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04 de janeiro de 2012
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Mudanas estruturais e superao da pobreza constituem principais pautas na Amrica Latina 256o6n
(Adital)2011 foi um ano muito agitado na esfera ambiental. Foi um ano de lutas contra a Reforma do Cdigo Florestal - que est mais para Cdigo Ruralista; de batalhas intensas para interromper a construo da hidreltrica de Belo Monte, que tambm pode se chamar de Belo Monstro, e foi ainda um ano de preparao e expectativas.
Boa parte destas expectativas j foi frustrada com o resultado da Conferncia das Partes da Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudana do Clima, ou simplesmente COP 17. O desfecho desse megaevento que aconteceu em Durban, na frica do Sul, de 29 de novembro at 11 de dezembro, foi frustrante para muitos ativistas, organizaes de meio ambiente e cientistas.
Enquanto se almejava comprometimento com o meio ambiente e a situao da Me Terra para conseguir curar as feridas do nosso planeta, o que se viu foi poderosos interessados em saber quanto e para quem se deve pagar para continuar poluindo, vulnerando, devastando.
Para Fabrina Furtado, do Jubileu Sul/Amricas e Brasil, que esteve em Durban durante a COP 17, entender este evento vai demorar um pouco, ser preciso "digerir. Aps acompanhar as negociaes sobre mercado de carbono, Protocolo de Kyoto e Reduo de Emisses por Desmatamento e Emisses (REDD), a ativista resume e joga um questionamento: "A COP mesmo uma conferncia de poluidores, um circo, e por quanto tempo vamos continuar sendo os palhaos?.
"Precisamos falar de uma nova sociedade, da recuperao e fortalecimento das relaes indgenas e tradicionais, solidrias, interdependentes e complementares entre os povos e entre a gente e a natureza. E no somente em mais ou menos emisses, mais ou menos transparncia, mais ou menos regulao, sentencia.
A ativista refora suas convices ao citar o documento do Jubileu Sul/Amricas: Rejeitamos a mercantilizao e a financeirizao da Natureza, as falsas solues do mercado, o endividamento imposto, a economia verde, os servios ambientais, que continuam lucrando com a destruio da vida. Nosso mundo no est venda, nossa dignidade, amor pela terra, saberes e culturas, tampouco. A Natureza, a Pachamama, a vida: No se vende, nem se endividam; Se defendem!
Tambm sobre a COP, o assessor do Frum Mudanas Climticas e Justia Social, Ivo Poletto, compartilha da opinio de Fabrina: nada de concreto foi decidido pelos governantes do planeta na direo do acordo necessrio para controlar as emisses de gases que aumentam a temperatura da Terra e agravam as mudanas climticas.
Diante desse desfecho, como se pode avaliar 2011? O que representou este ano na luta rumo justia social e ambiental? Avanamos? Retrocedemos? Estagnamos? Seguimos pelo caminho certo ou erramos tentando acertar?
Poletto sentencia: em 2011 "continuamos aumentando teimosamente nossa responsabilidade pelo desequilbrio que leva a Terra a no conseguir evitar eventos climticos extremos, com graves consequncias para todas as formas de vida.
Pelo visto, ainda temos muito o que fazer, evoluir, lutar, organizar, pensar juntos, construir coletivamente. Nesse sentido, os olhares se voltam para a Conferncia das Naes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentvel, a Rio +20. As esperanas se renovam com a realizao de mais um evento de grande porte, que reunir tomadores de decises em junho, no Rio de Janeiro (Brasil).
Mas ser que a Rio+20 deve mesmo ser considerada a tbua de salvao? Para Pedro Ivo Batista, coordenador da Rede de Integrao dos Povos (Rebrip), no h como saber se a Conferncia sobre Desenvolvimento Sustentvel vai ser melhor ou pior que a COP17. " uma incgnita, diz.
Pedro explica que a pauta do evento de junho de 2012 limitada e menos extensa que a da COP 17. Diferente da Conferncia sobre Mudanas Climticas, os temas - Economia Verde e Desenvolvimento Sustentvel - j esto definidos. "H um risco de as decises do evento no representarem um avano muito grande porque a pauta diminuda diante dos desafios e no toca problemas de fundo, opina.
E 2012?
No prximo ano, quais questes devero permear as mentes e os coraes da populao e dos ativistas sociais? Rubens Harry Born, coordenador executivo da instituio scio-ambiental Vitae Civilis, aposta, com base na COP 17, que em nvel mundial voltar a ganhar fora os desafios relacionados mudana climtica.
"No esto claras as metas de emisses dos pases ricos. Como se garantir as promessas dos 30 bilhes de dlares para ajudar os pases pobres?, questiona.
Olhando para o Brasil, Harry Born aposta na continuidade dos embates em torno do Cdigo Florestal. Outro ponto ser a discusso sobre megaprojetos - siderrgicas, mineradoras e hidreltricas - versus desenvolvimento segundo a realidade regional.
As previses j foram feitas, ento, que venha 2012. O indicativo dos movimentos sociais e ambientais no de descanso, mas de muito trabalho, todos, sem exceo, asseguram que a luta continua.
04 de janeiro de 2012
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