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O Co de Caa do Cu e o Menino Sorriso 1s3243

Menino sorriso. Recebi este ttulo na infncia. No lembro de quem, s sei que ele me definiu at, aproximadamente, meus quinze anos. O meu sorriso sem graa era a mscara que escondia, ou revelava, minha timidez: a vil responsvel pela minha dificuldade em fazer amigos e que, consequentemente, me transformava naquele menino desajeitado que ningum queria no seu time na hora da educao fsica, que ficava por ltimo na hora de formar os grupos para os trabalhos, e que, por isso, se esforava para ser um bom filho e um aluno nota 10, para ser pelo menos notado. Mas enquanto eu procurava que os outros me vissem, os olhos do Co de Caa do Cu1 j estavam sobre mim, mesmo sem eu saber.

A minha vida comeou a mudar ainda na adolescncia, a partir de um simples convite. Eu j apreciava bastante o grupo de evanglicos que iam escola fazer apresentaes de peas teatrais, danas e cantavam msicas bem animadas. Ento, quando uma colega de sala me convidou para ir igreja evanglica, no tive nenhuma resistncia, mesmo eu sendo de uma famlia de tradio catlica.

Bastou eu ir uma nica vez naquele lugar para eu no querer mais sair de l e ficar longe daquelas pessoas. Eram adolescentes como eu, mas diferentes. Toda a energia, disposio e criatividade que adolescentes tm, eles usavam para servir a Deus. E, por incrvel que parea, no eram chatos. O melhor de tudo que me acolheram com um abrao que me revelou o amor de Deus de maneira muito especial. Aqueles adolescentes fizeram comigo o que a raposa pediu ao Pequeno Prncipe: me cativaram!

Me desculpem aqueles que gostam de fortes emoes, mas meu encontro com o Co de Caa do Cu foi simples e singelo. Sem queda de cavalo, sem conversa com mula, to pouco briga com anjo. Ele chegou na minha vida como aquela brisa suave de um final de tarde, mas tambm de forma muito concreta. As mos estendidas e os braos abertos daquelas pessoas, para as quais eu no tinha nada a oferecer, revelaram o amor daquele que deu a vida na cruz do Calvrio por mim.

E lembra daquele menino tmido que s sabia sorrir? Ele continuava sorrindo, mas agora era um sorriso sincero e cheio de vida. A partir do convvio com os adolescentes da igreja e a leitura da Bblia, o Esprito Santo foi plantando no corao dele a necessidade de arrependimento e de uma entrega incondicional a Jesus, como Senhor e Salvador. O menino risonho foi batizado e agora j estava cantando, fazendo teatro e dirigindo o culto nas reunies de adolescentes. Aprendeu todas essas coisas no pelo discurso, mas pelo exemplo, com aulas prticas em tardes ensolaradas indo de bicicleta fazer visitas a outros adolescentes ou indo em praas e escolas transmitir o evangelho por meio de peas e msicas. Na comunho, aprendia a ter uma vida santificada, compartilhar Jesus com outras pessoas e usar dons e talentos para servir a Deus.

J faz mais de dez anos que tudo mudou. O Menino Sorriso continuou sendo excludo na escola na hora de formar os times para o futebol, mas ele j nem se importava, pois percebeu que podia desfrutar de coisas bem mais interessantes. Ele tambm continuou sorrindo, mas agora o sorriso ganhou sentido. O solitrio ganhou amigos e a timidez deu lugar ao teatro, dana e msica. A vida acinzentada ganhou cor, beleza e uma trilha sonora harmoniosa, daquelas que s gente como Joo Alexandre ou o "Bituca" sabem compor. O Autor da Vida, como um excelente editor, arrumou as rimas pobres da pobre vida do Menino Sorriso e reescreveu os versos transformando num belo e rico soneto de misericrdia, amor e graa.

Nota
1. Referncia a Deus no poema Co de Caa do Cu, de Francis Thompson.

Phelipe M. Reis amazonense, jornalista e missionrio. esposo da Luze e pai da Elis.

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Foto: Unsplash.com.

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