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02 de abril de 2013
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O que vem depois da graa? 651242
Ultimato disponibiliza a todos os leitores o artigo do pastor Ricardo Barbosa, at ento aos s da revista. O que vem depois da graa foi publicado na coluna O Caminho do Corao da edio atual da revista (341). Leia a seguir.
O que vem depois da graa?
Cresci ouvindo amigos de formao dispensacionalista afirmando que o tempo da lei ou e que agora vivemos o tempo da graa. Eles diziam que o Antigo Testamento, com suas leis e mandamentos, dera lugar ao Novo Testamento, em que tudo se resume no amor de Deus, um amor sem exigncias, que nos aceita como somos; que o Deus justo e temvel da antiga dispensao dera lugar ao Jesus manso e misericordioso da nova dispensao. Um tipo de evolucionismo divino.
O dispensacionalismo foi muito criticado e combatido. No entanto, o que vemos hoje o seu reconhecimento, no apenas pelos que creem nas diferentes dispensaes na histria da salvao, mas, sobretudo, pelos cristos ps-modernos, que rejeitam mandamentos, leis ou qualquer chamado obedincia. O que importa o amor. preciso sentir-se amado para ento amar. preciso sentir-se aceito para ento obedecer. O problema que nunca se sentem suficientemente amados ou aceitos.
No livro Uma Fora Medonha, C. S. Lewis descreve um dilogo entre Ranson e Jane sobre casamento. Ela achava difcil confiar no marido porque sentia que j no o amava mais. Ranson ento lhe diz: A senhora no deixou de obedecer por falta de amor, mas perdeu o amor porque nunca tentou obedecer. A relao entre o amor e a obedincia intensa e vital. Jesus tambm afirmou: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse o que me ama (Jo 14.21).
A ruptura que muitos cristos fazem entre o Antigo e o Novo Testamento, entre lei e graa, entre mandamento e amor, compromete tragicamente a formao do carter cristo. O processo que envolve o crescimento e o amadurecimento cristo requer obedincia consciente e diligente. Uma agem bblica que expressa bem isto est em 2 Pedro 1.4-7: [...] ele nos deu as suas grandes e preciosas promessas, para que por elas vocs se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupo que h no mundo [...]. Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar sua f a virtude, virtude o conhecimento; ao conhecimento o domnio prprio [...].
As promessas foram cumpridas em Cristo. O propsito de Deus para o ser humano foi revelado. O caminho do crescimento espiritual foi escancarado com a vida, morte e ressurreio de Cristo. Maturidade crist tornar-se participante da natureza divina, revelada em Cristo. por causa disso que devemos abandonar a corrupo que existe no mundo e nos entregar, deliberadamente, s virtudes, ao domnio prprio, perseverana e a tudo o que nos leva a ser semelhantes a Cristo.
possvel fazer isto sozinho? No. Jesus afirmou: [...] sem mim nada podeis fazer (Jo 15.5). Somente a graa de Deus pode realizar isto em ns. Porm, se eu nada fizer, nada ser feito. aqui que a obedincia e o amor se encontram na experincia da f. Os mandamentos de Deus no so uma negao de sua graa e amor, so sua afirmao. a obedincia aos mandamentos que nos leva a experimentar o amor divino.
Pedro afirma que precisamos nos empenhar para acrescentar nossa f a virtude, o domnio prprio, a perseverana, a piedade, a fraternidade e o amor. Sou eu que tenho de me empenhar. A responsabilidade minha. Ningum far isto por mim. Consigo fazer isto por conta prpria? No. Preciso da graa de Deus. Contudo, se eu no me esforar para fazer, nada ser feito.
A formao do carter cristo requer uma experincia intensa e poderosa com a graa de Deus. Deus, em Cristo, nos revelou seu amor, cumprindo por meio dele todas as promessas. Fomos salvos, regenerados e transportados do imprio das trevas para o seu reino de amor, justia e paz. O caminho foi trilhado por ele, ele o primognito da nova criao. Sua vida consistiu em fazer a vontade do Pai e realizar a sua obra.
A formao do carter cristo requer a mesma obedincia aos mandamentos de Deus. Um cristo ivo e aptico jamais experimentar o real significado da graa divina e, mais cedo do que imagina, perceber a fragilidade de seu amor por Deus. No deixamos de obedecer a Deus por falta de amor, deixamos de am-lo por no obedecer-lhe.
