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21 de novembro de 2018
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120 anos de C.S. Lewis: uma entrevista com o autor 3ke3o
Por Gabriele Greggersen
Um aniversrio sempre uma data importante. Quando se completa 120 anos, ento, muito mais motivo para festa. claro que C.S. Lewis, o aniversariante, j est morto desde os seus quase 65 anos, portanto, h 55 anos. que comemoramos o nascimento e a morte na mesma semana.
Mas o que diria Lewis nessa data, se ele estivesse vivo? Vamos ento fazer uma entrevista virtual com ele (e garanto que ser um simples exerccio de imaginao, sem nenhuma aluso ou promoo do espiritualismo).
Gabriele: Bom dia, boa tarde ou boa noite, Sr. Jack, posso cham-lo assim?
Jack: Claro, eu at prefiro, pois me sinto mais vontade.
Gabriele: Alis, como foi que voc resolveu ser chamado de Jack?
Jack: Ah, isso foi quando eu ainda era pequeno e meu cachorro, Jacksie, foi atropelado. Eu gostava tanto dele, que resolvi adotar o seu nome para eterniz-lo.
Gabriele: Fale-me um pouco mais de sua infncia.
Jack: Bem, nasci num lar de tradio anglicana e de pessoas que gostam de livros. Eles estavam por toda parte em casa. Minha me, que era matemtica, representava o porto seguro da nossa famlia, pois meu pai, que era advogado, tinha um humor muito inconstante. Quando ela morreu de cncer, tudo se desestabilizou. Eu havia orado pela recuperao dela. Foi a minha primeira decepo com Deus. Meu pai se sentiu incapaz de cuidar de nossa educao, minha e do meu irmo mais velho, Warnie, com o qual sempre tive uma relao muito boa. Por isso ele nos colocou em internatos, mas no me dei bem em nenhum deles, at que meu pai resolveu contratar o seu ex-professor particular para me dar aulas em casa, tipo home-schooling. Ele era muito inteligente e culto, mas era ateu e eu resolvi me tornar ateu tambm. Graas a ele, consegui entrar em Oxford com notas excelentes.
Gabriele: Conte-me como foi o seu encontro com J.R.R. Tolkien.
Jack: Bem, quando o conheci fiquei assustado, pois haviam me alertado para eu tomar cuidado com dois tipos de gente: os fillogos e os papistas, e ele era ambos. Mas ele fazia parte de um grupo de professores que eu conheci, sobre o qual escrevi no meu dirio que eram muito inteligentes e, pasmem, tambm eram cristos!
Nos demos to bem que resolvemos formar um clube, que denominamos Inklings, e que tinha o objetivo de discutir mitologia e cristianismo.
Gabriele: Mas como foi que voc se tornou cristo?
Jack: Pois , foi um longo processo, que levou trs anos. Primeiro virei testa com o argumento de Tolkien de que a histria da paixo de Cristo tinha a mesma estrutura dos mitos, com a grande, crucial e decisiva diferena de que era verdadeira. Em Cristo, o mito se tornou fato. Isso me convenceu. Naquela noite eu me ajoelhei e me tornei o mais relutante dos convertidos. Mais alguns anos e finalmente reconheci que Cristo era, de fato, o Filho de Deus, que era Deus. Ento, parece que a minha imaginao aflorou e eu comecei a escrever de fato. At ento, s tinha escrito dois poemas narrativos que no fizeram nenhum sucesso.
Gabriele: Fale-me mais de sua obra.
Jack: A primeira ps-converso foi uma biografia imaginativa desse processo chamado O Regresso do Peregrino. Trata-se de uma pardia ao The Pilgrims Progress de Bunyan, que foi traduzido para o portugus como O Peregrino. Eu fiz uma inverso: ao invs de ser a histria de cristo atrs da salvao, a histria da salvao atrs do peregrino, que retorna para o seu lar cristo que havia deixado para trs. meio uma histria de filho prdigo.
Depois, fiz uma aposta com Tolkien de que ele escreveria sobre o tempo e eu sobre o espao e deu na Trilogia Espacial. Tolkien desistiu da sua parte do projeto no meio do caminho.
