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05 de fevereiro de 2018
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Jesus quer de ns um amor extravagante? 4b4ty
Por Luiz Fernando dos Santos
Chorando, comeou a molhar-lhe os ps com as suas lgrimas. Depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume (Lc 7.38)
Salvo melhor juzo, esses dias ouvi uma letra de msica que dizia algo mais ou menos assim: Se no for para abalar, eu nem vou! De repente me vi pensando em como a nossa relao com Jesus Cristo nem sempre uma relao que abale as nossas estruturas e a dos outros. De como muitas vezes somos frios, mecnicos, formais e desafeioados em nossa devoo para com Aquele que o amado de nossas almas.
Lembrei-me tambm de um episdio narrado no Evangelho de Lucas 7.44, quando uma mulher entra em uma sala apinhada de homens, a maioria fariseus, e se joga aos ps de Jesus. Ela banha os ps do mestre com suas lgrimas e com os seus cabelos os enxuga. Verdadeiramente uma cena extravagante, escandalosa para aqueles dias e aquela cultura. Jesus interpela o julgador Simo, seu anfitrio, que demonstrou pouco entusiasmo com a sua presena. Sequer ofereceu-lhe as boas vindas de praxe, como gua para lavar os ps, leo para perfumar a cabea e sculo da paz a seu ilustre visitante. Possivelmente aquela mulher era conhecida, quem sabe, por levar uma vida dissoluta, por isso Simo e os demais criticam Jesus Cristo por deixar que aquela pecadora toque em seu corpo, contaminando a ele mesmo e at mesmo o ambiente. Jesus recebe e acolhe o gesto extravagante daquela mulher. Jesus no s aceita, mas demonstra ter se agradado profundamente daquele gesto inusitado a ponto de dizer: Portanto, eu lhe digo [Simo], os muitos pecados dela lhe foram perdoados, pelo que ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama. Ento Jesus disse a ela: Seus pecados esto perdoados" (Lc 7.47,48).
Porque Jesus deseja que nosso amor por ele seja extravagante? Por que o amor dele por ns o foi. Seu amor foi tremendamente escandaloso. A comear pelo objeto amado, pecadores imundos, ingratos e maldosos. Depois, pela demonstrao desse amor, ao aceitar livremente a ignomnia da cruz, expondo-se em espetculo para os homens e os anjos ao ser levantado no madeiro, sendo exposto vergonhosamente nu, sem pudores, tendo o seu corpo dilacerado pelo suplcio infringido pelos brbaros soldados romanos. Jesus amou-nos de uma maneira que inverteu a lgica do que prazeroso, esteticamente desejvel e emocionalmente compensatrio. Tanto era o seu amor, que na cruz amou ao Pai por ns e por Ele. Nada em ns justifica a extravagncia e o escndalo da cruz.
Assim, agora que conhecemos esse amor, no podemos nos conformar a uma relao pasteurizada, sem paixo, sem entusiasmo com Jesus. Precisamos vencer a tibieza e a morbidez do formalismo pela demonstrao de um amor que cause incmodo, espcie, estranhamento nos incrdulos e nos indiferentes. Nossa paixo por Jesus deve arder em vida devocional sria, alegre, comprometida e emocionante. Nossa devoo por Jesus deve levar-nos s lgrimas de arrependimento e gozo pela alegria da salvao. Nossa intimidade com o Senhor deve encorajar-nos a lutar contra o distanciamento e o isolamento de nossos irmos. Nossa experincia de comunho diria com Jesus deve fomentar a nossa amizade e o nosso companheirismo leal para com os santos.
Na amizade com Jesus descobrimos o sentido e encontramos a fora para o testemunho, a evangelizao e o servio aos que no conhecem o seu amor. Quando temos essa vida apaixonada aos ps de Cristo, j no ligamos para os julgamentos alheios, nem pelas chacotas ou menosprezos dos escarnecedores da f. Nosso amor fervoroso por Jesus nos fora a quebrar paradigmas, a sermos criativos no modo de servir e proclamar. No nos prendemos a receitas, tradies, costumes e metodologias, no as desprezamos de todo, mas no nos deixamos prender por coisa alguma, quando o nosso desejo honrar e exaltar o Amado de nossa alma, tudo o que queremos agrad-lo e nada lhe d mais prazer do que ver que nosso amor arrasta outros mais aos seus ps para ador-lo.
Reconheamos nossa frieza. Peamos humildemente um renovo do Esprito Santo para aquecer os nossos coraes. Desejemos como a Sulamita do livro de cantares, jamais sentir prazer e andar atrs de outros companheiros. Sintamos de tal maneira o seu amor em ns, a nos perdoar, a nos acolher, a nos curar, que no desejemos um amor melhor e nem maior, porque seramos os mais infelizes de todos as criaturas. No me envergonho do meu amor por Jesus!
Luiz Fernando Ministro da Palavra na Igreja Presbiteriana Central de Itapira
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Porque Jesus deseja que nosso amor por ele seja extravagante? Por que o amor dele por ns o foi. Seu amor foi tremendamente escandaloso. A comear pelo objeto amado, pecadores imundos, ingratos e maldosos. Depois, pela demonstrao desse amor, ao aceitar livremente a ignomnia da cruz, expondo-se em espetculo para os homens e os anjos ao ser levantado no madeiro, sendo exposto vergonhosamente nu, sem pudores, tendo o seu corpo dilacerado pelo suplcio infringido pelos brbaros soldados romanos. Jesus amou-nos de uma maneira que inverteu a lgica do que prazeroso, esteticamente desejvel e emocionalmente compensatrio. Tanto era o seu amor, que na cruz amou ao Pai por ns e por Ele. Nada em ns justifica a extravagncia e o escndalo da cruz.
Assim, agora que conhecemos esse amor, no podemos nos conformar a uma relao pasteurizada, sem paixo, sem entusiasmo com Jesus. Precisamos vencer a tibieza e a morbidez do formalismo pela demonstrao de um amor que cause incmodo, espcie, estranhamento nos incrdulos e nos indiferentes. Nossa paixo por Jesus deve arder em vida devocional sria, alegre, comprometida e emocionante. Nossa devoo por Jesus deve levar-nos s lgrimas de arrependimento e gozo pela alegria da salvao. Nossa intimidade com o Senhor deve encorajar-nos a lutar contra o distanciamento e o isolamento de nossos irmos. Nossa experincia de comunho diria com Jesus deve fomentar a nossa amizade e o nosso companheirismo leal para com os santos.
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Reconheamos nossa frieza. Peamos humildemente um renovo do Esprito Santo para aquecer os nossos coraes. Desejemos como a Sulamita do livro de cantares, jamais sentir prazer e andar atrs de outros companheiros. Sintamos de tal maneira o seu amor em ns, a nos perdoar, a nos acolher, a nos curar, que no desejemos um amor melhor e nem maior, porque seramos os mais infelizes de todos as criaturas. No me envergonho do meu amor por Jesus!
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Luiz Fernando dos Santos(1970-2022), foi ministro presbiteriano e era casado com Regina, pai da Talita e professor de teologia no Seminrio Presbiteriano do Sul e no Seminrio Teolgico Servo de Cristo.
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