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21 de julho de 2009
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Obrigado, Deus, pelos doidos 2n2g6b
Marcos Inha
Uma caracterstica de muitos deles que eram pessoas sofridas, solitrias, incompreendidas, doentes.
Acabo de assistir parte final da cerimnia de despedida de Michael Jackson. Chamou-me a ateno a insistncia em cham-la de celebrao vida. Confesso que o estilo de msica do Michael Jackson no faz meu estilo. Brinco dizendo que meu gosto musical parou nos Beatles e nem conseguiu chegar aos Rolling Stones. No gosto de rock, pop ou o que veio depois disto.
irava a flexibilidade do corpo nas coreografias de suas danas e nunca entendi como ele podia fazer o moon walk. Nunca assisti a um videoclipe dele e sempre o considerei excntrico, meio doido, meio varrido. L nos meus botes eu atribua isto a uma necessidade de ficar em evidncia na mdia e a traumas de infncia, denunciados por Michael, sendo seu pai o agressor. Sempre achei a famlia Jackson disfuncional e o Michael um doido.
Quando o acusaram de pedofilia, estava mais propenso a acreditar que a defender. Certa vez pensei que ele ainda havia escapado da acusao de ser viciado em drogas, e o que se sabe agora que sim, o era, mas em analgsicos. Hipocondraco? Talvez. Neurtico? Talvez. Gnio? Com certeza.
Ao ouvir o testemunho da Brook Shields sobre as brincadeiras de criana que ambos tinham mesmo sendo adultos, das gargalhadas que davam, da alegria que sentiam ao estarem juntos, confesso que tive de repensar um monte de coisas.
Comecei a pensar na quantidade de coisas que hoje temos, de descobertas feitas por cientistas totalmente devotados s suas pesquisas, do mdico que descobriu a bactria estomacal e em quem ningum cria at que ele mesmo se infectou com ela, do Einstein mostrando a lngua, do Stephen Hawkins em sua cadeira de rodas pensando o universo e a noo de tempo, do Aleijadinho e sua obra, apesar da enfermidade. Poderia citar muitos outros.
H algo em comum nesta gente toda: eram meio doidos, meio malucos. Se o mundo fosse depender dos certinhos, de gente que igual a relgio suo (todo dia fazendo a mesma coisa nas mesmas horas), o mundo no teria avanado como avanou. Ns devemos as descobertas, as invenes, as grandes esculturas, pinturas e arquiteturas s pessoas que ousaram quebrar paradigmas, que se devotaram de corpo e alma ao que se propam, que vararam noites e mais noites a perseguir seus ideais.
Outra caracterstica de muitos deles que eram pessoas sofridas, solitrias, incompreendidas, doentes. Talvez por isto tenham falado tanto alma humana, esta tambm cheia de dores e desiluses. E no por menos que os Salmos da Bblia, poemas que na sua maioria falam de sofrimento e perseguio, sejam to lidos.
O mundo precisa dos doidos e sofridos para que haja mais alegria e melhor qualidade de vida. E Michael foi um deles, que trouxe para muitos alegria e exemplo de determinao.
Marcos Inha pastor, presidente da Igreja da Irmandade e colunista do jornal Correio Popular. www.inha.com.br/ [email protected]

Acabo de assistir parte final da cerimnia de despedida de Michael Jackson. Chamou-me a ateno a insistncia em cham-la de celebrao vida. Confesso que o estilo de msica do Michael Jackson no faz meu estilo. Brinco dizendo que meu gosto musical parou nos Beatles e nem conseguiu chegar aos Rolling Stones. No gosto de rock, pop ou o que veio depois disto.
irava a flexibilidade do corpo nas coreografias de suas danas e nunca entendi como ele podia fazer o moon walk. Nunca assisti a um videoclipe dele e sempre o considerei excntrico, meio doido, meio varrido. L nos meus botes eu atribua isto a uma necessidade de ficar em evidncia na mdia e a traumas de infncia, denunciados por Michael, sendo seu pai o agressor. Sempre achei a famlia Jackson disfuncional e o Michael um doido.
Quando o acusaram de pedofilia, estava mais propenso a acreditar que a defender. Certa vez pensei que ele ainda havia escapado da acusao de ser viciado em drogas, e o que se sabe agora que sim, o era, mas em analgsicos. Hipocondraco? Talvez. Neurtico? Talvez. Gnio? Com certeza.
Ao ouvir o testemunho da Brook Shields sobre as brincadeiras de criana que ambos tinham mesmo sendo adultos, das gargalhadas que davam, da alegria que sentiam ao estarem juntos, confesso que tive de repensar um monte de coisas.
Comecei a pensar na quantidade de coisas que hoje temos, de descobertas feitas por cientistas totalmente devotados s suas pesquisas, do mdico que descobriu a bactria estomacal e em quem ningum cria at que ele mesmo se infectou com ela, do Einstein mostrando a lngua, do Stephen Hawkins em sua cadeira de rodas pensando o universo e a noo de tempo, do Aleijadinho e sua obra, apesar da enfermidade. Poderia citar muitos outros.
H algo em comum nesta gente toda: eram meio doidos, meio malucos. Se o mundo fosse depender dos certinhos, de gente que igual a relgio suo (todo dia fazendo a mesma coisa nas mesmas horas), o mundo no teria avanado como avanou. Ns devemos as descobertas, as invenes, as grandes esculturas, pinturas e arquiteturas s pessoas que ousaram quebrar paradigmas, que se devotaram de corpo e alma ao que se propam, que vararam noites e mais noites a perseguir seus ideais.
Outra caracterstica de muitos deles que eram pessoas sofridas, solitrias, incompreendidas, doentes. Talvez por isto tenham falado tanto alma humana, esta tambm cheia de dores e desiluses. E no por menos que os Salmos da Bblia, poemas que na sua maioria falam de sofrimento e perseguio, sejam to lidos.
O mundo precisa dos doidos e sofridos para que haja mais alegria e melhor qualidade de vida. E Michael foi um deles, que trouxe para muitos alegria e exemplo de determinao.
Marcos Inha pastor, presidente da Igreja da Irmandade e colunista do jornal Correio Popular. www.inha.com.br/ [email protected]
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