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O evangelho pertence a uma denominao? 654845

Martinho Lutero jamais pretendeu tornar-se o centro das atenes. Era um estudante de direito atormentado por uma angstia. Tinha conscincia de que no conseguia ser o que Deus queria que ele fosse. Sabia-se endividado diante de Deus. Em 1505 ele entrou num convento com hbitos rigorosos para obter a certeza do perdo divino. Essa recomendao da igreja medieval dava a todos que a buscavam. Assim, abdicou ao mundo e submeteu-se aos exerccios espirituais com extremo rigor. No entanto, isso no aliviou sua angstia. Pelo contrrio, a potenciou. Seu superior, no sabendo mais o que lhe recomendar, ordenou que se dedicasse ao estudo da Bblia. Assim, em 1512, Lutero tornou-se professor de Bblia numa universidade provinciana onde comeou a dar aulas sobre os Salmos.

No preparo dessas aulas Lutero foi surpreendido por uma afirmao do Salmo 31: Em ti, Senhor, me refugio; nunca permitas que eu seja humilhado; livra-me pela tua justia. Percebeu que o salmista no clamava livra-me pela minha justia, mas que ele pedia a Deus livra-me pela tua justia. Comeou a se dar conta que a libertao da inclinao para o mal no resultava da justia que ns produzimos. Descobriu que ela procede da justia que Deus oferece gratuitamente por meio de Jesus Cristo. Quase 40 anos mais tarde o reformador recordaria o impacto deste aprendizado: Dia e noite eu desejava entender Paulo em Romanos; noite e dia ponderei at perceber a conexo entre a justia de Deus e a afirmao de que o justo vive pela f. Ento eu entendi que a justia de Deus aquela pela qual Deus nos justifica na graa e pura misericrdia. Eu me senti completamente renascido e acolhido pelas portas abertas no paraso. Toda a Escritura adquiriu um novo significado: se antes (a meno da) justia de Deus' me enchia de dio, agora tornou-se indescritivelmente doce e amvel. Esta afirmao de Paulo tornou-se para mim num portal do paraso.

S em 1517 Lutero viria a pblico com este seu aprendizado pessoal. E ele o fez motivado por uma situao pastoral, pois encontrara um membro da igreja alcoolizado cuja confisso havia ouvido poucos dias antes. Quando Lutero questionou seu comportamento, o bbado justificou-se, apresentando a indulgncia, uma certido emitida pela igreja que garantia perdo dos pecados a quem a comprava. Indignado, Lutero redigiu ento as 95 Teses sobre o verdadeiro arrependimento. Elas eram um roteiro para debater o assunto em sala de aula. Como de costume afixou-as na porta da igreja que funcionava como edital de avisos da faculdade. De l as 95 Teses viralizaram. Viraram panfleto impresso aos milhares. Em poucas semanas seriam conhecidas por toda Europa, de Roma a Londres, de Madrid e Paris a Praga.

verdade que depois outros interesses se conectaram e, no poucas vezes, sobrepujaram esse propsito de restaurar a f na boa notcia da salvao graciosa por meio de Jesus. Ainda que a Reforma tenha impactado a estrutura eclesistica, interferido na poltica e na economia da Europa, no se pode esquecer que ela se originou desta resposta pergunta pela certeza da salvao que afligia a muitos. Apenas esta aflio generalizada explica o impacto do testemunho da Reforma.

Por causa desse foco, nem Lutero nem qualquer outra liderana da Reforma Zwinglio, Bucer, Menon, Calvino, etc , postularam direitos autorais pela redescoberta da graa. Entenderam-se como meros instrumentos pelos quais Deus estava restaurando sua igreja. Lutero manifestou-se explicitamente sobre isso no prefcio da primeira edio alem de suas obras: Antes de tudo peo que no mencionem o meu nome e nem se chamem de luteranos, mas de cristos. Quem Lutero? A doutrina no minha. Tambm no fui crucificado por ningum. Em 1Corntios 1 So Paulo no tolerou que se chamasse os cristos de paulinos ou petrinos, mas (deveriam chamar-se apenas) cristos. Como seria possvel que filhos de Cristo fossem chamados pelo meu desgraado nome, eu saco de vermes pobre e fedorento. No seja assim, caros amigos, apaguemos todos os nomes partidrios e sejamos (apenas) de Cristo, cujos ensinamentos temos. Os cristos no creem em Lutero, mas no prprio Cristo; (assim) abram mo de Lutero; apegue-se palavra. [...] No sou, nem quero ser o mestre de ningum. Somente Cristo nosso mestre.

Ao aplicar a oestao de Paulo igreja em Corinto ao seu tempo, Lutero desafia tambm a ns a bebermos da fonte do evangelho e a perseverarmos na obedincia da f em Jesus Cristo (Rm 1.5 e 16.26). S quem deixar de lado o sectarismo denominacional poder anunciar a esperana em Cristo a quem vive na busca ansiosa pelo que d sentido vida. Assim lembramos o testemunho dos reformadores para livrar-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e correr com perseverana a corrida que nos proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa f. (Hb 12.1-2).

Martin Weingaertner, nascido em Santa Catarina (1949), professor e diretor da Faculdade de Teologia Evanglica em Curitiba (FATEV) e editor do devocionrio Orando em Famlia. Seu casamento com Ursula foi abenoado com 5 filhos e 8 netos.

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