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Pornografia no bolso – 24 horas por dia, 7 dias por semana 5o1y

Por Elsie Gilbert

Pais esto perdendo o sono, preocupados com as facilidades de exposio de seus filhos pornografia. Recentemente um garoto de 10 anos, de famlia comprometida com o Evangelho abriu-se com os pais chorando porque se sentia excludo da turma de amigos, pois ele e mais um colega eram os nicos que no avam sites pornogrficos. De que forma os pais podem ajudar seus filhos a se protegerem da pornografia? privilgio e tambm responsabilidade dos pais darem os primeiros esclarecimentos nesta rea aos seus filhos.

Depois de traar paralelos entre ontem e hoje, Elsie Cunha Gilbert fala sobre o papel dos pais e d alguns conselhos. Confira:

Naquele tempo O consumidor de pornografia nos anos 80 e 90 tinha de buscar intencionalmente o o aos contedos erticos. Procurava em revistas ou vdeos cassete que mais tarde se transformaram em DVDs. Por estes mtodos, para ar e consumir tais contedos era necessrio ter um aparelho de vdeo, um ambiente especfico (sala ou quarto) e um tempo especfico (preferencialmente sozinho). A comercializao destes materiais era vedada a crianas e, portanto, crianas e adolescentes chegavam a contedos pornogrficos ou porque algum adulto os supria ou pelo compartilhamento entre pares. Com o advento da TV a cabo e internet, a oferta foi se diversificando. Os computadores instalados nos domiclios e ambientes de trabalho se tornaram novas portas de entrada. A forma de minimizar a oferta era por meio da instalao de programas bloqueadores de sites com contedo indesejado.

Hoje Toda criana, adolescente, jovem ou adulto que carrega consigo um celular conectado internet tem sua disposio a porta de entrada para um universo dinmico, incrivelmente diversificado e agressivo de contedos pornogrficos. No s a quantidade que impressiona. A variedade tambm faz parte integral deste submundo. Toda e qualquer imagem vel de excitar um ser humano explorada comercialmente pelos operadores do comercio sexual: tudo o que esquisito e fora da caixa a a ser vlido porque novidade. Imperceptivelmente, a pessoa se v consumindo imagens de sexo com animais, sexo com crianas, sexo com violncia, sexo em grupo, como se tudo fosse muito normal. Os programas anti-pornografia existem, mas ainda so de difcil instalao e manuseio, especialmente para celulares.

Naquele tempo Os efeitos da pornografia sempre se deram numa via de mo dupla. Isto acontece at hoje. De um lado esto os produtores e as condies sub-humanas a que so submetidas pessoas para este fim. A explorao sexual para fins comerciais sempre foi uma realidade perversa e repugnante nas nossas sociedades. Do outro lado esto os consumidores. H trs dcadas, estes consumidores, movidos pelas normas morais e de demanda, se viam obrigados a ter um consumo limitado. A pornografia levou jovens a se masturbar de maneira compulsiva, maridos a desrespeitar suas esposas de forma rude e aviltante, e feriu crianas com contedo violento para suas mentes em desenvolvimento. Mas, considerando os nmeros atuais, o vcio da pornografia compulso capaz de modificar o funcionamento do crebro e causar transtornos existenciais profundos era algo raro.

Hoje O que ns, pais, demoramos a perceber que os efeitos do consumo de pornografia hoje so muito mais graves do que o que ocorria h duas dcadas. Isto se d por duas razes: quantidade associada variedade. Experimentos em laboratrio comprovam que existe entre ns, mamferos, um efeito conhecido como efeito coolage. Um macho copular com uma nica fmea e esfriar a sua excitabilidade voltando normalidade mesmo na presena daquela fmea. Haver um perodo de descanso e mais tarde o macho novamente se interessar, reiniciando a atividade sexual. Mas, se esta fmea for trocada por outra, e depois outra, e outra, o macho poder copular at chegar completa exausto em um curto espao de tempo. O que gera este efeito a novidade. Estmulo novo, nova reao neurolgica que se esvai quando aquele estmulo a a ser esperado. Com o advento do streaming no qual um vdeo se segue a outro automaticamente, a variedade se tornou a norma. E a possibilidade de desidratao e exausto biolgica por abuso dos mecanismos de excitao e liberao de tenses sexuais se tornou uma realidade. Estamos hoje diante de mais uma substncia qumica capaz de causar dependncia em nossos filhos: os hormnios sexuais.

