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O essencial da Reforma 6q6x59

Sem dvida a data de 31 de outubro de 1517 de grande transcendncia na histria universal. A Reforma exaltou verdades bblicas que formam o sustentculo de nossa evangelizao. De uma maneira e outra, todos os cristos evanglicos so herdeiros da Reforma. Embora tenha sido um movimento de profundas repercusses culturais, sociais e polticas, de bom alvitre agarrarmo-nos aos fundamentos teolgicos desta mensagem e, de maneira particular, soteriologia dos reformadores. Para cumprir esse propsito, recorreremos a quatro grandes postulados da Reforma: Sola Gratia, Solo Christus, Sola Fide e Sola Scriptura.
S a graa
Ensinam os reformadores que o pecador justificado unicamente pela graa de Deus, mediante a f em Jesus Cristo. Neste caso, a graa o favor divino que o homem no merece, mas que, em sua soberania e bondade, Deus quer dar-lhe. A salvao obra de Deus, no do homem. Paulo diz: Pela graa sois salvos, mediante a f; e isto [a salvao] no vem de vs, dom de Deus; no [vem] de obras, para que ningum se glorie (Ef 2.8-9). Em outra epstola, o apstolo explica: Se pela graa, j no pelas obras; do contrrio, a graa j no graa (Rm 11.6).
O homem estende a mo vazia para receber, no a mo cheia para oferecer. No tem nada a oferecer em troca de sua salvao. Tampouco pode cooperar com a graa divina para salvar-se. Est morto em seus delitos e pecados. Somente se dispe a receber o favor de Deus.
O conceito de s pela graa um golpe mui severo no orgulho humano. Aqui no h lugar para a auto-suficincia, nem para a arrogncia do que pretende salvar-se a si mesmo e a outros, mesmo por meio de esforos que aos olhos da sociedade parecem mui nobres e hericos.
Deus sempre o Deus de toda a graa (1 Pe 5.10). A salvao sempre foi, e sempre ser pela graa. Mas esta graa vem em plenitude na pessoa de Jesus Cristo (Jo 1.17). Cristo o dom inefvel de Deus ao mundo. O homem pode salvar-se em Cristo, no parte de Cristo.
S Cristo
A mensagem dos reformadores era cristolgica e cristocntrica. Assim deve ser a nossa. Jesus declarou: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ningum vem ao Pai seno por mim (Jo 14.6). E, segundo o apstolo Pedro, no h salvao em nenhum outro; porque abaixo do cu no existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12).
Compete-nos escutar de novo estas declaraes que se opem radicalmente a todo intento sincretista ou universalista. Gostemos ou no, o evangelho neo-testamentrio inclusivo e exclusivo. Inclui todos os que recebem a Jesus Cristo como nico mediador entre Deus e os homens, e exclui todos os que resistem graa de Deus. No nos cabe incluir o que Deus no incluiu, nem excluir o que Ele no excluiu.
S Cristo salva. Mas, qual Cristo? Definitivamente no se trata aqui do Cristo dos dogmas de feitura puramente humana, nem do Cristo da imaginao antiga e moderna, nem do Cristo do folclore latino-americano, nem do Cristo superstar das sociedades opulentas do Norte, nem do Cristo dos poderosos interesses econmico-sociais em nosso continente, nem do Cristo dos idelogos de ltima hora. O Cristo que salva seno aquele que revelado nas Escrituras.
O Cristo revelado nas Escrituras o Cristo Deus o Logos eterno, associado eternamente com o Pai e com o Esprito, criador e sustentador dos cus e da terra, o Senhor da vida e da histria, o Alfa e o mega, o princpio e o fim, o que , que era e que h de vir, o Todo-poderoso Senhor.
O Cristo revelado nas Escrituras o Cristo histrico manifestado no tempo e no espao, em data precisa do calendrio de Deus, na plenitude da histria humana, no contexto de uma geografia, de um povo, de uma cultura, de uma sociedade.
O Cristo revelado nas Escrituras o Cristo humano engendrado pelo Esprito, concebido pela virgem Maria, participante de carne e sangue, feito carne, identificado plenamente com a humanidade.
O Cristo revelado nas Escrituras o Cristo profeta o arauto de Deus Pai, intrprete da Divindade, revelador da vontade divina para seu povo e para toda a humanidade.
O Cristo revelado nas Escrituras o Cristo sacerdote o que est assentado direita da Majestade nas alturas e tam-bm pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (Hb 7.25).
O Cristo revelado nas Escrituras o Cristo rei, que est para vir o Juiz de vivos e de mortos, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Cristo da renovao total.
S a f
