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Opinio 3pp3w

Alegria, mesmo quando ela perdeu tudo 5x103h

Sentamos numa sala espaosa na periferia de uma cidade de interior no norte da Jordnia. No tinha mveis, s quatro colches doadas por uma igreja na Europa e um aquecedor doado por uma cooperao governamental. O aquecedor deveria tirar um pouco do frio de um inverno ardido, mas a primavera j estava chegando e, como tpico em casos de assistncia urgente aos refugiados, foi entregue h poucos dias. Mesmo assim, ela colocou o aquecedor, o mvel mais novo e chique da casa, bem no meio da sala para que todos ns sentssemos ao redor dele.

Ao descobrir que eu j morei na Sria, ela perguntou se eu conhecia tal bairro ou tal ponto turstico. Eu contei da minha vida na capital, Damasco, e ela falou de Homs, sua cidade natal. Ela falou de como era linda, antes da guerra. Eu disse que uma vez ei na rodoviria de Homs, que infelizmente era a nica parte da cidade dela que eu conhecia, mas que j ara um tempo nos vilarejos das montanhas ao redor da cidade e que achei linda a regio.

A, ela jogou as mos no ar, deu uma risadinha, e disse: Rah!. Ou seja, J foi!. Eu sabia o que isso significava: o bairro dela foi bombardeado durante meses at quase tudo ser destrudo. Sobrou pouco. Literalmente, ela nunca mais poder voltar para sua casa, porque esta casa no existe mais.

Pensei em mudar de assunto, falar de algo mais leve, mas no existe assunto leve para uma me de seis meninas, todas elas tendo dificuldades de dormir noite. A insnia menos por causa do trauma que sofreram ou das coisas inimaginveis que viram; resultado do tdio de refugiados numa casa alugada, vazia com a excesso dos quatro colches, um aquecedor e mais alguns tens bsicos. Tudo que possuem, receberam por caridade. As meninas no estudam e ficam a noite inteira batendo papo ou vendo o que a na televiso (toda casa alugada na Jordnia tem televiso). S quando o sol est nascendo que as meninas, enfim, conseguem adormecer. Elas perdem o dia, mas perdem pouco, pois o dia no traz aventura nem trabalho nem diverso.

A me delas, minha anfitri, jogou mais uma vez as mos para o ar. O que podemos fazer? No tem nada pra elas fazerem mesmo. E pegou o bule de ch que a filha havia colocado no cho ao lado do aquecedor para nos servir um segundo copo. O ch tambm foi uma igreja que doou para elas.

Dizemos que j estvamos satisfeitas, que s um copo de ch era suficiente; ela riu e disse que no tem como se satisfazer de ch! Alm disso, tnhamos que aceitar a hospitalidade dela, pois uma senhora rabe de honra. A eu confessei o quanto sentia falta de ch srio, e o sorriso dela ficou mais largo.

Tomei, ento, mais um gole, olhando para ela, ruminando sobre como esse sorriso no desvanecia. Imaginei que ela pudesse estar ignorando a realidade ou se mostrando corajosa pelo bem das filhas. Mas o sorriso no parecia ser forado, tinha um ar genuno. Eu senti que estava na presena de uma mulher forte, de certa forma imprvia aos pesadelos que vivenciou, gastando toda sua poupana para tirar a famlia de sua casa, que agora era meio de uma zona de Guerra, e traz-los para um pas estranho com o desejo de comear uma vida nova.

A ela virou para mim e perguntou: Quando voc morou na Sria, jamais imaginou que pudesse acontecer isso">Crnicas missionrias


Legenda da foto: Destruio na cidade de Aleppo, Sria. Foto: UNESCO

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