Outra obra de fico que foi um sucesso e virou capa da revista Times foi o Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz. Foi a obra mais difcil e mais fcil de eu escrever. Mais fcil, porque bastou eu olhar para dentro do meu corao para entender a lgica do diabo dando conselhos ao seu sobrinho de como levar um cristo para o mal caminho. Mais difcil foi de encarar a sujeira nauseante que encontrei l dentro.
Tambm escrevi O Problema do Sofrimento, em que afirmo que o sofrimento o megafone de Deus. Infelizmente, essa frase parece a nica que sei dizer nas minhas palestras que aparecem no filme que fizeram sobre o meu romance com Joy, Shadowlands ou Terra das Sombras. Fiquei muito honrado de ter Anthony Hopkins fazendo o papel de minha pessoa. De resto, gostei bastante do filme.
No ps-guerra, dei algumas palestras para a RAF, fora area britnica, que ocasionaram o convite para eu dar palestras radiofnicas para a rdio BBC de Londres, que foram transcritas e viraram o meu clssico Cristianismo Puro e Simples.
Tambm escrevi o Peso da Glria, uma srie de sermes, minha autobiografia Surpreendido pela Alegria, Os Quatro Amores, Milagres e Abolio do Homem, sobre a educao e o futuro de uma humanidade subjetivista. O Grande Abismo e At Que Tenhamos Rostos tambm so obras de fico.
Mas no posso esquecer-me das Crnicas de Nrnia, que j vinha gestando desde a adolescncia, quando vi com os olhos da minha imaginao, um fauno carregando presentes e um guarda-chuva.
Gabriele: E o que voc achou dos filmes que fizeram das Crnicas?
Jack: Fiquei com muito medo, a princpio, do que dariam os filmes que resolveram fazer sobre as histrias, mas depois, eu vi o quanto os fs das obras se organizaram e cuidaram para que houvesse uma fidelidade para com elas e relaxei. Posso dizer que os filmes so realmente obras-primas da sua arte. Claro que infelizmente deixaram de lado as referncias mais explcitas ao cristianismo. Coisas de Hollywood.
Gabriele: Essas so as suas obras mais famosas. E as menos conhecidas, poderia falar algo sobre elas?
Jack: Bem, tenho alguns livros que publiquei na minha rea de literatura e crtica literria, por exemplo, Um Experimento em Crtica Literria; minha dissertao A Alegoria do Amor e A Imagem Descartada. Tem mais dois no prelo pela editora Realizaes, que o Prefcio ao Paraso e um livro sobre literatura medieval e renascentista inglesa. Mas nem s de livros viver o homem, certo? Na vida tambm escrevi dirios e muitas cartas que foram publicadas em forma de livro, como as Cartas a uma Senhora Americana e Letters to Children, que infelizmente ainda no tem traduo para o portugus do Brasil. Embora eu nunca tenha gostado de escrever cartas, escrevi milhares, algumas a pessoas especficas por longos anos, como para essa Senhora Americana, cujo nome no vou revelar, e meu amigo, Sheldon Vanauken, autor do impressionante livro Uma Misericrdia Severa, onde ele narra a sua converso e morte de sua amada esposa. Escrevi todas essas cartas graas ajuda de meu irmo Warnie e nas cartas que eu consigo me revelar como uma pessoa que sabe se colocar no lugar dos outros, inclusive de uma mulher e suas angstias e dores cotidianas e das crianas e suas curiosidades em relao Nrnia, principalmente, mas tambm em relao a outros assuntos. Se voc quiser saber o que penso de mulheres e crianas essa a melhor fonte de consulta.
Gabriele: Querido Jack, infelizmente nosso tempo acabou. Gostaria de ficar aqui falando com voc sobre muitos assuntos mais, mas agradeo desde j a sua disposio em conceder essa entrevista, que certamente vai sensibilizar muitos brasileiros que no te conhecem a ler mais as suas obras. Feliz aniversrio, Jack!
Leia mais
Livros de C.S. Lewis publicados pela Ultimato
C.S. Lewis, para todos os homens e todas as pocas

UMA MISERICRDIA SEVERA | SHELDON VANAUKEN

Mas o que diria Lewis nessa data, se ele estivesse vivo? Vamos ento fazer uma entrevista virtual com ele (e garanto que ser um simples exerccio de imaginao, sem nenhuma aluso ou promoo do espiritualismo).
