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Opinio 3pp3w

Melhor, maior e mais tangvel 6ri5f

Ainda que os homens voltassem a errar, teriam um lugar seguro para recorrer: ao Nome de Jesus

Por Rebeca Sousa


Por favor, deixe-nos ir com voc, a qualquer lugar... Implorou Susana.
Bem... E Aslam pareceu refletir. Vou gostar de ter amigos esta noite. Podem vir desde que me prometam parar quando eu lhes disser, e me deixem depois continuar sozinho.


Naquela noite to estranha, Lcia observou que Aslam caminhava mais lentamente que o normal. Sua cabea real ia to baixa que o nariz quase roava a relva (Lewis, p. 169). Ao questionarem o que estava havendo, Aslam apenas disse que se sentia triste e s. No momento em que pisaram em Nrnia, ele foi apresentado como o verdadeiro Senhor dos Bosques, o rei (p. 137). Agora, o Leo demonstrava uma tristeza descomunal. Aquele que sempre forte exibia uma tristeza desconcertante. E ela no era sem motivo.

De repente, surge no horizonte a Mesa de Pedra. Foi esse o momento em que o Leo se despediu de suas amigas.

As Pevensie choraram copiosamente, agarraram Aslam e cheiraram sua juba. Depois, sozinho sem mais ningum , Aslam subiu a encosta da montanha, onde uma imensa multido o esperava. Ao avist-lo, a Feiticeira Branca exclama: Louco! O louco est chegando!.

Lcia e Susana, suas amigas, com expectativa, esperaram o rugido de Aslam e o seu ataque diante daquela injria. Todavia, o Rei no abriu a boca; agiu como um cordeiro levado ao matadouro (Is 53.7). Sua juba foi cortada, e amarrado, ouviu o riso mesquinho de seus assassinos. Se viu rodeado por uma horda infernal que lhe batia, lhe cuspia, lhe dava pontaps, insultavam-no. Arrastado na Mesa de Pedra, tudo se fez silncio, a no ser pelo som de um faco sendo afiado.

As trevas cobriam Nrnia. Tudo estava escuro (Lewis, p. 169).

Lcia e Susana, apavoradas, viram a Feiticeira Branca se aproximar do Leo. Aquela era a impostora que dirigia perversamente Nrnia e transformava os seus habitantes em esttuas quando bem queria. Com ela no trono, tudo era sem vida. Seu rosto vibrava de alegria e de dio. O dele, sempre calmo, olhava para o cu. Ele no estava com medo ou com raiva, apenas triste (Lewis, p. 171). Aslam sabia que estava ali para levar sobre si a traio que no cometera (Lewis, p. 165). A Magia Profunda assim dizia: Aquele que trair deve pagar com sangue e a sua deciso final seria levar sobre si o erro que no era dele, justamente para livrar o culpado.

Quem venceu, afinal? Louco! Pensava com isso poder redimir a traio da criatura humana?! Vou mat-lo, no lugar do humano, para sossegar a Magia Profunda como combinamos. [] Consciente disso, desespere e morra.

O faco tirou dos olhos do Leo a chama da vida. Aps o sacrifcio doloroso, quando todos os perversos algozes de Aslam se foram, Susana e Lcia foram para a Mesa de Pedra. Beijaram o seu rosto frio e choraram amargamente at no terem mais foras.



O choro parou por um momento, mas quando as duas amigas do Leo olharam uma para a outra, lembraram-se do sofrimento de seu Amigo e se pam a chorar novamente. Limparam o sangue, choraram, removeram a espuma, choraram e assim foi.

Desejavam ficar ali por horas e horas, mas comearam a sentir frio e decidiram se afastar.

De repente, ouviram um grande barulho. Imediatamente pensaram que os viles haviam voltado para fazer mais maldades. Susana teve medo de olhar, mas Lcia, sempre destemida, resolveu averiguar a situao, levando consigo sua irm. O sol havia nascido, e com ele, voltaram as cores. As sombras haviam ido embora, mas algo chamou a ateno: a Mesa de Pedra estava partia e Aslam havia sumido.

- Poderiam ao menos ter deixado o corpo em paz. Choramingou Susana.
- Mas que coisa essa? Ainda ser magia?
- Magia, sim! disse uma voz forte, pertinho delas. Ainda magia.

