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03 de agosto de 2020
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Espirituais tericos e seculares na prtica 1r23r
Por Pedro Dulci
Um olhar atento histria revelar que a Reforma Protestante no foi apenas a redescoberta do Deus vivo. Ela deu tambm uma resposta decisiva questo: quem o ser humano?
Quando conhecemos mais o ser humano, conhecemos mais a Deus
Essa constatao do pastor suo e ativista social Andr Biler. Escrevendo sobre o humanismo social de Joo Calvino, ele nos explica o porqu da cosmoviso reformada ser to ligada a todos os assuntos da vida humana. porque logo nas primeiras pginas das Institutas da Religio Crist, Calvino reconhece que o conhecimento de Deus leva ao conhecimento do ser humano e vice-versa.
Essa conexo entre ser humano e Deus, Calvino diz no saber quando um conhecimento comea e o outro termina. John Frame, sculos depois, vai dizer que elas so perspectivas do mesmo conhecimento.
Isso significa dizer que quando conhecemos mais o ser humano, conhecemos mais a Deus e conhecer mais a Deus iluminar quem o ser humano! Ocupar-se com cultura, arte, realizaes do esprito humano ocupar-se com as obras de Deus. Essa convico altera profundamente nossa espiritualidade.
Em vez de nos retirarmos para a religiosidade dos mosteiros e claustros, somos convidados a conhecer e anunciar a Trindade em meio s ruas, praas, mercados e lojas. Assim como o Senhor Jesus, foi proposto a ns uma vida coram Deo diante de Deus!
A vida cotidiana assume outra importncia luz dessa teologia. As receitas de bolo, as leituras de fico, as peas de decorao feitas mo tudo assume uma renovada dignidade. Estamos rodeados da glria de Deus quando estamos inseridos na cultura humana.
Enderear a Deus toda glria de cada feito humano ser o critrio que manter de p as realizaes dos indivduos, ou que as lanar na futilidade das vanglrias. Todo se torna uma questo de calibrar o olhar para enxergar a melodia do Deus trino onde muitos outros reconhecem apenas rudos.
Uma santidade seletiva
Somos muito rpidos para criticar os efeitos danosos das ideologias humanistas aos valores da famlia, da igreja e da verdade crist, mas somos lentos para perceber quo seculares ns somos em prticas cotidianas.
Esse no um dado difcil de comprovar. Quantos assuntos da nossa vida pessoal ou pblica que no colocamos mais diante de Deus em orao? Quantas decises da nossa vida so julgadas apenas pelo "bom senso" e a "razoabilidade" comum?
Nunca nos pareceu estranho como o pecado e a desobedincia na Deus podem ser altamente de acordo com o senso comum? Como o politicamente correto est saturado de pecado? Quantas rebeldias culturais somos coniventes por serem muitssimo razoveis?!
Quanto de incredulidade na proviso de Deus existe no planejamento financeiro de algumas pessoas? Quo cticos somos quando nos esforamos para delimitar planos de curto, mdio e longo prazo para nossas carreiras profissionais?
Somos seletivos na nossa santidade. A dedicao religiosa s abrange a leitura bblica, as oraes e a frequncia nos cultos. Sobra pouco espao para obedecer a Deus no lazer e no prazer.
Na realidade, vivemos de uma maneira profundamente dividida e polarizada. Os assuntos religiosos so tratados segundo as orientaes do gospel, o restante da vida (famlia, profisso, poltica e entretenimento) esto na caixa dos "valores razoveis".
O perigo que, mais cedo ou mais tarde, seremos surpreendidos pelo quo desesperadora pode se tornar a vida vivida no limiar do mero "bom senso" destitudo do senhorio de Cristo!
>> Conhea o livro A Reforma O que voc precisa saber e por qu, deJohn Stott e Michael Reeves
Um olhar atento histria revelar que a Reforma Protestante no foi apenas a redescoberta do Deus vivo. Ela deu tambm uma resposta decisiva questo: quem o ser humano?
Quando conhecemos mais o ser humano, conhecemos mais a Deus
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Essa conexo entre ser humano e Deus, Calvino diz no saber quando um conhecimento comea e o outro termina. John Frame, sculos depois, vai dizer que elas so perspectivas do mesmo conhecimento.
Isso significa dizer que quando conhecemos mais o ser humano, conhecemos mais a Deus e conhecer mais a Deus iluminar quem o ser humano! Ocupar-se com cultura, arte, realizaes do esprito humano ocupar-se com as obras de Deus. Essa convico altera profundamente nossa espiritualidade.
Em vez de nos retirarmos para a religiosidade dos mosteiros e claustros, somos convidados a conhecer e anunciar a Trindade em meio s ruas, praas, mercados e lojas. Assim como o Senhor Jesus, foi proposto a ns uma vida coram Deo diante de Deus!
A vida cotidiana assume outra importncia luz dessa teologia. As receitas de bolo, as leituras de fico, as peas de decorao feitas mo tudo assume uma renovada dignidade. Estamos rodeados da glria de Deus quando estamos inseridos na cultura humana.
Enderear a Deus toda glria de cada feito humano ser o critrio que manter de p as realizaes dos indivduos, ou que as lanar na futilidade das vanglrias. Todo se torna uma questo de calibrar o olhar para enxergar a melodia do Deus trino onde muitos outros reconhecem apenas rudos.
Uma santidade seletiva
Somos muito rpidos para criticar os efeitos danosos das ideologias humanistas aos valores da famlia, da igreja e da verdade crist, mas somos lentos para perceber quo seculares ns somos em prticas cotidianas.
Esse no um dado difcil de comprovar. Quantos assuntos da nossa vida pessoal ou pblica que no colocamos mais diante de Deus em orao? Quantas decises da nossa vida so julgadas apenas pelo "bom senso" e a "razoabilidade" comum?
Nunca nos pareceu estranho como o pecado e a desobedincia na Deus podem ser altamente de acordo com o senso comum? Como o politicamente correto est saturado de pecado? Quantas rebeldias culturais somos coniventes por serem muitssimo razoveis?!
Quanto de incredulidade na proviso de Deus existe no planejamento financeiro de algumas pessoas? Quo cticos somos quando nos esforamos para delimitar planos de curto, mdio e longo prazo para nossas carreiras profissionais?
Somos seletivos na nossa santidade. A dedicao religiosa s abrange a leitura bblica, as oraes e a frequncia nos cultos. Sobra pouco espao para obedecer a Deus no lazer e no prazer.
Na realidade, vivemos de uma maneira profundamente dividida e polarizada. Os assuntos religiosos so tratados segundo as orientaes do gospel, o restante da vida (famlia, profisso, poltica e entretenimento) esto na caixa dos "valores razoveis".
O perigo que, mais cedo ou mais tarde, seremos surpreendidos pelo quo desesperadora pode se tornar a vida vivida no limiar do mero "bom senso" destitudo do senhorio de Cristo!
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Autor de F Crist e Ao Poltica, Pedro Lucas Dulci, filsofo e pastor presbiteriano. Casado com Carolinne e pai de Benjamin, desenvolve pesquisa em tica e filosofia poltica contempornea e estudos sobre o dilogo entre cincia e religio, com estgio na Vrije Universiteit Amsterdam. telogo e coordenador pedaggico no Invisible College.
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