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10 de agosto de 2011
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O pecado da era ps-crist 346r4c

Essa me parece ser a discusso dos dias correntes: pecador ou vtima?
A Bblia reconhece que qualquer pessoa pode ser vtima do pecado de algum ou mesmo da conjuntura social, ou da estrutura politico-econmico-social, porm, no entende que isso possa justificar qualquer ato pecaminoso. Para a Bblia todo ser humano sujeito da e na histria, principalmente, de sua histria. Todos so pessoalmente responsveis, ainda que possa haver atenuantes ou agravantes.
Para a Escritura Sagrada o que se pede do pecador que se arrependa, isto , que assuma o seu erro e a sua responsabilidade. Arrepender-se aceitar a punio da lei. Um pecador arrependido aquele que ite merecer a punio que a Lei de Deus prescreve para ele. Que, em ltima instncia, a morte: A alma que pecar, morrer (Ez 18.4).
O Novo Testamento, entretanto, nos ensina que todo o pecador que se arrepender, isto , todo o que itir e confessar o seu pecado ser por Deus perdoado, como ensina o apstolo Joo (1 Jo 1.9). E, por ser perdoado por Deus, deve ser perdoado pelo ser humano a quem ofendeu. Entretanto, o pecador no tem como exigir o ser perdoado. O pecador pede perdo, mas, no o exige; pelo simples fato de que perdo no um direito do pecador, uma benesse do ofendido. Porque perdo graa.
verdade que o cristo no tem como no perdoar (Mt 6.12). Contudo, essa uma questo entre a vtima e Deus. Alm disso, o pecador no tem o direito de reclamar do sofrimento de que foi acometido como consequncia de seus atos - no relacionamento ofensor e ofendido (isso no justifica o ofendido, caso sua reao seja pecaminosa). a lei da semeadura: Semeia-se vento, colhe-se tempestade (Os 8.7). E preciso que se diga que, por pior que seja o sofrimento que o pecado venha a provocar sobre o pecador, ainda menor do que o Inferno ao qual ele fez jus.
Todo o que confessa o seu pecado ser perdoado e restaurado por Deus (1 Jo 1.9). Porm, confessar assumir a responsabilidade e itir a justia da punio pelo que fez. Ainda que a punio no vir pelo fato de j ter sido sofrida por Cristo.
Nesta poca tal reflexo est se tornando impensvel: porque vivemos numa era de vtimas. Hoje, no importa o erro que a pessoa cometa, ela sempre vtima: seja da sociedade, seja da histria, seja da economia, seja da poltica, seja das instituies, seja da famlia. Ningum culpado. Logo, como algum disse: uma poca em que ningum assume a responsabilidade, nem adia prazeres e nem se presta a sacrifcios.
Essa poca ps-crist no porque no se fale mais de Deus (pelo contrrio, provavelmente, poucas vezes na histria se falou tanto de Deus), mas, porque no se fala e nem mais se ite a realidade do pecado. Esta uma era onde no h mais pecadores, s h enfermos. o auge do humanismo: o pressuposto de que o ser humano intrinsecamente bom venceu; e, ora, gente intrinsecamente boa no peca, adoece. E doentes so vtimas.
O que ainda no se percebeu nesta presente poca que doentes no podem ser perdoados. S pecadores podem ser perdoados. Logo, s pecadores podem ser restaurados; s pecadores podem ser tornados puros de toda a injustia que cometeram. O que ser dos que esto prontos para assumir que esto enfermos, mas, jamais que so pecadores? A probabilidade maior a de continuar pecando cada vez mais e pior, contraindo, a sim, uma doena para a qual no h cura: a voracidade de ser aceito de qualquer jeito, por julgar ter o direito de ser de jeito qualquer. Essa enfermidade coloca a pessoa a deriva dos mais grotescos apetites, tornando-a escrava dos instintos, que se tornaro cada vez mais irresistveis. a escravido do pecado (Jo 8.34). E disso s se escapa quando, finalmente, a todos os pulmes o pecador confessa: Minha culpa, minha culpa, minha mxima culpa.
Texto publicado originalmente no portal Irmos.com
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Ariovaldo Ramos pastor na Comunidade Crist Reformada e na Igreja Batista de gua Branca, ambas em So Paulo
10 de agosto de 2011
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