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01 de dezembro de 2017
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A espiritualidade crist 3z5es
O Caminho do Corao o sentido da espiritualidade crist, tornou-se um clssico e tambm um guia precioso para a redescoberta da espiritualidade crist na igreja brasileira.
Ultimato apresenta a sua edio da obra original, com novo projeto grfico e identidade visual, dando a palavra para autor do livro.
Por Ricardo Barbosa
Tenho, nos ltimos anos, refletido sobre a espiritualidade crist. Minha preocupao est voltada para a apatia espiritual, a falta de integridade e coerncia entre nossas convices e a vida, a distncia entre a teologia e a orao, e o chamado de Cristo para amar a Deus com a mente e o corao. Embora este tema tenha tomado outros rumos e provocado outros interesses, nem sempre fundamentados na Bblia ou na longa tradio crist, ele segue sendo um grande desafio para os cristos do sculo 21.
Para manter o foco numa espiritualidade crist e bblica, preciso reconhecer a centralidade da cruz. A cruz de Cristo foi nica no sentido de que representou uma escolha, um caminho que Jesus decidiu trilhar: o caminho da obedincia ao Pai. A espiritualidade crist requer obedincia. Sabemos que no tempo de Jesus existiram muitas outras cruzes e muitos que foram crucificados nelas; alguns culpados, outros martirizados. No entanto, nenhuma delas pode ser comparada com a cruz de nosso Senhor em virtude daquilo que ela representou.
Podemos considerar que a cruz de Cristo comea a ser carregada no episdio da tentao. Ali, o diabo prope um caminho para Jesus ser o Messias. Um caminho que representou uma forma tentadora de ser o Messias. Transformar pedras em pes, saltar do alto do templo e ser amparado por anjos, e receber a autoridade poltica e financeira sobre os reinos e as naes. Se Jesus aceitasse a oferta do diabo, rapidamente teria uma multido de iradores, de gente faminta encontrando po nas ruas e estradas, encantada com seu poder sobre os anjos e os seres celestiais e com seu governo mundial estabelecendo as novas regras polticas e econmicas. Seria o caminho mais rpido para implantar seu reino entre os homens.
Porm, o caminho de Deus no era este. O reino que ele oferece precisa nascer primeiro dentro de cada um. As mudanas no acontecem de cima para baixo nem de fora para dentro. um reino que vem como uma pequena semente e leva tempo para crescer. No imposto, aceito. No se estabelece pela fora do poder, mas pelo corao e mente transformados. O rei deste reino no permanece assentado no seu trono, mas desce e se torna um servo.
A cruz de Jesus no significou apenas o sofrimento final do seu ministrio pblico. Ela representou uma escolha que o acompanhou por toda a sua vida e que culminou em seu sofrimento e morte. Quando Jesus nos chama para segui-lo, ele afirma que, se no tomarmos nossa cruz, no ser possvel ser seu discpulo. A razo para isto clara. Se o caminho dele o caminho do servo obediente, o nosso no pode ser diferente. Por isto, precisamos tomar nossa cruz, e ela deve representar tambm nossa escolha, que a mesma que ele fez -- uma escolha pela renncia e pela obedincia ao Pai.
O apstolo Paulo entende o chamado de Jesus para tomar a cruz e segui-lo quando afirma: Eu estou crucificado para o mundo e o mundo est crucificado para mim. O caminho do mundo ensina: Ame seus amigos e seja indiferente com os outros. O caminho de Jesus diz: Ame os inimigos e ore por eles. No caminho do mundo ser o maior e o melhor o mais importante. No caminho de Jesus o melhor ser o menor e o servo de todos.
Podemos achar que o caminho de Cristo muito difcil, que amar os inimigos, orar pelos caluniadores, ser manso num mundo competitivo, humilde numa sociedade ambiciosa, no s difcil -- impossvel. Concordo, por isto o chamado para tomar a cruz. A cruz significa renncia, sofrimento e morte.
As opes esto diante de ns diariamente. Todos os dias somos levados ao monte da tentao. Todos os dias o diabo nos oferece suas ofertas e seu caminho, e Deus, pela sua palavra, nos revela seu caminho. Todos os dias temos de fazer nossas escolhas. Tomar nossa cruz aceitar o caminho de Cristo, e neste caminho experimentamos uma espiritualidade verdadeira.
> Artigo publicado originalmente na edio 318 da revista Ultimato.
