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No seja o negro do branco 581d43

Por Guilherme de Carvalho

Conheci um jovem negro que tentava convencer-me: a cincia foi inventada pelos negros! E os brancos a roubaram! Eu lhe disse que a cincia no de brancos nem de negros, mas de homens, e que no importava se os brancos a inventaram. Ele retrucou rpido: voc no sabe de nada, precisamos conversar; e desfiou sua tese que, alm de confundir cincia no sentido moderno com a antiga filosofia da natureza, entre outras confuses mostrou-se, obviamente, uma teoria da conspirao.

A isso respondi-lhe: enquanto voc separa o que do branco e do negro, e tenta criar um mundo do negro, e ser a alternativa do branco, e fazer da negritude a norma para o negro e empurrar o branco para a sua norma branca, voc ainda o negro do branco. Eu me livrei disso quando deixei de ser o negro do branco. Eu sou um homem.

Ele elogiou minhas filhas. Duas princesas africanas! A mais velha, que sofreu racismo em diversas ocasies, no se impressionou. Sou Brasileira! Duas belas pretas Brasileiras, mas sabemos de famlia: ndios, negros e europeus entraram em nosso sangue. Somos o melting pot. Mas por razes medelianas, elas so mais africanas e eu mais ndio e meus irmos mais europeus. Eu sa um negro ambguo.

Mas para alguns sofistas somos simplesmente negros, com um etos negro, um patos negro, uma identidade negra, e um destino negro. Ou somos isso, ou no somos nada. Ou negamos quem somos.

Raa como base para distines culturais e autoconstituio identitria, isso para mim que um nada; quanto a isso, sigo um ateu. E ainda mais ateu desses idelogos que querem me usar nessa horrenda balcanizao identitria, a servio do puro agonismo poltico. Para qu criar tribos de negros? Para legitimar as tribos de brancos? Para oportunizar supremacistas malucos?

E quanto cincia: de fato ela no dos brancos, nem dos negros, nem dos homens, nem das mulheres, nem dos crentes, nem dos ateus. A cincia pertence aos seres humanos, e no interessa a cor, o sexo e a crena de quem a pratica para o bem comum.

Acredito em polticas de mobilidade social e na criminalizao do racismo. At mesmo em cotas, em certos contextos. Mas no acredito em negros de brancos, nem em brancos de negros que querem me salvar da cultura dos brancos e me ensinar a cultura dos negros. Sou um negro, mas no sou o negro dos brancos. Sou um homem.

*Quanto cincia moderna recomendo Peter Harrison, em Os Territrios da Cincia e da Religio (Ultimato). Para compreender que houve grandes pensadores africanos, mas que a cincia moderna nasceu, enfim, na Europa branca e Crist. Se isso lhe incomoda, o fantasma do branco ainda se esconde no seu corpo: voc ainda o negro de algum branco.

Nota: Artigo publicado originalmente no
blogdo autor.
telogo, mestre em Cincias da Religio e diretor de LAbri Fellowship Brasil. Pastor da Igreja Esperana em Belo Horizonte e presidente da Associao Kuyper para Estudos Transdisciplinares, tambm organizador e autor de Cosmoviso Crist e Transformao e membro fundador da Associao Brasileira Cristos na Cincia (ABC2).
  • Textos publicados: 37 [ver]

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