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A alma brasileira 691a22

Qual a origem? O que que fica? O que que muda? Boas perguntas para o tema da semana: identidade. De onde eu vim, o que que ficou desde ento e quais foram as mutaes durante a jornada; identidade no um patrimnio irretocvel. Perde-se e ganha-se enquanto a gente se movimenta rumo a eternidade. Opa! Eternidade? Cabe dizer: alguns acreditam que o corpo a pessoa. Morreu o corpo, acabou a pessoa. Como diz R.N. Champlin sobre o ps-morte, poucos so tentados a chamar aos ossos ou s cinzas que sobraram de uma pessoa. So raros, eu sei, mas fazem bastante barulho.

certo que resistimos morte fsica eu acredito assim - e aquilo que Yohji Yamamoto e Ronaldo Fraga chamam de a cidade dentro de si continua brilhando mesmo depois do nico mal irremedivel (lembram de Chic?). Eis a um certeza para poetas, artistas e crentes: a alma. Ento, qualquer conversa sobre identidade, coletiva ou individual, a pela certeza de um corpo distinto e uma alma distinta que formam uma unidade perfeita.

A alimentao para o corpo quase no mencionada nos meus textos. Poderia falar de banquetes e destilar o vocabulrio para relatar os efeitos da boa alimentao sobre a vida intelectual, mas acabo me levando para os locais mais obscuros dos sujeitos que se fartam nos banquetes; a alma em primeiro plano, a subjetividade do sujeito. Existe um universo interior, uma conscincia, um esquecer e um relembrar, uma memria que nos torna humanos e por isso nos faz pegar em garfos e facas, elaborar receitas, criar etiquetas e forros de mesa. Isso me interessa bastante.

No final a glorificao, um corpo restaurado e a to aguardada plenitude! Enquanto isso: somos presena temporria e individualidade contnua. O corpo h de se fragmentar e virar p, mas a identidade pessoal ser preservada, haver lembrana, haver durao, eternidade. por isso que tudo aquilo que fazemos aqui reverbera para sempre, pois permanecemos. por isso que no acreditamos no caos e na banalizao do ser humano, por isso que acreditamos em cu e inferno; s porque essa vida presente faz sentido e estabelece sentido. Um rumo para a alma, isso que buscamos todos os dias e sem saber (ou com algum entendimento) experimentamos no Caminho.

Para os cristos, identidade tem a ver com Cristo. Ele se fez homem para que pudssemos participar da vida de Deus. Uma unio mstica que altera, ou melhor, restaura a verdadeira identidade perdida depois da Queda. Sim! Estar em Cristo ser humano. No existe alterao, mas completude. Estar em Cristo no se tornar um anjo, ter um modelo de humanidade possvel, real e intensa: ser homem o bastante para morrer pelos amigos, ser homem o bastante para lavar os ps do traidor, ser homem o bastante para gastar a vida naquilo que dura para sempre. Considerar esse encontro com a pessoa de Cristo ns e Ele - verificar que no existe identidade fora da divindade; ns nos atamos Nele e no h espao para autonomia. Ser um cristo brasileiro viver sua brasilidade no Caminho, na Verdade e na Vida. Qual a origem? Nascemos de novo, Nele. O que que fica? O velho homem lutando com o novo. O que que muda? Tudo aquilo que o Esprito fizer morrer e tudo aquilo que Ele vivificar.

Na formao do nosso povo temos a seguinte sequncia, generalista, mas que ajuda a explicar esse papo: vieram os portugueses que encontraram os ndios, pouco adiante traficaram escravos africanos para trabalhar nas lavouras e na extrao de ouro, entre reis e imperadores aram-se geraes, chega o fim da escravido, incio da imigrao europeia pra plantar caf e colonizar o sul. Portugus, ndio, Africano e Imigrante, os quatro pilares da nossa origem enquanto povo. No entanto, se considerarmos a realidade do encontro entre homem e Deus, falta-nos atualizar esse esquema.

O brasileiro que cr tem isso aqui dentro de si: Portugus, ndio, Africano, Imigrante e Jesus. Uma guerra interior comea a ser travada e ela fica mais estranha se considerarmos que Jesus anterior a qualquer Portugus, ndio, Africano ou Imigrante, fazendo a gente considerar que esses povos que sustentam o nosso DNA tambm j haviam se encontrado com Ele e talvez o esquema mais verdadeiro venha a ser esse: Jesus-Portugus, Jesus-ndio, Jesus-Africano, Jesus-Imigrante, Jesus-Brasileiro. Porque no somos os primeiros a crer. Porque Ele no se revelou somente pelo catolicismo ou protestantismo (fator Melquisedeque). Porque preciso pensar agora que sempre existiu na histria aqueles que levaram Jesus a srio e os que ignoraram tal encontro. Sempre existiram aqueles que se concentraram mais naquilo que vira cinza e p do que naquilo que dura para sempre! Meu desejo descobrir a brasilidade daqueles que sempre desejaram a eternidade! Eu quero a brasilidade daqueles que creram e por isso falaram, danaram, pintaram e encantaram a vida do nosso povo. Haja alma! Aja!

Marcos Almeida compositor, msico, professor e membro da banda brasileira de rock Palavrantiga. Colunista do portal, Marcos Almeida mantm seu blog pessoal "nossa brasilidade", um livro em construo.
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