Gabriele: Bom dia, boa tarde ou boa noite, Sr. Jack, posso cham-lo assim?
Jack: Claro, eu at prefiro, pois me sinto mais vontade.
Gabriele: Alis, como foi que voc resolveu ser chamado de Jack?
Jack: Ah, isso foi quando eu ainda era pequeno e meu cachorro, Jacksie, foi atropelado. Eu gostava tanto dele, que resolvi adotar o seu nome para eterniz-lo.
Gabriele: Fale-me um pouco mais de sua infncia.
Jack: Bem, nasci num lar de tradio anglicana e de pessoas que gostam de livros. Eles estavam por toda parte em casa. Minha me, que era matemtica, representava o porto seguro da nossa famlia, pois meu pai, que era advogado, tinha um humor muito inconstante. Quando ela morreu de cncer, tudo se desestabilizou. Eu havia orado pela recuperao dela. Foi a minha primeira decepo com Deus. Meu pai se sentiu incapaz de cuidar de nossa educao, minha e do meu irmo mais velho, Warnie, com o qual sempre tive uma relao muito boa. Por isso ele nos colocou em internatos, mas no me dei bem em nenhum deles, at que meu pai resolveu contratar o seu ex-professor particular para me dar aulas em casa, tipo home-schooling. Ele era muito inteligente e culto, mas era ateu e eu resolvi me tornar ateu tambm. Graas a ele, consegui entrar em Oxford com notas excelentes.
Gabriele: Conte-me como foi o seu encontro com J.R.R. Tolkien.
Jack: Bem, quando o conheci fiquei assustado, pois haviam me alertado para eu tomar cuidado com dois tipos de gente: os fillogos e os papistas, e ele era ambos. Mas ele fazia parte de um grupo de professores que eu conheci, sobre o qual escrevi no meu dirio que eram muito inteligentes e, pasmem, tambm eram cristos!
Nos demos to bem que resolvemos formar um clube, que denominamos Inklings, e que tinha o objetivo de discutir mitologia e cristianismo.
Gabriele: Mas como foi que voc se tornou cristo?
Jack: Pois , foi um longo processo, que levou trs anos. Primeiro virei testa com o argumento de Tolkien de que a histria da paixo de Cristo tinha a mesma estrutura dos mitos, com a grande, crucial e decisiva diferena de que era verdadeira. Em Cristo, o mito se tornou fato. Isso me convenceu. Naquela noite eu me ajoelhei e me tornei o mais relutante dos convertidos. Mais alguns anos e finalmente reconheci que Cristo era, de fato, o Filho de Deus, que era Deus. Ento, parece que a minha imaginao aflorou e eu comecei a escrever de fato. At ento, s tinha escrito dois poemas narrativos que no fizeram nenhum sucesso.
Gabriele: Fale-me mais de sua obra.
Jack: A primeira ps-converso foi uma biografia imaginativa desse processo chamado O Regresso do Peregrino. Trata-se de uma pardia ao The Pilgrims Progress de Bunyan, que foi traduzido para o portugus como O Peregrino. Eu fiz uma inverso: ao invs de ser a histria de cristo atrs da salvao, a histria da salvao atrs do peregrino, que retorna para o seu lar cristo que havia deixado para trs. meio uma histria de filho prdigo.
Depois, fiz uma aposta com Tolkien de que ele escreveria sobre o tempo e eu sobre o espao e deu na Trilogia Espacial. Tolkien desistiu da sua parte do projeto no meio do caminho.
Outra obra de fico que foi um sucesso e virou capa da revista Times foi o Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz. Foi a obra mais difcil e mais fcil de eu escrever. Mais fcil, porque bastou eu olhar para dentro do meu corao para entender a lgica do diabo dando conselhos ao seu sobrinho de como levar um cristo para o mal caminho. Mais difcil foi de encarar a sujeira nauseante que encontrei l dentro.
Tambm escrevi O Problema do Sofrimento, em que afirmo que o sofrimento o megafone de Deus. Infelizmente, essa frase parece a nica que sei dizer nas minhas palestras que aparecem no filme que fizeram sobre o meu romance com Joy, Shadowlands ou Terra das Sombras. Fiquei muito honrado de ter Anthony Hopkins fazendo o papel de minha pessoa. De resto, gostei bastante do filme.
