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Opinio 3pp3w

O dia em que Pilatos entrou no Credo 173z3b

http://www.freeimages.com/photo/1409594No h qualquer dvida: Pilatos entrou no Credo Apostlicoporque representava o tipo de justiamento, o massacre de um inocente, que pedia a multido concentrada num ponto estratgico da cidade. Jesus no foi linchado, porque s um julgamento exemplar satisfaria as autoridades governamentais. Mas a centralidade do texto a ressurreio do Senhor (Joo 20.1-18), apesar da fria da multido. O modo e o momento no so importantes, talvez. A no ser que recorramos aos antecedentes da semana: outra multido, a de Ramos, aclamaria a esperana de profundas transformaes na sociedade, negando apoio ao jogo poltico dos tiranos.

Estavam envolvidas, as duas multides, na luta dos trabalhadores, artesos, pastores, diaristas, comerciantes, assalariados, ceifadores, safristas: Eis que o salrio que sonegastes dos trabalhadores que ceifaram vossos campos alcanam os ouvidos do Senhor (Tiago 5,4). Sem terras, trabalhadores, gemem, enquanto sujeitos aos senhores da economia agrcola e pecuria desse tempo. O mendigo come com os ces, disputando um lugar prximo da mesa do rico (Lucas 16,16 ss); chicaneiros, cobradores comissionados (sistema bancrio), extorquem a populao constantemente sujeita a emprstimos, impostos, juros, injustificveis (Lucas 19.8; 3.14); juzes mandam confiscar bens de famlias emprobrecidas que no podem pagar o que o Estado cobra (Hebreus 10.34).

A populao pobre sofre boicote econmico, obrigada a racionamentos de produtos essenciais, quando a autoridade imperial manda impedir que pais de famlia no comprem e no vendam, a no ser o que o Estado permite (Apocalipse 13.17). Enquanto isso, a atividade religiosa, sob abusos apoiados em regulamentos religiosos, escorcha os fiis, obrigando-os ao dzimo compulsrio, pela ameaa de excluso e anatemizao. Intrpretes da Bblia do momento, escribas, so acusados de devorar os lares das vivas e fazer longas oraes consagratrias das ofertas compulsrias (Marcos 12.40).

preciso citar nomes, personagens da elite abastada, se eles so to conhecidos quanto o so personagens do Congresso, nos dias de hoje, envolvidos com a opresso de trabalhadores e do prprio povo? Em poucas palavras no se pode contar uma histria, como as relatadas pelos profetas bblicos ao longo de 1.000 anos de monarquias corruptas em Israel e de dominaes imperialistas que chegam Judia dos herodianos no tempo de Jesus e dos apstolos do Novo Testamento. A tragdia do povo bblico no se conta em dois pargrafos.

Uma condenao poltica morte difere muito da morte biolgica das criaturas da natureza. Ou seja, a morte compe o lugar do mistrio que se quer desvendar, mas no se consegue. uma espcie de buraco negro no espao da existncia humana, lugar onde a angstia de ser humano e finito apaziguada de uma vez por todas. A angstia quando se pergunta: morrer por qu? , conforme Heidegger, , dentre todos os sentimentos e modos da existncia humana, aquilo que pode reconduzir algum ao encontro de sua totalidade, sua plenitude. Atravs da morte em favor de outros; morte por uma causa de alto valor humanitrio. Quando oculta-se a necessidade de renovao, como sociedade, enquanto esse algum ressuscitaria solidria e incessantemente a vida digna, a liberdade, juntamente com o coletivo a seu redor.

O texto bblico escapa descrio, e vai alm. Por qu? Certamente porque a Ressurreio um ato de f, como a esperana que transcende compreenso humana. H pessoas portadoras de mensagens, enquanto a descrio da cena vai crescendo, impactando; enquanto se chama mais ateno para o acontecimento extraordinrio da Ressurreio do Senhor. Cristo come com os discpulos, e com eles bebe o vinho da comunho (eucharistia).

Falando da ressurreio do Senhor, falaremos tambm da interveno de Deus na histria dos sofredores que estiveram ausentes nas manifestaes ruidosas e espetaculares, recentes, nas grandes cidades brasileiras , vtimas dos pecados das estruturas de poder; vtimas dos prprios pecados, conivncia e omisso. Pecados da sociedade opressora que se sustenta na injustia e na desigualdade, e quer v-las prevalecer.

Os sacrificados na sociedade excludente, aquela em manifestaes insistentes em busca de cidadania seletiva, privilegiada, diferenciada, nostlgica quanto s desigualdades itidas em regimes autoritrios, colocam-se diante da histria recente da nao. Todas as ressurreies do corpo, econmicas, polticas, sociais, alm da ressurreio do prprio ser, am a ser possveis, sob o prisma da Ressurreio do Senhor.

Leia tambm

Entre Herodes e Pncio Pilatos: um dilema eleitoral (Robinson Cavalcanti)
A Igreja, o pas e o mundo (Robinson Cavalcanti)
Cristo, nosso reconciliador (Lausanne)
pastor emrito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como Pedagogia da Ganncia" (2013) e "O Drago que Habita em Ns (2010).
  • Textos publicados: 94 [ver]

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