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Massacre no Natal on5g

Levanta-te, pega o menino e sua me e foge para o Egito. No meio do tempo da Natalidade, o Evangelho fixa nossa ateno numa realidade muito humana da vida de Jesus. Ele nasce tambm debaixo de um decreto cuja inteno primeira era a de mobilizar os meios de arrecadao tributria para conhecer os nmeros, identificar os possveis devedores de impostos, estivessem onde estivessem. Engordavam-se os cofres de um imprio cruel, desumano, insensvel misria dos milhes de oprimidos, desapoderados; sem dignidade, sem cidadania, escravizados pelos sistemas econmicos apoiados pela religio dominante e pela poltica de seu pas.

Como hoje, prevalecia o deboche dos opulentos sobre os mais fracos, dos controladores da sociedade que festejam o Natal com seus coquetis de absinto e herona, e comprimidos mgicos de ecstasy, embriagados e excitados com o luxo e sucesso econmico, enquanto vivem a hipocrisia da abundncia (haja o que consumir para satisfazer a sociedade do lixo e do desperdcio!).

Cabe-nos observar a luz que se derrama sobre os imprios sagrados da economia mundial e suas impiedades estruturais (Mt 2.7), mantenedores de abismos entre bem-postos e miserveis. Augusto, imperador, era considerado divino; algum que quer ter o poder sagrado de controlar, submeter, recolher tributos, royalties, taxas de emprstimos, de todos os habitantes da terra que, no seu entender de governante mundial, lhe devem e tm que pagar, irrevogavelmente (Domiciano, pouco depois, comovido, declararia sem rebuos: eu sou Deus!).

A fome e a misria eram o cenrio onde nasciam os menininhos pobres e carentes como ele, perigo para a sociedade que j os exclua imediatamente, dispondo-se a extermin-los. Logo depois, essa mesma sociedade promovia ou apoiava um genocdio, entre os mais clamorosos das histrias sobre crianas na Bblia (Dt 2.33-34: ...Destrumos mulheres e crianas). Os meninos do tempo de Jesus nasciam condenados morte desde o nascimento. Hoje, seus irmozinhos, em todo o mundo, que nascem tambm com essa condenao. O menino nascia na estrebaria e era embalado num bero improvisado. Nem romantismo, nem falsa humildade. Ensinaram errado... sombrio o natal de Jesus, como o de seus irmozinhos do Terceiro Mundo.

Todos os anos a ONU (Organizao das Naes Unidas) publica ndices de (des)qualidade de vida, e nosso pas, entre os de economia mais slida no mundo, sempre est entre os ltimos desse planeta (IDH 73%, 2010). Onde estaria essa pobreza que os poderes pblicos no item? A eles, os pobres e miserveis, o reino de Deus e a sua justia eram anunciados e ofertados por discpulos e apstolos de Jesus Cristo. Ele est entre os milhes de excludos de nossa poca (Mt 25.37-39: Quando te vimos doente... clandestino entre bolivianos imigrantes nos cortios de So Paulo nu, com sede, fome, desnutrido e com frio....)

A Natalidade do Senhor tempo de esperana porque Deus resgata o povo pobre e sem valor, lixo social, e o chama para o centro da histria da salvao. Mateus nos apresentar a concepo de Jesus por obra do poder divino. Um sobrevivente da misria. Mas tambm por esse poder que a famlia do menino nascido de mulher resistir aos poderes polticos, econmicos e religiosos atrelados para o extermnio da esperana: genocdio social que parece no cessar nunca. Estudos feitos por paleopatologistas, analisando a poca de Jesus e dos apstolos, indicam doenas infecciosas e desnutrio generalizadas. Por volta dos 30 anos a maioria das pessoas sofria de verminose 50% dos restos de cabelo encontrados nas escavaes arqueolgicas tinham lndeas de piolhos , tinham dentes destrudos e corpos fisicamente arruinados. Por exame do DNA, identificaram-se doenas endmicas, e resultados da desnutrio e da fome naqueles dias. Realidade que no mudou para 2 bilhes do planeta. E mais de 1 bilho de crianas, morrendo por causa da fome e desnutrio.

A histria da humanidade espera com pacincia o triunfo dos humilhados (Tagore). Vimos no GloboNews a maravilhosa poeta mineira Adlia Prado. Perguntada sobre "o que ela espera...", numa confisso comovente, respondeu com longa reflexo sobre o sentido da vida: "Espero Jesus!". Neste Natal, refletiremos sobre as sociedades herodianas de nosso tempo? Mais uma vez, se pudessem, matavam o menino sem-nada no bero e j o ameaariam de extermnio. Mas a esperana de vida est no menino sobrevivente, como a borboleta, que tem asas e muitas cores... Jesus nasceu e deixou-nos a lio dos sobreviventes. Para que todos tenham direito vida (...Eu sou o caminho, a verdade e a vida). Com base na Natalidade do Senhor, podemos esperar a superao do escndalo do Natal pago de todos os tempos.
pastor emrito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como Pedagogia da Ganncia" (2013) e "O Drago que Habita em Ns (2010).
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