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O problema da pobreza, o Estado e o papel dos cristos 43a36
Por Anderson Paz

A f crist, de fato, tem uma longa tradio de reflexo sobre o problema da pobreza. Com o surgimento do Estado moderno, a tradio social crist tambm percebeu o ente estatal como parte importante da soluo. Na viso reformacional, o Estado precisa: 1) exercer uma justia pblica capaz de lidar com a pobreza social, 2) tornar-se um facilitador, protetor e promovedor das interaes civis, e 3) tornar-se um incentivador e auxiliador dos laos de solidariedade.
O Estado como parte da soluo
Para que o Estado brasileiro se torne um ente capaz de exercer uma boa justia pblica e promover capital social e moral, preciso que ele se torne parte da soluo do problema da pobreza.
Em primeiro lugar, a justia pblica exige que o Estado brasileiro aprimore as polticas pblicas de ensino escolar. Em uma relao de cooperao entre as esferas do Estado e da escola, o ente estatal pode desenvolver aes que auxiliem os mais pobres e lhes d incentivos e condies intelectuais para seu desenvolvimento escolar e profissional.
Ademais, o Estado brasileiro pode auxiliar a integrar pessoas desempregadas no mercado de trabalho. A justia pblica incentiva que o Estado crie condies bsicas para que indivduos se qualifiquem e se integrem ao mercado, tanto para o bem das famlias quanto para o bem da sociedade. Para tanto, preciso possibilitar mais liberdade de mercado, a fim de se gerar mais empregos formais.
Por fim, a justia pblica exige uma reforma tributria no Brasil que beneficie os mais pobres. indispensvel que o Estado brasileiro diminua a tributao no consumo, aprimore a eficincia e a fiscalizao do gasto pblico, e incentive a solidariedade entre indivduos e comunidades.
Um Estado mais eficiente, que pese menos sobre os mais pobres e que incentive a solidariedade entre indivduos e comunidades, respeitando a soberania das demais esferas sociais, pode se tornar mais capaz de lidar com o problema da pobreza ao integrar pessoas menos assistidas educao, ao trabalho e dinmica da vida social e cultural.
Um chamado reflexo
Para o cristo, a desigualdade social e a pobreza so questes que sempre estaro presentes na sociedade. Deus criou pessoas com dons e talentos diferentes, de tal forma que aqueles que mais contribuem para a sociedade devem ser mais bem recompensados. Quanto pobreza, o prprio Jesus disse que sempre haveria pobres nas sociedades humanas em estado de pecado (Jo 12:8). Assim, a desigualdade social algo da prpria estrutura da realidade que Deus criou e a pobreza um problema que permanecer at a volta de Cristo.
Contudo, a isso de que sempre haver desigualdade social e pobreza no pode resultar em conformismo cristo diante de situaes de misria e profunda desigualdade social. Deus no criou um mundo em que milhes de pessoas sua imagem e semelhana no tivessem nem o que comer nem o que vestir.
Jesus disse que Deus faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos (Mt 5:45). Assim, o cristo deve denunciar o pecado de uma sociedade em que os pobres no tm o a condies de subsistncia. Se Deus derrama seu favor sobre toda a humanidade, s o pecado pode explicar um mundo em que o pobre vive em situao degradante de fome extrema.
Portanto, a resposta crist ao problema da pobreza nem estatismo nem individualismo. Uma viso crist exige reformas do Estado que beneficiem os mais pobres e que incentive a sociedade civil a lidar com a pobreza. fundamental que o Estado se mantenha em uma relao de cooperao com as demais esferas, a fim de diminuir o problema da pobreza que atinge milhes de brasileiros.
Para ler o primeiro artigo, e: O problema da pobreza e o papel do Estado
- Anderson Paz advogado e doutorando em Cincia Poltica pela Universidade Federal de Pernambuco.

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