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Por um 2015 mais imaginativo. O que C. S. Lewis diria? 52n2o

Muita coisa tem sido dita a cada incio de ano sobre promessas, sonhos e projetos para o ano que se inicia, de modo que parece restar pouco a dizer sobre o tema. Eu fico me perguntando o que C. S. Lewis diria, se estivesse vivo, sem pretenso de me igualar a ele.

O ano de 2014 no foi fcil para ningum: Perdemos a copa, o pas foi assolado por escndalos na poltica, a Dilma foi reeleita, um avio simplesmente desapareceu, muitos cristos perderam a vida em pases dominados pelo islamismo radical. E a economia est beira da recesso.

Como no artigo Learning in wartimes (aprendendo em tempos de Guerra) que Lewis escreveu em plena Segunda Guerra Mundial, certamente ele falaria das virtudes teologais: a f, a esperana e o amor, por mais paradoxal que poderia parecer falar nisso naqueles tempos. No vivemos uma guerra mundial, mas uma situao de guerra psicolgica e espiritual. Sim, porque estamos cada vez mais dependentes da tecnologia: ningum larga o celular por mais de cinco minutos, pessoas deixam de conversar para se comunicar pelo whats app e pelo facebook, em que se postam fotos at mesmo das situaes mais insignificantes. Essa coisa de postar fotos, que virou uma febre, faz com que as pessoas no olhem mais para as coisas e umas para as outras diretamente, mas s atravs das lentes.

Isso faz com que vivamos a meio palmo do cho e cada vez mais no mundo virtual e proporcionalmente menos na realidade. Nosso cotidiano cada vez mais dominado pela tecnologia. Quem no vive plugado considerado jurssico.

Ainda assim, insistia Lewis, temos razo para termos esperana pelo simples fato de pensarmos e por Deus no pedir licena para se revelar, at mesmo atravs da tecnologia.

Vamos tomar o exemplo do mundo virtual Second Life, que j fez sucesso, mas no vingou. Por qu? Porque esse mundo se aproximava demais da vida real. O prprio nome o diz: vida paralela, virtual. Com a diferena de que voc pode fingir ser outra pessoa, escolhendo um avatar e as suas caractersticas e poderes. Voc pode voar e tem outros poderes que no tem na vida real. Mas onde fica a imaginao, a criatividade, o fantstico? Uma realidade virtual que cpia exata da realidade dos fatos se torna desinteressante como meio de entretenimento, pois para se entreter, voc costuma buscar escapar da realidade dos fatos. O mesmo vale para os jogos muito realistas e tambm para os livros e filmes realistas demais, como as novelas, que na verdade distorcem a vida real. (No estou me referindo aos livros e filmes baseados na vida real, pois a vida mesma imaginativa).

Tolkien costumava dizer que existem trs funes do uso da imaginao, principalmente na literatura e mais precisamente nos contos de fada:

1) Proporcionar escape do mundo ordinrio. Quando se vai ler um livro ou assistir um filme ou mesmo jogar um jogo virtualmente, o que se est buscando arejar a cabea, no no sentido necessariamente de alienao, o que tambm pode vir a ser o caso, mas no de certo afastamento das coisas do cotidiano, adotando uma posio de fora da realidade, e olhando para ela com um culos diferente. Bruno Bettelheim, em seu clssico Psicanlise dos Contos de Fada, foi o psicanalista que descobriu a importncia do distanciamento de um problema para se conseguir trata-lo devidamente. isso que provocam os contos de fada: uma viagem para um outro mundo, semelhante ao real, principalmente no aspecto tico e moral, mas outro. Assim, eles remetem transcendncia, regada a humor e bom-senso.

2) Proporcionar consolao atravs da alegria. Normalmente as histrias ou contos de fada possuem uma moral que apela para as virtudes da tica clssica (justia, prudncia, temperana e fortaleza) e mesmo para as virtudes teologais j mencionadas e essa moral tem a capacidade de nos consolar. por isso que, quando acontece algo que entristece uma criana, um instinto nos diz para lhe contar uma histria, para que ela fique mais alegre.

3) Recuperao ou cura. Foi Bettelheim tambm que descobriu o poder curador das histrias (e eu diria do ldico em geral), ele que usava os contos de fada para curar crianas com deficincia mental.

por todos esses motivos que o que eu recomendo para um 2015 mais significativo que se contem mais histrias, no moralistas, mas efetivamente imaginativas, pois assim que podemos encontrar esperana em meio s turbulncias da sociedade da informao.

Para encerrar cito C.S. Lewis como mensagem de Ano Novo: As coisas que esto porvir so melhores do que as que para trs ficaram
ɠmestre e doutora em educao (USP) e doutora em estudos da traduo (UFSC). autora de O Senhor dos Anis: da fantasia tica e tradutora de Um Ano com C.S. Lewis e Deus em Questo. Costuma se identificar como missionria no mundo acadmico. criadora e editora do site www.cslewis.com.br
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