(Lewis, p. 174).

C. S. Lewis descreve a cena assim: Iluminado pelo sol nascente, maior do que antes, Aslam sacudia a juba. A Feiticeira Branca, aquela que se dizia a rainha de Nrnia, at poderia conhecer a Magia Profunda, mas no sabia que havia outra magia mais profunda ainda. O que ela no contava era que, quando uma vtima inocente de traio fosse executada no lugar de um traidor, a prpria morte comearia a andar para trs.

Lcia e Susana haviam reencontrado o seu amigo. Aslam deu uma lambida na testa de Susana para provar que estava bem (Lewis, p. 175). O calor do carinho garantiu: o seu Amigo, forte como um furaco e com esplendor de rei, estava muito vivo.

Aps isso, Aslam foi rever o seu povo. O governo cruel da Feiticeira Branca havia formado diversas vtimas, diversos narnianos petrificados decorando o seu jardim. Dirigindo-se ao palcio da feiticeira, de um a um, o Leo soprou do seu flego nas esttuas. Os animais e criaturas despertavam de seu sono aos bocejos e, ao virem Aslam, imediatamente davam pulos de pura felicidade, lambendo o rosto do Rei e abraando ao seu redentor. Ali, os resgatou do domnio das trevas e inseriu-os num reino de amor, no mais de opresso e perversidade.

E as esttuas voltaram vida por todos os lados. O ptio j no parecia mais um museu: era um jardim zoolgico. Seres de todos os tamanhos, de todas as formas, corriam atrs de Aslam, danando em torno dele. Desaparecera a brancura de morte: o ptio era festival de cores. (Lewis, p. 177).

Neste mundo

O nosso prprio mundo j assistiu uma histria melhor, maior e mais tangvel do que aquela.

No muito tempo atrs, o nazareno levou sobre si um madeiro cruel. Aquele que sempre forte vivenciou um horror desconcertante. E ele no era sem motivo. Como um cordeiro, no ofendeu os seus ofensores: ele ergueu seus olhos, nem com medo, nem com raiva, para o cu e disse: Pai, perdoa-lhes, pois eles no sabem o que fazem (Lc 23.34). O nosso Amigo foi rodeado por uma horda infernal que lhe batia, lhe cuspia, lhe dava pontaps, insultavam-no.

Descalo, caminhou um longo e tortuoso desfile de zombaria e vergonha. Sobressaltado com inmeras dores, foi coroado com espinhos grossos que penetraram sua pele e batizaram sua face com mais e mais sangue.

Arrastado at a cruz, no houve silncio quando um dos viles atravessou seu corpo com uma lana afiada (Jo 19.34). A multido, furiosa, dirigia palavras cruis ao Autor da vida. Sua roupa foi retirada e sorteada (Mc 15.24) e, amarrado spera cruz por grossos pregos que lesaram ainda mais seu corpo, ouviu o riso mesquinho de seus assassinos (Lc 23.33-43).

A razo de seu doloroso sacrifcio era a redeno das criaturas humanas, petrificadas como esttuas pela ao do seu mais antigo Inimigo. O pecado endureceu o corao daquele povo, deixando-o to rgido como uma rocha. As pessoas viviam segundo o prncipe da potestade do ar, do esprito que agora atua nos filhos da desobedincia (Ef 2.110). Somente um sacrifcio perfeito poderia reverter a situao, pois uma antiga escritura dizia: se Ele os libertar, vocs de fato sero livres (Jo 8.36).

A terra foi coberta por trevas. Tudo estava escuro (Mc 15.3334). O sol escondeu a sua face da crueldade que estava sendo feita. Aps horas de tortura, o Cristo anunciou: Est consumado!, curvou a cabea e entregou o esprito (Jo 19.2830). Naquele instante, alguma coisa uma histria melhor, maior e mais tangvel do que a Magia Profunda comeou a agir.

O vu do santurio rasgou-se em duas partes e a terra tremeu (Mt 27.51). Parecia que tudo havia sido perdido. Os amigos do nazareno, com medo, fugiram e algumas amigas do Cristo assistiam a cena com pesar, pois haviam seguido Jesus desde a Galileia para o servir (Mt 27.56).