Leia mais
A graa no de graa
obedecendo que se aprende a obedecer
Eu creio. E agora?
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Cresci ouvindo amigos de formao dispensacionalista afirmando que o tempo da lei ou e que agora vivemos o tempo da graa. Eles diziam que o Antigo Testamento, com suas leis e mandamentos, dera lugar ao Novo Testamento, em que tudo se resume no amor de Deus, um amor sem exigncias, que nos aceita como somos; que o Deus justo e temvel da antiga dispensao dera lugar ao Jesus manso e misericordioso da nova dispensao. Um tipo de evolucionismo divino.
O dispensacionalismo foi muito criticado e combatido. No entanto, o que vemos hoje o seu reconhecimento, no apenas pelos que creem nas diferentes dispensaes na histria da salvao, mas, sobretudo, pelos cristos ps-modernos, que rejeitam mandamentos, leis ou qualquer chamado obedincia. O que importa o amor. preciso sentir-se amado para ento amar. preciso sentir-se aceito para ento obedecer. O problema que nunca se sentem suficientemente amados ou aceitos.
No livro Uma Fora Medonha, C. S. Lewis descreve um dilogo entre Ranson e Jane sobre casamento. Ela achava difcil confiar no marido porque sentia que j no o amava mais. Ranson ento lhe diz: A senhora no deixou de obedecer por falta de amor, mas perdeu o amor porque nunca tentou obedecer. A relao entre o amor e a obedincia intensa e vital. Jesus tambm afirmou: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse o que me ama (Jo 14.21).
A ruptura que muitos cristos fazem entre o Antigo e o Novo Testamento, entre lei e graa, entre mandamento e amor, compromete tragicamente a formao do carter cristo. O processo que envolve o crescimento e o amadurecimento cristo requer obedincia consciente e diligente. Uma agem bblica que expressa bem isto est em 2 Pedro 1.4-7: [...] ele nos deu as suas grandes e preciosas promessas, para que por elas vocs se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupo que h no mundo [...]. Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar sua f a virtude, virtude o conhecimento; ao conhecimento o domnio prprio [...].
As promessas foram cumpridas em Cristo. O propsito de Deus para o ser humano foi revelado. O caminho do crescimento espiritual foi escancarado com a vida, morte e ressurreio de Cristo. Maturidade crist tornar-se participante da natureza divina, revelada em Cristo. por causa disso que devemos abandonar a corrupo que existe no mundo e nos entregar, deliberadamente, s virtudes, ao domnio prprio, perseverana e a tudo o que nos leva a ser semelhantes a Cristo.
possvel fazer isto sozinho? No. Jesus afirmou: [...] sem mim nada podeis fazer (Jo 15.5). Somente a graa de Deus pode realizar isto em ns. Porm, se eu nada fizer, nada ser feito. aqui que a obedincia e o amor se encontram na experincia da f. Os mandamentos de Deus no so uma negao de sua graa e amor, so sua afirmao. a obedincia aos mandamentos que nos leva a experimentar o amor divino.
Pedro afirma que precisamos nos empenhar para acrescentar nossa f a virtude, o domnio prprio, a perseverana, a piedade, a fraternidade e o amor. Sou eu que tenho de me empenhar. A responsabilidade minha. Ningum far isto por mim. Consigo fazer isto por conta prpria? No. Preciso da graa de Deus. Contudo, se eu no me esforar para fazer, nada ser feito.
A formao do carter cristo requer uma experincia intensa e poderosa com a graa de Deus. Deus, em Cristo, nos revelou seu amor, cumprindo por meio dele todas as promessas. Fomos salvos, regenerados e transportados do imprio das trevas para o seu reino de amor, justia e paz. O caminho foi trilhado por ele, ele o primognito da nova criao. Sua vida consistiu em fazer a vontade do Pai e realizar a sua obra.
A formao do carter cristo requer a mesma obedincia aos mandamentos de Deus. Um cristo ivo e aptico jamais experimentar o real significado da graa divina e, mais cedo do que imagina, perceber a fragilidade de seu amor por Deus. No deixamos de obedecer a Deus por falta de amor, deixamos de am-lo por no obedecer-lhe.
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A graa no de graa
obedecendo que se aprende a obedecer
Eu creio. E agora?
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Pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristo de Estudos, em Braslia (DF). colunista da revista Ultimato e autor de A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja,Pensamentos Transformados, Emoes Redimidas eO Caminho do Corao.
- Textos publicados: 55 [ver]
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