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31 de maio de 2016
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Cultura do estupro? 6gak

O problema com o termo que ele enfraquece a responsabilizao moral do criminoso, transferindo sua culpa pessoal a fatores de ordem simblica ou cultural. A despersonalizao moral alavancada por um evento abstrado ideologicamente (o estupro) d fora discursiva militncia em questo. Fora discursiva assume fora poltica, logo justificar intervenes e pacotes de reforma cultural. Mas, espere a! E a vtima? E o estuprador? Percebeu a cortina de fumaa?
O violentador e o violentado no so tratados em uma relao real em que h violncia e violao da dignidade humana. O discurso no contra o estupro, mas dirigido a um fenmeno artificialmente contextualizado, amoral e despersonalizado, retroalimentado pela comoo pblica, e finalmente instrumentalizado para fins polticos. A vtima, neste caso, est sendo usada duas vezes: sexual e ideologicamente. O propsito final por trs do meme cultura do estupro no a proteo da vtima, mas o triunfo de uma agenda.
Ironicamente, a maior organizao americana contra violncia sexual e que advoga por vtimas deste tipo de violao, a RAINN (Rape, Abuse & Incest National Network), aclamada e referendada pela militncia feminista, alerta: Nos ltimos anos, tem havido uma infeliz tendncia em acusar a cultura do estupro pelo extensivo problema de violncia sexual Enquanto til destacar as barreiras sistemticas dirigidas ao problema, importante no perder a noo de um fato simples: estupro causado no por fatores culturais mas por decises conscientes, de uma pequena porcentagem da comunidade, em cometer um crime violento.
No tenho dvidas de que h diversos fatores envolvidos no comportamento sexual de um estuprador, inclusive aqueles que no so meramente culturais. O documento da organizao RAINN endereado Casa Branca em 2014 assevera que a tendncia de focar na cultura do estupro tem o efeito paradoxal de remover o foco da culpa individual, e acaba enfraquecendo a responsabilidade pessoal por suas prprias aes. Ento, que o estuprador seja punido como criminoso e a vtima tratada como tal. E, que ambos no sejam abstrados ou recortados e colados em contextos discursivos artificiais. Esta a melhor a mais eficiente coisa a ser feita a perpetradores e vtimas.
Uma ltima considerao Se, o que est na raiz do estupro objetificao da mulher, como se alega, ento que a militncia feminista seja a primeira a no usar uma linguagem de territorializao ou cercamento do corpo, tratando-o como propriedade privada. Pois exatamente isto que est por trs de frases de efeito do tipo: Meu corpo minhas regras. Mulheres no so seres desencarnados ou dicotomizados entre o eu e o corpo, entre sujeito e objeto, elas so inteiras, foi assim que uma mulher, minha me, me ensinou sobre as mulheres. Ento, que tenhamos mais mes como a dona Matilde e menos experimentos polticos.
Igor Miguel casado com Juliana Miguel, pai do Joo Miguel. telogo, pedagogo e mestre em letras (lngua hebraica) pela FFLCH/USP. Educador social e coordenador pedaggico da Organizao Multidisciplinar de Capacitao e Voluntariado (OMCV) em Belo Horizonte, MG. membro da Associao Kuyper de Estudos Transdisciplinares e articulador do movimento #IgrejaNaRua.
Leia tambm:
> Barbrie legitimada
> Um liturgia para igrejas em tempos de violncia contra mulheres
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