No ps-guerra, dei algumas palestras para a RAF, fora area britnica, que ocasionaram o convite para eu dar palestras radiofnicas para a rdio BBC de Londres, que foram transcritas e viraram o meu clssico Cristianismo Puro e Simples.
Tambm escrevi o Peso da Glria, uma srie de sermes, minha autobiografia Surpreendido pela Alegria, Os Quatro Amores, Milagres e Abolio do Homem, sobre a educao e o futuro de uma humanidade subjetivista. O Grande Abismo e At Que Tenhamos Rostos tambm so obras de fico.
Mas no posso esquecer-me das Crnicas de Nrnia, que j vinha gestando desde a adolescncia, quando vi com os olhos da minha imaginao, um fauno carregando presentes e um guarda-chuva.
Gabriele: E o que voc achou dos filmes que fizeram das Crnicas?
Jack: Fiquei com muito medo, a princpio, do que dariam os filmes que resolveram fazer sobre as histrias, mas depois, eu vi o quanto os fs das obras se organizaram e cuidaram para que houvesse uma fidelidade para com elas e relaxei. Posso dizer que os filmes so realmente obras-primas da sua arte. Claro que infelizmente deixaram de lado as referncias mais explcitas ao cristianismo. Coisas de Hollywood.
Gabriele: Essas so as suas obras mais famosas. E as menos conhecidas, poderia falar algo sobre elas?
Jack: Bem, tenho alguns livros que publiquei na minha rea de literatura e crtica literria, por exemplo, Um Experimento em Crtica Literria; minha dissertao A Alegoria do Amor e A Imagem Descartada. Tem mais dois no prelo pela editora Realizaes, que o Prefcio ao Paraso e um livro sobre literatura medieval e renascentista inglesa. Mas nem s de livros viver o homem, certo? Na vida tambm escrevi dirios e muitas cartas que foram publicadas em forma de livro, como as Cartas a uma Senhora Americana e Letters to Children, que infelizmente ainda no tem traduo para o portugus do Brasil. Embora eu nunca tenha gostado de escrever cartas, escrevi milhares, algumas a pessoas especficas por longos anos, como para essa Senhora Americana, cujo nome no vou revelar, e meu amigo, Sheldon Vanauken, autor do impressionante livro Uma Misericrdia Severa, onde ele narra a sua converso e morte de sua amada esposa. Escrevi todas essas cartas graas ajuda de meu irmo Warnie e nas cartas que eu consigo me revelar como uma pessoa que sabe se colocar no lugar dos outros, inclusive de uma mulher e suas angstias e dores cotidianas e das crianas e suas curiosidades em relao Nrnia, principalmente, mas tambm em relao a outros assuntos. Se voc quiser saber o que penso de mulheres e crianas essa a melhor fonte de consulta.
Gabriele: Querido Jack, infelizmente nosso tempo acabou. Gostaria de ficar aqui falando com voc sobre muitos assuntos mais, mas agradeo desde j a sua disposio em conceder essa entrevista, que certamente vai sensibilizar muitos brasileiros que no te conhecem a ler mais as suas obras. Feliz aniversrio, Jack!
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Livros de C.S. Lewis publicados pela Ultimato
C.S. Lewis, para todos os homens e todas as pocas

UMA MISERICRDIA SEVERA | SHELDON VANAUKEN
Vencedor doNational Book Awarde doGold Medallion Award,Uma Misericrdia Severa um relato comovente de uma histria de amor em meio dor e descoberta da f. O livro traz dezoito cartas de C. S. Lewis, que, alm de testemunhar sua amizade e influncia na relao de um homem e uma mulher, apresentam algumas questes universais sobre a f, a existncia de Deus e as razes por trs do sofrimento.
ɠmestre e doutora em educao (USP) e doutora em estudos da traduo (UFSC). autora de O Senhor dos Anis: da fantasia tica e tradutora de Um Ano com C.S. Lewis e Deus em Questo. Costuma se identificar como missionria no mundo acadmico. criadora e editora do site www.cslewis.com.br
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