Apoie com um cafezinho
Ol&aacute visitante!
Entrar Cadastre-se

Esqueci minha senha 14113k

  • sacola de compras

    sacola de compras 142f1e

    Sua sacola de compras est vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras 142f1e

    Sua sacola de compras est vazia.

Prateleira 3g3u5c

O poder txico da desigualdade 6h2m3s

O cuidado com o meio ambiente responsabilidade de todo cristo e faz parte da nossa misso integral. Engajado nesse compromisso,ultimatoonline publica com exclusividadeo ESPECIAL MEIO AMBIENTE, com os artigos O poder txico da desigualdade, F crist e meio ambiente e O pavio j est aceso?


por Alexandre Brasil Fonseca

Entre os pobres, as doenas infecciosas, muitas causadas pela m qualidade da gua, matam duas vezes mais do que o cncer

A pobreza um problema para a sociedade e para a natureza em geral. Em vrios bolses do mundo temos prejuzos decorrentes da falta de saneamento ou do recolhimento inadequado do lixo. Logo, parte da postura de preservao do meio ambiente a, necessariamente, pelo combate pobreza.

A preocupao com a preservao da natureza realidade para poucos, o que torna difcil imaginar-se um movimento abrangente, que inclua aqueles que no tm condies mnimas de sobrevivncia. Em contextos de misria, desestruturao familiar e violncia, falar de ecologia no a de um luxo ou devaneio.

Para o diretor-executivo do Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente, Klaus Toepfer, o elemento mais txico para o meio ambiente a pobreza. Diante dessa constatao, a soluo sugerida pelos organismos internacionais seria o combate pobreza por meio do desenvolvimento, graas ao incremento do comrcio entre as naes.

Tudo poderia transcorrer nessa linha de argumentao que, ao mesmo tempo que fica indignada com a pobreza, exige uma postura responsvel para com toda a criao de Deus. Porm, se optasse por esse caminho, este no seria um artigo completo e honesto.

O principal elemento txico no a pobreza, mas sim a riqueza e a busca desenfreada pelo maior lucro possvel. Eu diria que exatamente nessa imbricao entre pobreza e riqueza que mais perdemos. A desigualdade, que a cada dia avana no mundo, salienta as diferenas entre os gneros, as etnias, os ricos e os pobres. O modo de vida que escolhemos, fruto do afastamento do ser humano de Deus, tem por princpio a excluso do outro e assume na sociedade capitalista a coisificao da natureza e das pessoas. Tudo tem seu preo e preciso obter sempre o maior lucro.

No livro A Grande Transformao, Karl Polanyi fala sobre o estabelecimento do capitalismo na Europa e gasta um bom nmero de pginas naquilo que define como mercadorias fictcias. Com o advento do regime econmico, que hoje praticamente o nico no mundo curiosamente numa poca em que se defende o pluralismo para tudo, menos para a gesto econmica , as pessoas e as terras se tornaram elementos que podem gerar riqueza. Porm, com o tempo, os prprios empresrios perceberam a fraqueza dessas mercadorias, ora com o esgotamento da terra, ora com a morte dos empregados. Foi nesse terrvel contexto social que se desenvolveu a estrutura de bem-estar social, uma resposta degradao vivida na sociedade do sculo 19.

Em relao ao ser humano foram criadas uma srie de leis de proteo social que regularam o tempo de servio e garantiram elementos mnimos para que fosse possvel a reproduo do trabalho. Em relao s terras tambm foram criadas leis que aram a regular o seu uso. Nessas questes tem-se de forma recorrente novas propostas e avanos que visam garantir a preservao dessas duas mercadorias fictcias, as quais so alvo da ganncia e do desejo de enriquecimento de alguns.
Nessa luta, a questo ecolgica a que mais tem avanado graas mobilizao de vrios setores da sociedade e s propostas de regulao que tm sido debatidas em conferncias internacionais como a Rio 92 ou a Rio +10. Outro o importante foi o estabelecimento do Protocolo de Kyoto, que prope uma srie de avanos e que no contou com a adeso dos Estados Unidos. A nao que mais danos traz ao meio ambiente se nega a o acordo.

O artigo As razes histricas de nossa crise ecolgica, do historiador Lynn White Jnior, publicado em 1967 pela revista Science, motivou o pensador cristo Francis Schaeffer a escrever o livro Poluio e a Morte do Homem uma perspectiva crist da ecologia, lanado em 1970. A discusso proposta parte de uma afirmao do historiador: A atitude das pessoas para com a ecologia depende do que pensam de si mesmas em relao a tudo que as rodeia. A ecologia humana est profundamente condicionada ao que cremos acerca de nossa natureza e destino, isto , religio.

