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10 de abril de 2008
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A dana do cru e a verso evanglica do que medonho 4t4hc
Rodrigo de Lima Ferreira
A ltima moda agora em termos musicais (se que se pode considerar isso como msica) a famigerada Dana do cru. Essa moda chegou at mesmo onde estou, nos recnditos escondidos de Gois. triste ver como pessoas gastam suas energias, seu tempo, sua racionalidade, em coisa to rasteira, explicitamente vulgar e to indigente em termos rtmicos, de harmonia e de composio. Como a cidade onde moro muito pequena e as alternativas de lazer, inexistentes, ouvem-se carros com o som em alto volume tocando o horrvel cru, cru, cru....
O pior mesmo a trupe responsvel pelo desatino, alando fama instantnea uma moa com o apelido de mulher melancia, devido sua avantajada derrire. Chegam notcias de que a mulher melancia vai ser substituda pela mulher jaca (tambm com uma anatomia fora do comum) devido ao conflito de agendas. Aonde viemos parar, quando a luta pela emancipao feminina se tornou mera liberdade para se comparar a leguminosas!
Mas o que me deixa mais triste saber que, no atual projeto secular de desmanche do sagrado, logo teremos um similar gospel. Se no uma mulher melancia, ao menos uma irm fruto da rvore da vida... Em nosso af de querer parecer cada vez mais com aquilo do que deveramos ser a anttese, copiamos o que h de pior. E d-lhe verses evanglicas de um sem-nmero de coisas medonhas, frutos de um mercado doente. No muito tempo atrs, brinquei com amigos meus inventando uma verso evanglica do Bonde do Tigro. Para minha tristeza, a brincadeira no era original, pois j existia tal coisa! Vi at mesmo verses do Tchan: Segura o co/ amarra o co/ segura o co, co, co, co, co....
Os mdicos dizem que, quando o corpo apresenta febre, sinal de que algo mais srio est acontecendo em seu interior. O cru evanglico, caso ocorra (o que no duvido), ser mais uma febre acometendo o Corpo. Um Corpo por demais sofrido, adoecido, flagelado, alienado, esquecido de sua real identidade, e que tem se deixado enganar com paixes, moveres, lobos em pele de cordeiro e falsos apstolos. Um Corpo que rejeita o remdio dado por seu nico Mdico. Um Corpo doente, mas que no se d conta de sua doena.
O autor de Hebreus afirma que, uma vez que abandonamos o caminho do reino, crucificamos Jesus para ns mesmos, expondo-o novamente vergonha pblica (Hb 6.6). Em outras palavras, quando abandonamos a f pura deixada a ns pelos apstolos, fazemos -- metaforicamente -- com que Jesus dance a dancinha do Cru. Expomos seu nome ao vexame.
O apstolo Joo nos diz para no desejarmos ser como o mundo (1Jo 2.15-17). A palavra mundo aqui no se refere a esteretipos exteriores, mas sim a um padro de vida e de pensamento contrrio aos padres de Deus. Porm, quando vemos que nossas igrejas se tornaram palco de disputas polticas de bastidores dignos dos piores conchavos polticos dos palcios de Braslia, que a preocupao maior se tornou em nmeros crescentes de freqncia dominical e no em uma f saudvel, que a disputa pelo holofote faz com que pessoas abandonem discursos anteriores e princpios outrora vividos, nos perguntamos se estamos fazendo Jesus danar o cru.
Mas o reino subversivo. No se pauta por nossa agenda. Alis, Deus no se deixa sem testemunhas. Foi assim nos tempos de Elias e de Jesus. Foi assim na Reforma e assim hoje. Ainda h um povo que no quer envergonhar seu Senhor. Ainda h um povo que se chama pelo nome de seu Pai celeste (2Cr 7.14). Somos chamados a sermos esse povo, que ama ao Senhor e no se alegra em v-lo sendo empurrado para o cru. Que Deus derrame sua graa restauradora sobre cada um de ns!
Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em misses urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Serranpolis, GO.
O artigo acima, embora s publicado agora, foi escrito antes de aparecer a verso gospel da Dana do cru: A dana do cu.

O pior mesmo a trupe responsvel pelo desatino, alando fama instantnea uma moa com o apelido de mulher melancia, devido sua avantajada derrire. Chegam notcias de que a mulher melancia vai ser substituda pela mulher jaca (tambm com uma anatomia fora do comum) devido ao conflito de agendas. Aonde viemos parar, quando a luta pela emancipao feminina se tornou mera liberdade para se comparar a leguminosas!
Mas o que me deixa mais triste saber que, no atual projeto secular de desmanche do sagrado, logo teremos um similar gospel. Se no uma mulher melancia, ao menos uma irm fruto da rvore da vida... Em nosso af de querer parecer cada vez mais com aquilo do que deveramos ser a anttese, copiamos o que h de pior. E d-lhe verses evanglicas de um sem-nmero de coisas medonhas, frutos de um mercado doente. No muito tempo atrs, brinquei com amigos meus inventando uma verso evanglica do Bonde do Tigro. Para minha tristeza, a brincadeira no era original, pois j existia tal coisa! Vi at mesmo verses do Tchan: Segura o co/ amarra o co/ segura o co, co, co, co, co....
Os mdicos dizem que, quando o corpo apresenta febre, sinal de que algo mais srio est acontecendo em seu interior. O cru evanglico, caso ocorra (o que no duvido), ser mais uma febre acometendo o Corpo. Um Corpo por demais sofrido, adoecido, flagelado, alienado, esquecido de sua real identidade, e que tem se deixado enganar com paixes, moveres, lobos em pele de cordeiro e falsos apstolos. Um Corpo que rejeita o remdio dado por seu nico Mdico. Um Corpo doente, mas que no se d conta de sua doena.
O autor de Hebreus afirma que, uma vez que abandonamos o caminho do reino, crucificamos Jesus para ns mesmos, expondo-o novamente vergonha pblica (Hb 6.6). Em outras palavras, quando abandonamos a f pura deixada a ns pelos apstolos, fazemos -- metaforicamente -- com que Jesus dance a dancinha do Cru. Expomos seu nome ao vexame.
O apstolo Joo nos diz para no desejarmos ser como o mundo (1Jo 2.15-17). A palavra mundo aqui no se refere a esteretipos exteriores, mas sim a um padro de vida e de pensamento contrrio aos padres de Deus. Porm, quando vemos que nossas igrejas se tornaram palco de disputas polticas de bastidores dignos dos piores conchavos polticos dos palcios de Braslia, que a preocupao maior se tornou em nmeros crescentes de freqncia dominical e no em uma f saudvel, que a disputa pelo holofote faz com que pessoas abandonem discursos anteriores e princpios outrora vividos, nos perguntamos se estamos fazendo Jesus danar o cru.
Mas o reino subversivo. No se pauta por nossa agenda. Alis, Deus no se deixa sem testemunhas. Foi assim nos tempos de Elias e de Jesus. Foi assim na Reforma e assim hoje. Ainda h um povo que no quer envergonhar seu Senhor. Ainda h um povo que se chama pelo nome de seu Pai celeste (2Cr 7.14). Somos chamados a sermos esse povo, que ama ao Senhor e no se alegra em v-lo sendo empurrado para o cru. Que Deus derrame sua graa restauradora sobre cada um de ns!
Rodrigo de Lima Ferreira, casado, duas filhas, pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em misses urbanas pela FTSA, hoje pastoreia a IPI de Serranpolis, GO.
O artigo acima, embora s publicado agora, foi escrito antes de aparecer a verso gospel da Dana do cru: A dana do cu.
Casado, duas filhas, pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em misses urbanas pela FTSA, autor de "Princpios Esquecidos" (Editora AGBooks).
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