Deus se apresenta aos homens e mulheres pecadores presos aos sistemas de pensar do ado autoritrio; sua compaixo pelos pecadores presos sua religio e doutrinas, como a do particularismo denominacional, ou religioso, se manifesta. Porque os homens e as mulheres, alm de no encontrarem salvao em suas obras, no se salvam nem de si mesmos e nem da corrupo ou depravao que os acompanham (Joo Calvino). Comentando o Catecismo de Calvino, Karl Barth diz mais: Deus quem toma a iniciativa de salvao; Deus que vem ao encontro do homem para salv-lo.

Nada levar salvao, libertao material ou espiritual; nada se assemelha gratuidade divina. Lutero diria mais, escrevendo a Melanchton angustiado por sentir que no podia livrar-se por si mesmo do pecado: Esto peccator et pecca fortiteter, sed fortius fide (seja um pecador, e peca fortemente, mas creia ainda mais firmemente; esteja confiante na graa da salvao).

Teses da Reforma, hoje, no am de lembranas nebulosas, em vrias situaes. Protestantes no protestam mais, ao que parece. Resignam-se ou se submetem aos poderes opressores. O corporativismo evanglico funciona como uma mordaa, no lembra a unidade na Reforma, nem de longe. Mas, "se todo mundo evanglico, ningum evanglico (Luiz Longuini Neto).

Resta dizer que a oikumene compreendia a Igreja catlica, originalmente universal, abrangente, total (katholikos), no Protestantismo emergente. A democracia do las (povo) de Deus, nunca existiu na totalidade, ao que parece, porque ainda est por vir. Ou, se existe em muitas comunidades reformadas, est por restringir-se, ou em retrocesso, onde foi alcanada. Creio.

Essa era a Igreja que restara do cisma de 1054, no Ocidente. O princpio Igreja reformada sempre se reformando vigia desde sculos, segundo a patrstica crist. Reformava-se a Igreja dentro da Igreja. Nenhum reformador falou da criao de outras igrejas. Menos de dois sculos depois, a Reforma era trada pelo denominacionalismo individualista e, posteriormente, pelo evangelicalismo exclusivista. Protestantes so apontados como crentes que no protestam mais.

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A Igreja, o pas e o mundo
Pseudo-pentecostais: nem evanglicos, nem protestantes (Robinson Cavalcanti)

Foto: Ang Leach/Freeimages.com
pastor emrito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como Pedagogia da Ganncia" (2013) e "O Drago que Habita em Ns (2010).
  • Textos publicados: 94 [ver]

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