Fotografia, uma paixo antiga 2j1s

Somos caadores da foto perdida. De certa forma, isso realmente nos motiva

Sessenta+

Por Muryllo de Queiroz Casste

Meu nome Muryllo, tenho 67 anos e sou mdico. Sou casado com Xnia, pai de Mariah e Jnatas. Desde a adolescncia gosto de fotografar, porm nunca fiz nenhum curso especfico e fui aprendendo um pouco com a prtica. Considero uma ofensa aos profissionais quando me chamam de fotgrafo. Sou apenas um diletante.

Fotografar sempre teve para mim duas vertentes: a memria, quando fotografo familiares, encontros diversos, eios com amigos e eventos na igreja. O segundo aspecto a busca por beleza em qualquer forma e em qualquer lugar. Gosto de amplides com elementos solitrios; de animais, aves, insetos, de texturas vrias como cascas de rvores, folhas, bolhas, gotas; de objetos ou seres muito pequenos (macrofotografia), onde posso garimpar o belo quase oculto.Seja no pequeno ou nas vastides, seja nos seres vivos ou objetos, sempre podemos vislumbrar o gnio criativo do nosso Deus. Como nos ensina a Bblia: Os cus proclamam a glria de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mos (Sl 19.1-2).

Hoje, me sensibilizo com as fotos preto e branco. Endosso e confirmo uma frase do mestre Sebastio Salgado: As cores podem nos distrair. Porm, tambm gosto de brincar com fotos coloridas, saturando as cores ao extremo e descobrindo nuances e tons escondidos. Enfim, procuro estar atento ao que me cerca, pois frequentemente tropeamos no belo.


Numa viagem a Fernando de Noronha o avio circulou pra nos mostrar do alto uma pitada da beleza que veramos na ilha. Um rapaz a bordo, que tambm fotografava me disse: Sempre somos caadores da foto perdida. De certa forma, isso realmente nos motiva.

• Muryllo de Queiroz Casste mdico ginecologista e faz parte da Cooperativa Unimed em Belo Horizonte, MG. Ele e sua esposa, Xnia Casste, so membros da Igreja Batista da Redeno na capital mineira.

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