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Opinio 3pp3w

Solus Christus 3g3s1v

No h salvao em nenhum outro, pois, debaixo do cu no h nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4.12).

No dia 31 de outubro de 1517 o monge agostiniano Martin Lutero convidava para um debate teolgico estudantes de teologia, professores e o povo em geral. Seria mais um debate dentre outros que aconteciam costumeiramente. O gesto heroico de afixar as suas noventa cinco teses s portas da catedral de Wittemberg, na verdade, foi supervalorizado e glamourizado pelos protestantes. Entretanto, o que era inaudito desta vez, era o assunto em pauta, o que seria debatido, isto , a prtica da venda de indulgncias, seus reais benefcios, sua fundamentao escriturstica e as intenes pretendidas e escondidas nesta prtica.

Aquilo ento que era para ser mais um debate entre outros, pelo contedo, gerou grande incmodo nas lideranas da igreja, que a coisa toda chegou ao conhecimento do Papa Leo X que num primeiro momento sequer deu ateno, julgando tudo no ar de uma agitao acadmica ou de um pequeno distrbio provocado por um monge alemo bbado. Todavia, Deus serviu-se deste acontecimento como uma espcie de detonador que originou o que mais tarde seria conhecido como Reforma Protestante.

De tudo o que mais popularmente se conhece da Reforma so os cinco solas de Lutero, uma espcie de slogan distintivo do movimento: Somente as Escrituras; Somente Cristo; Somente a Graa; Somente a F; Somente a Deus a Glria. A Reforma antes de tudo um redescobrimento da Palavra de Deus, sua veracidade, autoridade, primazia, reverncia e instncia mxima em matria de f e moral para a Igreja e para o crente. Estas verdades colocavam as Escrituras muito acima da Tradio dos Pais da Igreja, da autoridade dos Conclios Gerais e do Magistrio do Papa. Como decorrncia natural e inevitvel desta redescoberta das Escrituras (Sola Scriptura) aparece ento o distintivo: Solus Crhistus, isto , Somente Cristo.

E no poderia ter sido diferente, pois, ao ler as Escrituras todos os crentes so levados ao encontro de Cristo uma vez que Ele o centro das Escrituras. Agostinho j afirmara que Cristo encontrado em cada pgina, em cada livro, em cada personagem, em cada acontecimento. Tudo aponta para Cristo e nEle toda a Escritura se cumpre. Tambm Jernimo, um dos primeiro tradutores das Escrituras para uma lngua verncula ensinou que ignorar as Escrituras ignorar o prprio Cristo.

Desde a perspectiva da evoluo dos acontecimentos desencadeados a partir de 31 de outubro de 1517, quanto mais se aprofundava o debate sobre as indulgncias, tanto mais emergia da leitura das Escrituras a exclusividade, a suficincia e os ofcios de Cristo como o nico que poderia de fato, perdoar, salvar, adquirir bnos e graas temporais e espirituais, interceder em favor dos fiis e finalmente colocar no cu um outrora pecador agora santificado. Esta exclusividade de Cristo anulava o auxlio dos santos e de maneira decisiva da Virgem Maria, sua suficincia decretava a falncia e tambm a absurdidade das prticas requeridas pelas indulgncias tais como longas penitncias, jejuns desumanos, peregrinaes a lugares santos, promessas e votos, a disciplina monstica e as boas obras como meios para a obteno do perdo dos pecados e a santidade de vida que faz merecer o favor de Deus e o paraso.

Os ofcios de Cristo redescobertos, entre outros, fez minar a autoridade absolutista do Papa, de seus dignitrios e de todo o magistrio eclesistico. Somente Cristo o Sumo sacerdote do Reino e da Igreja. E, nele, somos todos igualmente sacerdotes. No h mais uma classe privilegiada de pessoas que esto habilitadas a comparecer diante de Deus e servi-lo, agora, todos os crentes possuem tal ofcio. Cristo o verdadeiro profeta, o nico que fala e ensina com autoridade inquestionvel e infalvel a Palavra de Deus. Por isso mesmo, agora que estamos revestidos dEle, de sua justia e santificao, sua verdade permanece em ns e podemos examinar livremente as Escrituras e no mais dependemos da autoridade da Igreja para l-la e interpret-la, conquanto no possamos fazer interpretaes a nosso bel prazer.

Cristo o Rei, o nico soberano chefe e cabea da Igreja e de toda a criao. Ele o nico que pode reivindicar direitos sobre a Igreja e exigir obedincia incondicional e submisso amorosa total. 497 anos depois a atualidade do debate continua e o contedo, infelizmente tambm. Agora, quem sabe no mais Roma, Leo X ou Tetzel sejam os nossos antagonistas, todavia, suas prticas e ideias revivem e sobrevivem em muitos setores de nossos arraiais evanglicos. Oremos pedindo a Deus que emos a cavar mais fundo na mina das Escrituras para reencontrarmos o Cristo puro, livre das impurezas dos muitos acrscimos de nossas tradies, costumes e arrogante vaidade. Nada sem Cristo. Tudo por Ele e nEle.
Luiz Fernando dos Santos(1970-2022), foi ministro presbiteriano e era casado com Regina, pai da Talita e professor de teologia no Seminrio Presbiteriano do Sul e no Seminrio Teolgico Servo de Cristo.
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