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11 de setembro de 2014
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Tolerncia e Exclusividade: numa poca de muitas escolhas a singularidade de Cristo faz sentido? 4s6345

Vivemos em plena ditadura, a mais cruel das ditaduras e ningum se d conta ou reclama. Estamos sob o regime ditatorial do relativismo, do pluralismo radical, daquilo que os eruditos chamam de pluralismo filosfico ou hermenutico. Este o mais perigoso e srio desenvolvimento da ps-modernidade, a postura de que qualquer noo de uma declarao ideolgica ou religiosa em particular intrinsecamente superior a outra necessariamente errada.
O nico credo absoluto o credo do pluralismo! Nenhuma religio tem o direito de se destacar a si mesma correta ou verdadeira. Mas, nenhuma outra instituio tem o direito de defender verdades universais e absolutas. No h mais que se falar em tica, mas em muitas ticas, pois h muitas verdades. Tudo depende da percepo, da convenincia e do subjetivo. Esta hermenutica radical um processo de desconstruo dos princpios que regeram e fundaram a cultura ocidental sobre os valores judaico-cristos e at aqui, o que apresentaram no lugar no ou de falcias e o homem no se viu numa condio mais livre, mais feliz ou superior.
Antes pelo contrrio, o que assistimos dia a dia uma cultura do efmero, dos excessos, da ostentao, do consumismo. Encontramos todos os dias personalidades desintegradas, pessoas sem identidade correndo atrs do sentido da vida fazendo toda sorte de testagens. O cone pop desta cultura e quem sabe seu melhor intrprete talvez tenha sido mesmo o Raul Seixas e a sua sociedade alternativa com sua metamorfose ambulante. Cada um deve fazer o que der da telha, cada um deve viver em contnua transformao e mudana de opinio sem jamais possuir nenhum princpio ou balizamento moral.
A ditadura do relativismo, como em toda ditadura, tem l os seus mecanismos de coero. O primeiro deles consumismo irresponsvel e doentio. O Consumismo traz a ideia de que no possuir e no consumir tal bem, Marca ou modelo no-ser, no existir socialmente, no poder interagir culturalmente. O consumismo, atravs do marketing agressivo, gera enormes falsas necessidades apelando para as fraquezas e vulnerabilidades mais expostas das pessoas, de modo que elas desenvolvem verdadeiro pnico de se virem alienadas e no aceitas em seu crculo social. E, para manter cativos os homens gera-se esta cultura vertiginosa de um novo lanamento e uma nova moda (sempre descartvel e superficial) a cada semana.
O segundo mecanismo desta ditadura a indstria do entretenimento pelo entretenimento. As artes, as produes culturais, a TV, o Cinema e a indstria fonogrfica no possuem quase ou nenhum interesse em comunicar qualquer sentido realidade. Nem mesmo se prestam para fazer uma leitura crtica do homem e do mundo. O que desejam explorar o universo sensorial do homem comunicando algum prazer, na maioria das vezes, explorando a sensualidade atravs de paixes desgovernadas, bizarras e doentias. H toda uma indstria que banaliza a violncia, a morte e desmistifica a sacralidade da vida em todos os seus estgios, coisificando assim a existncia humana e embrutecendo toda uma gerao. Mas, este tipo de entretenimento alienante tambm aportou nas Igrejas Evanglicas. No poucos plpitos e programas de cultos tambm exploram o bizarro e o dantesco manipulando emoes e carncias sem nenhum pudor e sem nenhum compromisso tico. Muito da subcultura crist gospel no produz coisa alguma alm de msica comercial com letras e melodias que por pouco no so confundidas com mantras.
Neste contexto secularizado, de mltiplas escolhas, de relativismo levado s ltimas consequncias como viver a nossa f crist?
Algumas pistas: 1. Jamais ceder tentao de uma igreja Avestruz. No podemos, em face de tantos e complexos desafios da cultura contempornea enfiar a cabea em um buraco e fingir que no temos nada a oferecer, nada a compartilhar e assumir um papel irrelevante;
2. No podemos nos deixar capitular mentalidade da poca e assim assumir nosso lugar neste mosaico, neste caldeiro de muitas verdades e nos contentar com um discreto papel coadjuvante;
3. No podemos ser intolerantes e segregacionistas. No podemos assumir um papel arrogante e sairmos por a simplesmente acusando, difamando e destruindo reputaes. Longe de ns tais coisas;
4. Precisamos sim em amor, com genuno e desinteressado amor, com lgica racional, apego verdade e a Justia, apresentar a exclusividade de Cristo e sua Superioridade sobre as pessoas em primeiro lugar e s depois s suas ideias;
5. Precisamos, na dependncia do Esprito Santo, convencer de que no somos os donos da verdade, absolutamente. Mas, servos dela.
O caos do relativismo a grande chance dos cristos e da Igreja a partir de sua vida integral e ntegra, apresentar um sistema e um estilo de vida que responda a todas as inquietaes do homem e da sociedade. Neste mundo plural a singularidade de Cristo faz todo o sentido!
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