A grande descoberta do frade Martin Lutero nas Escrituras foi que o justo viver por f (Rm 1.17). Essa verdade bblica chegou a ser um grito de batalha na Reforma.
A f a mo que recebe a ddiva de Deus em Jesus Cristo. Certamente para o evangelista Joo, receber a Cristo parece ser um equivalente de crer nele (Jo 1.12). Por meio da f fazemos nossos os benefcios de Cristo crucificado e ressuscitado. nesses benefcios que descansa nossa segurana eterna de salvao.
A f mediante a qual somos justificados no cega, no mera credulidade. Tampouco a f um mero assentimento verdade revelada. muito mais que um mero exerccio intelectual. Ter f confiar, abandonar-se nas mos de Jesus Cristo, reconhecendo a enormidade de nossa culpa e a totalidade de nossa incapacidade para libertar-nos por ns mesmos do pecado. itir que os mritos humanos so inteis para fins de justificao. lanar mo do valor infinito da pessoa e obra do Filho de Deus. Ter f em Jesus Cristo deixar-se salvar por Ele.
A f implica tambm obedincia. Quando o homem cr que o Evangelho a verdade, sente-se na obrigao de obedec-lo. Segundo a doutrina da Reforma, o pecador justificado s pela f, mas a f que justifica no permanece s. No uma f estril, muito menos morta. O ensino de Tiago (2.14-26) se harmoniza plenamente com o ensino de Paulo, o qual afirma que no somos salvos por obras, mas sim, para obras que Deus de antemo preparou para que andssemos nelas (Ef 2.10). Estas boas obras so o fruto da salvao, no a causa dela.
Crer em Jesus Cristo significa, alm do mais, entrar em srio compromisso com Ele, com sua Igreja e com a sociedade. No aceitamos Jesus Cristo para evadir nossas responsabilidades morais e viver como nos agrada, depois de haver adquirido uma aplice de seguro para a eternidade. No Evangelho h reclamos de carter tico.
Jesus teve o cuidado de advertir as multides sobre as dificuldades do caminho que Ele lhes propunha. No guardou silncio sobre as exigncias do discipulado. Ningum poderia queixar-se de que Ele lhes enganara com a oferta de uma graa barata. Seu interesse estava na qualidade, no na quantidade de seus seguidores.
S a Escritura
Aceitaram os paladinos da Reforma a autoridade suprema das Escrituras, no s no que diz respeito doutrina da justificao pela f. Eles determinaram submeter sua f e sua vida ao ditame final do cnon bblico, e no a outra autoridade, fosse a do magistrio eclesistico, ou a da razo natural, ou a dos impulsos do corao. Aceitaram e proclamaram as Escrituras como sua norma objetiva e final. Foi fundamentalmente por essa declarao que os reformadores e a Igreja oficial daqueles tempos dividiram seus caminhos.
Nessa transcendental deciso, os reformadores no fizeram mais do que continuar uma longa tradio que vem desde os tempos do Velho Testamento e desde os dias de Cristo e seus apstolos. Os profetas apelaram para a lei escrita como sua autoridade final. Cristo autenticou seu ministrio ante o povo com a lei de Moiss, os profetas e os Salmos (Lc 24.44). Os apstolos tambm se apoiaram na autoridade do Antigo Testamento. A Igreja antiga aceitou ambos os Testamentos e teve assim um cnon mais extenso ao qual apelar para suas decises de f e prtica. Os reformadores fizeram que o Assim diz o Senhor e o Est escrito ressonassem poderosamente no mbito da cristandade ocidental.
Atravs dos sculos o princpio da Sola Scriptura tem sido ameaado e desafiado pela razo natural, pelo sentimentalismo pietista, pela presso eclesial (catlica e protestante), ou pela presuno de lderes que se crem superdotados para impor ao povo de Deus seu sistema de interpretao.
Os reformadores advogaram no a livre interpretao, mas o livre exame das Escrituras. O sacerdcio universal dos crentes outra das grandes doutrinas exaltadas pela Reforma no autoriza a ningum torcer e retorcer o texto bblico.
Se no acatarmos a norma objetiva das Escrituras, se no nos submetermos ao senhorio de Cristo, se no estivermos em sintonia com o Esprito Santo, se nos distanciarmos da comunidade da f seremos presa fcil do subjetivismo, ou do relativismo, ou poderemos cair ingenuamente na trama de uma ideologia, no importa de que cor seja ela.

Nota
Artigo publicado originalmente na revista Ultimato n 255 (Nov-Dez/1988), com o ttulo A Soteriologia dos Reformadores. Emilio Antonio Nuez um conhecido telogo da Amrica Latina. Nascido em El Salvador, reside h muitos anos na Guatemala.


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