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05 de fevereiro de 2016
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Prtica da Alegria a3x3h
A prtica da alegria a arte de oferecer resistncia tristeza por meio do contentamento proporcionado pela presena de Deus na vida daquele que o busca e da descoberta e explorao das muitas e variadas minas de alegria que esto margem do caminho em direo vida eterna.

A Bblia ensina uma alegria teimosa, aparentemente arrogante, no-artificial, baseada na f, e no na instabilidade das circunstncias de tempo e lugar, comprometida mais com a sade da alma do que com o bem-estar fsico. Esse tipo resistente e durvel de alegria pode ser visto na famosa orao de Habacuque: Embora as figueiras tenham sido totalmente destrudas e no haja flores nem frutos; embora as colheitas de azeitonas sejam um fracasso e os campos estejam imprestveis; embora os rebanhos morram pelos pastos e os currais estejam vazios, eu me alegrarei no Senhor! Ficarei muito feliz no Deus da minha salvao! (Hc 3.17-18, BV).
importante lembrar que Paulo estava em um crcere quando escreveu a Epstola aos Filipenses, na qual enfatiza a prtica da alegria: Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos (Fp 4.4). Nessa mesma carta, o apstolo declara ter aprendido a viver contente em toda e qualquer situao: Tanto de fartura, como de fome; assim de abundncia, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4.12-13).
Gritos de alegria
A Bblia descreve o regozijo do povo de Deus no correr dos anos e no economiza palavras para mencionar a intensidade e a qualidade dessa alegria.
Fala-se em grande alegria (Lc 24.52; At 8.8; Fm 7), em alegria completa (Jo 16.24; 1Jo 1.4; 2Jo 12), em abundncia de alegria (2Co 8.2), em alegria transbordante (Mt 13.44; At 13.52), em plenitude de alegria (Sl 16.11), em alegria indizvel (1Pe 1.8), em alegria eterna (Is 35.10) ou perptua alegria (Is 51.11), em alegria em extremo (Jn 4.6) e at em gritos de alegria (Sl 42.4). As vozes da alegria provocada pela restaurao e dedicao dos muros de Jerusalm na poca de Esdras e Neemias foram ouvidas a uma grande distncia (Ne 12.43). Salomo descreve a alegria do corao como um banquete contnuo (Pv 15.15). E Jesus faz questo de dizer que a alegria provocada por sua ressurreio seria perene: A vossa alegria ningum poder tirar (Jo 16.22).
A alegria propicia o louvor: Est algum alegre? Cante louvores (Tg 5.13). O salmo 42 lembra com saudades da multido em festa por ocasio das procisses casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor (v. 4-5). O povo comemorou a renovao da aliana na poca do sacerdote Joiada com alegria e com canto, segundo a instituio de Davi (2 Cr 23.18). muito difcil separar a alegria do louvor, o louvor da msica e a msica da expresso corporal (dana): Louvai-o [a Deus] ao som da trombeta; louvai-o com saltrio e com harpa. Louvai-o com adufes e danas; louvai-o com instrumentos de corda e com flautas, louvai-o com cmbalos sonoros. Louvai-o com cmbalos retumbantes (Sl 150.3-5). Momentos de intensa alegria foram descarregados na msica e na dana: por Miri, logo depois da travessia do mar Vermelho (x 15.20-21); pela filha de Jeft, logo depois da vitria do pai sobre os filhos de Amom (Jz 11.34); e por Davi, logo depois da recuperao da arca do Senhor (2Sm 6.14-15).
A fonte primeira
Na verdade, a maior fonte de alegria a presena de Deus na vida diria do homem: Na tua presena h plenitude de alegria, na tua destra delcias perpetuamente (Sl 16.11). Da a orao de Moiss: Sacia-nos de manh com a tua benignidade, para que cantemos de jbilo e nos alegremos todos os nossos dias (Sl 90.14).
Davi e Salomo, pai e filho, confirmam essa verdade. Porque pecou e se retirou da presena de Deus, Davi perdeu a alegria, que lhe era uma experincia comum. por essa razo que ele pede duas vezes no famoso salmo de confisso e arrependimento o retorno desse estado de esprito: Faze-me ouvir jbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste e Restitui-me a alegria da tua salvao (Sl 51.8, 12). J Salomo, seu filho, se distanciou de Deus por causa de suas mulheres estrangeiras (1Rs 11.1-8) e peregrinou atrs de alegrias duvidosas e efmeras, entregando-se sem reserva a todos os seus desejos (Ec 2.10), tendo chegado por fim feliz concluso de que, separado de Deus, quem pode alegrar-se">Pare de conjugar o verbo sofrer
Elben Magalhes Lenz Csar foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato at a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evanglico de Misses e pastor emrito da Igreja Presbiteriana de Viosa (IPV), autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Fao o Que No Quero?, Refeies Dirias com Jesus, Mochila nas Costas e Dirio na Mo, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeies Dirias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, Histria da Evangelizao do Brasil e Prticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso Csar, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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