> Conhea o lanamento: O Caminho do Corao o sentido da espiritualidade crist
Ultimato apresenta a sua edio da obra original, com novo projeto grfico e identidade visual, dando a palavra para autor do livro.
Por Ricardo Barbosa
Tenho, nos ltimos anos, refletido sobre a espiritualidade crist. Minha preocupao est voltada para a apatia espiritual, a falta de integridade e coerncia entre nossas convices e a vida, a distncia entre a teologia e a orao, e o chamado de Cristo para amar a Deus com a mente e o corao. Embora este tema tenha tomado outros rumos e provocado outros interesses, nem sempre fundamentados na Bblia ou na longa tradio crist, ele segue sendo um grande desafio para os cristos do sculo 21.
Para manter o foco numa espiritualidade crist e bblica, preciso reconhecer a centralidade da cruz. A cruz de Cristo foi nica no sentido de que representou uma escolha, um caminho que Jesus decidiu trilhar: o caminho da obedincia ao Pai. A espiritualidade crist requer obedincia. Sabemos que no tempo de Jesus existiram muitas outras cruzes e muitos que foram crucificados nelas; alguns culpados, outros martirizados. No entanto, nenhuma delas pode ser comparada com a cruz de nosso Senhor em virtude daquilo que ela representou.
Podemos considerar que a cruz de Cristo comea a ser carregada no episdio da tentao. Ali, o diabo prope um caminho para Jesus ser o Messias. Um caminho que representou uma forma tentadora de ser o Messias. Transformar pedras em pes, saltar do alto do templo e ser amparado por anjos, e receber a autoridade poltica e financeira sobre os reinos e as naes. Se Jesus aceitasse a oferta do diabo, rapidamente teria uma multido de iradores, de gente faminta encontrando po nas ruas e estradas, encantada com seu poder sobre os anjos e os seres celestiais e com seu governo mundial estabelecendo as novas regras polticas e econmicas. Seria o caminho mais rpido para implantar seu reino entre os homens.
Porm, o caminho de Deus no era este. O reino que ele oferece precisa nascer primeiro dentro de cada um. As mudanas no acontecem de cima para baixo nem de fora para dentro. um reino que vem como uma pequena semente e leva tempo para crescer. No imposto, aceito. No se estabelece pela fora do poder, mas pelo corao e mente transformados. O rei deste reino no permanece assentado no seu trono, mas desce e se torna um servo.
A cruz de Jesus no significou apenas o sofrimento final do seu ministrio pblico. Ela representou uma escolha que o acompanhou por toda a sua vida e que culminou em seu sofrimento e morte. Quando Jesus nos chama para segui-lo, ele afirma que, se no tomarmos nossa cruz, no ser possvel ser seu discpulo. A razo para isto clara. Se o caminho dele o caminho do servo obediente, o nosso no pode ser diferente. Por isto, precisamos tomar nossa cruz, e ela deve representar tambm nossa escolha, que a mesma que ele fez -- uma escolha pela renncia e pela obedincia ao Pai.
O apstolo Paulo entende o chamado de Jesus para tomar a cruz e segui-lo quando afirma: Eu estou crucificado para o mundo e o mundo est crucificado para mim. O caminho do mundo ensina: Ame seus amigos e seja indiferente com os outros. O caminho de Jesus diz: Ame os inimigos e ore por eles. No caminho do mundo ser o maior e o melhor o mais importante. No caminho de Jesus o melhor ser o menor e o servo de todos.
Podemos achar que o caminho de Cristo muito difcil, que amar os inimigos, orar pelos caluniadores, ser manso num mundo competitivo, humilde numa sociedade ambiciosa, no s difcil -- impossvel. Concordo, por isto o chamado para tomar a cruz. A cruz significa renncia, sofrimento e morte.
As opes esto diante de ns diariamente. Todos os dias somos levados ao monte da tentao. Todos os dias o diabo nos oferece suas ofertas e seu caminho, e Deus, pela sua palavra, nos revela seu caminho. Todos os dias temos de fazer nossas escolhas. Tomar nossa cruz aceitar o caminho de Cristo, e neste caminho experimentamos uma espiritualidade verdadeira.
> Artigo publicado originalmente na edio 318 da revista Ultimato.
> Conhea o lanamento: O Caminho do Corao o sentido da espiritualidade crist
Pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristo de Estudos, em Braslia (DF). colunista da revista Ultimato e autor de A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja,Pensamentos Transformados, Emoes Redimidas eO Caminho do Corao.
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