Nessa linha de raciocnio, o autor argumenta que a viso ortodoxa do cristianismo dissemina a compreenso de que o homem deve dominar a natureza, o que cria condies para a destruio humana. O que devemos considerar que o texto bblico define a relao do homem com a natureza a partir da lgica do mandato cultural. nosso dever cuidar da criao dentro da perspectiva da mordomia. Embora possamos identificar certos momentos da histria em que o cristianismo tenha contribudo para a degradao do meio ambiente, hoje no cabe uma associao entre ele e a destruio da natureza.

Voltemos ao fato de Lynn White Jr. ter acertado em sua argumentao sobre o papel das crenas e dos valores no dia-a-dia da sociedade. Esse um elemento central que precisamos considerar em nossas aes e discusses. Nessa direo, percebemos que a questo ecolgica tem no capitalismo e em sua lgica de riqueza a qualquer custo o seu principal opositor. Os recursos naturais no so suficientes para se manter o nvel de consumo vigente entre os mais ricos do mundo. A atual situao s possvel graas desigualdade social, pois, se todos tivessem o padro de consumo de combustvel, alimentao ou energia eltrica existente em boa parte dos lares americanos, o mundo j teria entrado em colapso.

preciso esclarecer que, nestes anos de globalizao, para que a to aclamada Amrica exista tambm preciso que tenhamos o continente africano. Em outro registro, Ipanema no se sustentaria se no existisse a Rocinha. Essa a dinmica que sustenta este mundo injusto e cada vez mais desigual. Em meio a essa realidade o meio ambiente padece, seja pela ausncia de pobres, seja pelo excesso de ricos.

Entre os pobres, as doenas infecciosas, muitas causadas pela m qualidade da gua, matam duas vezes mais do que o cncer. No Brasil apenas 60% do lixo coletado tem tratamento adequado e somente 35% do que captado pelo sistema de saneamento tratado. J entre a minoria rica h uma crescente concentrao de bens e capital. Alm disso, por exemplo, apesar de os Estados Unidos possurem menos de 5% da populao mundial, l se consome 26% do petrleo, 35% do carvo mineral e 27% do gs natural mundial. E as conseqncias disso recaem sobre os pases pobres, mais vulnerveis s mudanas climticas que ocorrem no globo devido a fenmenos como o efeito estufa.

Se certo que a pobreza traz danos ao meio ambiente, tambm so gritantes os problemas que os excessos dos mais ricos representam para a natureza. Estamos diante de uma iminente crise no abastecimento de gua e precisamos de uma postura distinta da lgica capitalista quando se trata dos recursos do planeta. Ao clamarmos pela vinda do reino de Deus, somos chamados a uma postura de mordomia, de misericrdia e de solidariedade para com o prximo e a criao.

Alexandre Brasil Fonseca socilogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Participa da Secretariaia Executiva da ABUB e da Coordenao Nacional do FALE Unindo Vozes pela Justia.
Conhea e leia um captulo deMisso Integral Proclamar o reino de Deus, vivendo o evangelho de Cristo, publicado pela Editora Ultimato e Viso Mundial. Misso Integraltrata, entre outros temas, da f crist e Meio Ambiente

Veja o que ultimatoonline j publicou sobre o Meio Ambiente:

Cmara aprova Lei da Mata Atlntica

Site oferece ferramenta para calcular "pegada ecolgica"

Amaznia destaque na Conferncia Sobre Mudanas Climticas

Conferncia sobre o clima no Qunia discute desafios mundiais da prxima dcada

Amaznia: um grande cerrado? Talvez a partir de 2070

Para mais informaes sobre o Meio Ambiente, e:

Retrospectiva: Conhea os fatos que marcaram a conservao da natureza em 2006

Saneamento: Nova lei tenta resolver disputa pelo poder de erradicar doenas

Amaznia: Basta de devastao, porLeonardo Boff

Portal Ambiental EcoTerra Brasil. Entrevistas, notcias, glossrio de meio ambiente, agenda de eventos, produtos e servios de interesse da rea ambiental


CarbonoBrasil. O site foi criado para colaborar na conscientizao da biodiversidade mundial e do desenvolvimento sustentvel


Relatrio Planeta Vivo 2006




Greenpeace.org.br



A Conservao Internacional uma organizao privada, sem fins lucrativos, dedicada conservao e utilizao sustentada da biodiversidade






QUE BOM QUE VOC CHEGOU AT AQUI. 223i1k

Ultimato quer falar com voc.

A cada dia, mais de dez mil usurios navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, alm do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bblicos, devocionais dirias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, alm de artigos, notcias e servios que so atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Leia mais em Prateleira 2z18n

Opinio do leitor 1t5dh

Para comentar necessrio estar logado no site. Clique aqui para fazer o ou o seu cadastro.
Ainda no h comentrios sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda no h artigos publicados na seo "Palavra do leitor" em resposta a este texto.