Outro efeito grave, associado ao uso da pornografia: o sexo entre um homem e uma mulher, pode literalmente perder a graa. Gary Wilson1, autor do livro Your Brain on Porn, fez uma pesquisa online buscando pessoas que, diante dos efeitos negativos do uso da pornografia, procuravam ajuda. Em quatro fruns, ele contabilizou 166.000 membros cujo intuito era parar de usar pornografia. Apenas 7% destes buscavam ajuda por motivos religiosos. A maioria queria parar por terem desenvolvido disfuno ertil e, no poucos, total falta de interesse por relaes sexuais no virtuais. O mesmo autor descobriu na China um frum com 800.000 membros. Veja como um jovem descreveu seu estado:

- Comecei a me afastar dos amigos para ficar no meu quarto sozinho.
- Minha famlia me amava incondicionalmente, mas no tinha a minha presena.
- Era difcil para mim me concentrar no trabalho e tambm nas minhas aulas na faculdade.
- No tinha namorada.
- Ansiedade enorme com qualquer interao com outras pessoas.
- Malhava furiosamente, mas no conseguia ganhar massa muscular.
- Todos diziam que eu no estava presente.
- Nenhuma energia. Podia dormir o quanto quisesse, estava sempre cansado, plido, desidratado.
- Muito deprimido.
- Disfuno ertil induzida pelo autoconsumo de pornografia.
- Vivia estressado, ansioso, confuso e perdido.

E um terceiro efeito, tambm ligado associao entre quantidade e variedade, que as preferncias de gneros pornogrficos am a criar uma dissonncia entre o que uma pessoa consome e a sua identidade sexual. Se eu consumo pornografia com crianas, eu sou um pedfilo? E se ver cenas de sexo e violncia me excita, eu sou um pervertido? Se eu vejo pornografia gay, isto faz de mim um homossexual? E assim por diante. fcil perceber como estes so obstculos totalmente desnecessrios na formao de uma sexualidade sadia de nossos filhos.

Ser pai, ser me naquele tempo Algumas regras orientavam a maioria dos pais dos anos 80. Os pais monitoravam as amizades de seus filhos, fiscalizavam suas sadas e locais que frequentavam, vigiavam o que os filhos traziam para dentro de casa e, nos ambientes mais conservadores, controlavam o uso da televiso e vdeos. Sendo assim, a regra para proteger o seu filho era: no deixar o ladro entrar. Esta estratgia exigia vigilncia por parte do pai ou me e a obedincia dos filhos aos limites estabelecidos pelos pais.

Ser pai, ser me hoje...A estratgia descrita acima no funciona mais! Isto por uma razo muito simples: o ladro j est dentro. H hoje no Brasil 220 milhes de smartphones ativos.2 A maioria absoluta das crianas da classe mdia brasileira possui um celular devidamente conectado internet. Segundo o pesquisador Simon Lajeunesse, da Universit de Montreal, a maioria dos meninos a a se interessar por pornografia a partir dos 10 anos e muitos deles a procuram e compartilham. O mundo produtor de pornografia deseja fazer do pr-adolescente um consumidor rentvel no futuro e est disposto a investir no presente. A pornografia chegar ao celular por vrios canais, sendo que o mais pernicioso destes so os grupos de WhatsApp. E, para complicar ainda mais a situao, a maioria de ns no sabe como bloquear contedos indesejados em cada um dos aplicativos instalados nos nossos aparelhos. Algumas ideias de pessoas que se debruaram sobre o tema3:

1. Postergar, o mximo possvel, a entrega de um smartphone nas mos de uma criana. Estudos recentes sobre o tema no nos do uma idade certa, mas apontam vrios problemas relativos ao uso de celulares por crianas. Jesse Weinberger, no seu livro The Boogeyman Exists: And Hes in Your Childs Back Pocket, relata seus achados aps entrevistar 70.000 crianas por 18 meses. Ela descobriu que, em mdia, sexting (mensagens de texto com contedo sensualizado ou ertico) comea no sexto ano, consumo de pornografia comea quando as crianas completam oito anos de idade e o vcio da pornografia aos 11. Isto, nos Estados Unidos. Seguir o exemplo de Bill Gates que s deu um smartphone para seu filho quando este completou 14 anos, talvez no seja uma m ideia. Uma das regras sugeridas: esperar at que o adolescente entre no ensino mdio e depois que j tenha aprendido a exercer autocontrole e o valor da comunicao face a face.

2. Conscientizar a criana sobre o uso da tecnologia e seus perigos. A psiquiatra Alcia Casas, criadora do Claves, uma metodologia de preveno violncia sexual contra crianas, acredita que vivemos num tempo em que proibies so pouco eficazes. Os limites precisam ser estabelecidos com a criana e o adolescente. Conscientizar de que aquele limite representa cuidado pessoal de suma importncia, to importante quanto ensinar ao invs de proibir a travessia na faixa de pedestre em uma avenida movimentada.

Notas:
1. Sobre as fontes para este artigo: as informaes contidas aqui foram extradas do livro
Your Brain on Porn: Internet Pornography and the Emerging Science of Addiction escrito por Gary Wilson, especialista na neurobiologia da adio. A sua palestra sobre os aspectos neurobiolgicos do vcio da pornografia no TEDs Talk foi visto at hoje por quase 10 milhes de pessoas.
2. Informaes sobre nmeros de usurios de celulares no Brasil: reportagem publicada no Estado em abril de 2018.
Brasil j tem mais de um smartphone ativo por habitantes, diz estudo da FGV.
3. Informaes sobre o que os especialistas sugerem: artigo publicado no New York Times.
Whats the right age to give a child a smartphone.

Elsie Gilbert jornalista e editora do blog da Rede Mos Dadas.

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