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Da necessidade e relevncia da Aliana 476b2d

Entendo uma Aliana Evanglica como um pacto entre pessoas que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, conforme as Sagradas Escrituras que foram definidas institucionalmente pela Igreja, como expressa do consenso dos fiis, iluminados pelo Esprito Santo, e entendida e explicada pelos Apstolos, os Pais Apostlicos, os Pais da Igreja e os Reformadores, em cartas, credos, reflexes e confisses.

O presente se constri tendo como base o ado, pois os que estiveram mais perto de Jesus, no tempo e no espao, tm mais a dizer sobre a verdade do que os que esto mais longe. Jesus Cristo criou uma nica Igreja, que estava institucionalmente cristalizada -em contedo (doutrina, tica) e forma (governo, disciplina) - apenas um sculo depois da sua Ascenso, em todos os lugares: una, santa, catlica e apostlica, com o Esprito Santo conduzindo unidade e verdade. O cisma um pecado contra a unidade, e a heresia um pecado contra a verdade; e a Igreja ontem como hoje sempre teve que se posicionar enfrentar a ambos, para, atualizada em mtodos, nfases e inculturaes, ser o que sempre foi.

Interpretaes ou revelaes particulares, traos culturais locais, as limitaes da mente cada e a vaidade humana tm dividido o Corpo de Cristo, rasgado a tnica inconstil e transformado a sua esposa em um harm. Chegamos ao sculo XVI com apenas quatro ramos da Igreja (Nestorianos, PrCalcednios, Bizantinos e Romanos:Latinos+Uniatas), terminamos a Reforma Protestante com uma meia dzia a mais (Hussitas, Luteranos, Anglicanos, Reformados, Anabatistas), chegamos ao sculo XIX com uns 100 e atingimos a escandalosa cifra de 38.000 ao adentrarmos o sculo XXI, atestando que a Igreja vive em pecado. Para driblar a nossa conscincia culpada e a nossa incapacidade de resoluo, inventamos a noo sociolgica de denominao, reduzimos o eclesistico ao comunitrio local, adotamos o dualismo neoplatnico entre o organismo (bom/divino) e a organizao, instituio (m/ humana), e nos enganamos com uma unidade espiritual de uma igreja invisvel (formada por fantasmas). O pecado do cisma foi eliminado e visto como expresso de um empreendedorismo (sai o Esprito Santo; entra o SEBRAE). A Igreja foi des-sacralizada, como mera sociedade, e os seus ungidos transformados em meros executivos.

Uma Aliana Evanglica, se, por um lado, assume a histria, a cultura, a caminhada da Igreja, os desafios e os pecados do Brasil, por outro lado ela herdeira de dois mil anos de catolicidade credal e de quinhentos anos de confessionalidade reformada, ambos com seus contedos doutrinrios convergentes, tidos como inegociveis, e marca deidentidade. E, de minha parte, no teria nenhuma razo para me filiar a uma Aliana que no fosse Crist e Protestante, conforme entenderam os que me transmitiram a f.

Muitos insistem na viso equivocada de um Evangelicalismo como mera expresso moderada do Fundamentalismo norte-americano, quando esse, em meados do sculo XX, se transmuta de um movimento confessional e uma sub-cultura extremista. O Evangelicalismo no tem origem norte-americana, mas inglesa, no foi reativo, masafirmativo, no nasceu no sculo XX, mas no XIX, como herdeiro da Reforma e dos aspectos positivos dos seus derivados: o Puritanismo, o Pietismo, o Avivalismo e o Movimento Missionrio. As marcas distintivas: a Autoridade das Sagradas Escrituras,o Sacrifcio Vicrio, o Mandato Missionrio, a Converso e a Santidade, uniram os evanglicos das vrias denominaes, pocas e lugares. Creio que todos ns, que sonhamos e investimos nessa Aliana, fomos convertidos quando confrontados por essa mensagem e instrudos nesse contedo, e no vemos por que dele se envergonhar ou pretender mud-lo ou substitu-lo somente porque haja quem o use indevidamente, ou porque alguns que caminharam conosco no mais confessam essa herana e contedo, considerando-a inadequada, ultraada ou irrelevante.

O quadro religioso, dito protestante, brasileiro, fragmentado, confuso, catico, escandaloso. Com humildade, mas tambm com coragem, determinao e audcia, uma Aliana Evanglica representando os que tm clareza quanto a essa identificao pode ser um instrumento histrico de Deus. Mas, se partirmos da dvida, da crise de identidade, da timidez, de elucubraes estreis, da intolerncia interna e da intimidao diante do esprito do sculo, no chegaremos a lugar algum.

Que o Senhor nos ilumine!
Foi bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Poltica teoria bblica e prtica histrica e A Igreja, o Pas e o Mundo desafios a uma f engajada. Faleceu no dia 26 de fevereiro de 2012 em Olinda (PE).
  • Textos publicados: 29 [ver]

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