Profissionais de sade evanglicos apresentam sua carta aberta Igreja Brasileira 57486f

O Primeiro Congresso Evanglico Nacional de Profissionais da Sade, reunido entre os dias 7 a 9 de setembro de 2006 em Belo Horizonte, Minas Gerais, faz as seguintes consideraes com base na opinio unnime de todos os participantes em seus Ciclos de Debates e Workshops, a saber:

1. Neste tempo de grande desenvolvimento cientfico e tcnico no campo da sade, saudamos uma crescente valorizao dos aspectos sociais, emocionais e espirituais da pessoa, inclusive nos meios acadmicos, na tentativa de atender s necessidades integrais do ser humano. Vemos nisto uma grande oportunidade para os profissionais de sade da Igreja brasileira demonstrarem a sua responsabilidade social, trabalhando para superar o distanciamento no relacionamento entre o terapeuta e o paciente.

2. A Igreja tem de contribuir para, mesmo em meio ao adoecimento da conjugalidade, a possibilidade de casamentos, relacionamentos e famlias fortes na dimenso do amor de Deus crendo que somos instrumentos para construo de vidas saudveis. O lado mais escuro do homem pode e deve ser inundado pela luz de Deus, pois Ele a luz e Nele no habita trevas!

3. A Igreja deve se sentir desafiada a fomentar a sade integral, promovendo o bem-estar com Deus, com o prximo, com a natureza e consigo mesmo nas comunidades onde ela est inserida e em outras que porventura possa alcanar por meio da pregao e da vivncia do evangelho integral. Os conhecimentos e as habilidades dos profissionais de sade no devem ser usados apenas para o assistencialismo, mas tambm para projetos, programas e trabalhos que priorizem a preveno e o ensino, levando o desenvolvimento integral a estas comunidades, fomentando-lhes a capacidade do desenvolvimento auto-sustentvel.

4. A Igreja deve reconhecer que Deus age soberanamente por meio de todos e abenoa a humanidade por todos os mbitos de trabalho, inclusive do mundo empresarial. A classe empresarial, quando eticamente norteada por princpios bblicos, no deve ser tratada meramente como mantenedora de atividades assistenciais, mas com o apreo de quem pode gerar empregos e, conseqentemente, favorecer a qualidade de vida de toda uma sociedade.

5. A Igreja precisa estimular a utilizao do voluntariado pelas agncias missionrias e instituies, promovendo em seu meio uma mudana de paradigma ao identificar os benefcios bilaterais, e ao reconhecer que todos os profissionais podem ser voluntrios. A prtica peridica das misses de curto prazo, orientadas por um planejamento estratgico, ser uma forte rede de apoio aos missionrios de tempo integral e uma importante ferramenta de mobilizao das igrejas locais para misses. O profissional da rea de sade ser o instrumento capaz de levar o evangelho e a sade integral em lugares de difcil o.

6. A Igreja deve incentivar e apoiar os profissionais de sade a se engajarem em organizaes dispostas a trein-los e envi-los queles que esto acometidos por tragdias em emergncias globais, a fim de socorrerem aos que sofrem. Pois no fim dos tempos haver cada vez mais acontecimentos calamitosos, e nestas ocasies a Igreja ter a oportunidade de mostrar o seu amor e o seu Deus. Para efetivamente prestar socorro emergencial com rapidez, tais profissionais devem j estar treinados nos aspectos espiritual, psicolgico, cultural e prtico.

7. A Igreja tem o papel de informar por meio de campanhas a preveno da AIDS/HIV, visando mudana de comportamento dos indivduos ao proclamar os valores do Reino de Deus, como a santidade, a moralidade, a fidelidade no casamento e o uso do corpo para a glria de Deus. Diante do sofrimento das pessoas e da pandemia, a Igreja deve exercer o amor, a misericrdia e a graa de Deus, propiciando um ambiente de acolhimento e de proviso.

8. A Igreja deve declarar que a vida tem inicio na fertilizao, ou seja, no momento do encontro do espermatozide com o vulo, quando se forma um embrio, o qual deve ser respeitado como um ser humano em desenvolvimento. Portanto, a Igreja no pode concordar com o ato de se descartar os embries congelados nem em que estes sejam doados para experimentos cientficos como, por exemplo, para terapia celular tronco embrionria, porque entendemos que os embries devem ter a chance de prosseguir o seu desenvolvimento. Uma opo vivel seria que fossem doados a casais que esto em filas de adoo.

9. A Igreja precisa promover um frum de discusso mais amplo entre profissionais da sade, mdicos, embriologistas, telogos e juristas para melhor se posicionar perante a sociedade, e de forma muito clara, a respeito do polmico tema da clonagem teraputica, no qual, a partir de um ncleo de uma clula somtica e de um vulo enucleado, se consegue por eletrofuso e outras tcnicas, reproduzir um embrio sem a participao do encontro do espermatozide com o vulo.

Bendito o homem cuja confiana est no Senhor, cuja confiana nEle est. Ele ser como uma rvore plantada junto s guas que estende as suas razes para o ribeiro. (Jeremias 17:7,8)

Orao Final
Senhor, ns louvamos o Teu nome e adoramos a Tua pessoa porque o Senhor Soberano, Criador dos cus e da terra, Senhor das nossas vidas e das nossas profisses.

Somos seus sacerdotes, chamados, capacitados e alimentados pelo Senhor para levar a sade integral a um mundo sedento e faminto de relacionamento com o Eterno Deus. Estamos plantados junto Fonte de gua viva, Jesus, a quem dedicamos o nosso ser.
D-nos ousadia, coragem, amor pelos que perecem, para lev-los a esta Fonte.

Lembra-nos a cada dia de nossa pequenez e total dependncia do Senhor.
Faze de ns sacerdotes consagrados e comprometidos nos hospitais, nas clnicas e em todos os lugares onde quiser nos usar. Ajuda-nos a sempre lembrar que a glria e a honra so somente do Senhor.

Somos vasos de barro nas mos do grande arteso.
Usa-nos, Senhor!