O mal pensou ter triunfado. Posso at imaginar seus agentes gargalhando, crentes de que aquele que o Incio havia mesmo chegado ao seu fim.

Com muito pesar, o Cristo foi sepultado e, certo dia, recebia visitas de duas amigas, que guardavam a sua entrada. Imagino que no foi um momento fcil: quem nunca chorou ao perder um amigo? Imagine algum como aquele, o prprio Messias! Elas desejavam ficar ali por horas e horas, quando ouviram um grande barulho seguido de uma notcia melhor, maior e mais tangvel do que qualquer outra: No tenham medo! Sei que vocs esto procurando Jesus, que foi crucificado. Ele no est aqui; ressuscitou, como tinha dito. (Mt 28.56). Depressa, as amigas saram do tmulo para anunciar aos demais que o Rei estava vivo.

De repente, o prprio Jesus as encontrou e disse: Salve!. As sombras haviam ido embora e todas as cores estavam de volta. Iluminado e ainda maior do que o sol nascente, o Ungido estava vivo; a prpria morte andou para trs.

Maria Madalena e Maria haviam reencontrado o seu amigo.

Cristo as abraou (Mt 28.9) e o seu vvido calor garantiu a elas: o Messias, Deus forte e Prncipe da paz, ressuscitou. Depois dali, o Heri ressurreto foi rever o seu povo. O governo sdico de seu inimigo era muito perverso, mas o seu sacrifcio reviveu os coraes, de um a um, soprando, do seu prprio flego, vida, at os dias de hoje. O Rei resgatou o povo do domnio das trevas e o inseriu num reino de amor, e, ainda que os homens voltassem a errar, teriam um lugar seguro para recorrer: ao seu Nome (At 4.12). Esse o nosso Senhor melhor, maior e mais tangvel que os demais senhores.



Depois disso, os humanos deixaram de ser esttuas petrificadas de acordo com a vontade do Rei. Os seus coraes endurecidos foram revertidos, substitudos por coraes reais (Ez 36.2628) e aos que predestinou, a estes tambm chamou; e aos que chamou, a estes igualmente justificou; e aos que justificou, a estes tambm glorificou (Rm 8.30).

Por toda a terra, nunca se ouviu histria igual do Carpinteiro: algum que deu a prpria vida por causa de seus amigos (Jo 15.13) e fez a morte andar para trs. Esse o princpio do final feliz melhor, maior e mais tangvel que qualquer outro oferecido a ns.

Por toda a terra, nunca se ouviu histria igual do Carpinteiro: algum que deu a prpria vida por causa de seus amigos (Jo 15.13). Esse o princpio do final feliz melhor, maior e mais tangvel que qualquer outro oferecido a ns.

Em Jesus Cristo, pessoas de todas as geraes encontraro o mesmo amigo precioso de sempre, que se sacrificou por ns, e a quem devemos nos dirigir nas horas escuras em nossos jardins de aflies. Ele oferecer alma de cada um consolo melhor, maior e mais tangvel que qualquer outro.

Onde est, morte, a tua vitria? Onde est, morte, o teu aguilho?
- 1 Corntios 15:5556

Quem nesse mundo amor to grande pode ter
De entregar a prpria vida sem temer?
Quem j sentiu a dor de ser cravado em uma cruz
Pagando pelos erros que no cometeu?
E olhar nos olhos de quem tanto mal lhe fez
E sem ressentimento oferecer perdo
Quem pode ser melhor amigo que o Senhor
Que pelo servo a prpria vida renunciou?
Quem pode ser melhor amigo que o Senhor
Que pelo servo a prpria vida renunciou?
- Srgio Lopes, O Amigo.

Nota:
1. LEWIS, C.S. As Crnicas de Nrnia. WMF Martins Fontes, 2009, p. 169.

Bibliografia
LEWIS, C.S. As Crnicas de Nrnia, editora WMF Martins Fontes, 2009.

  • Rebeca Sousa teloga pernambucana, escritora de fico crist e especialista em teologia bblica e exegtica em Novo Testamento.

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Surpreendido Pela Alegria, C. S. Lewis
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