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29 de maio de 2025
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Marcas bblicas na psicologia e na psiquiatria 294f60
Bblia e Psiqu: um convite a vislumbrar o invisvel presente na vida e obra dos pioneiros da psicologia e psiquiatria
Por Karin H. Kepler Wondracek
Se h uma frase que pode abrir o significado desta obra, est no incio do primeiro captulo: Questes que marcam o psiquismo humano colocado diante do Mistrio, explicita Ageu Lisboa, um dos autores-organizadores.
A metfora que me surge ao ler o livro Bblia e Psique marcas bblicas na psicologia e na psiquiatria daqueles culos usados para enxergar na escurido. Os autores e autoras convidam-nos a vislumbrar o invisvel presente na vida e obra dos pioneiros da psicologia e psiquiatria. Em outras palavras, somos convidados a escavar suas razes no sagrado. Tome este o nome que tiver judasmo, catolicismo, presbiterianismo, metodismo, budismo, avivalismo, hassidismo, Bblia de Phillipson , somos convidados a perscrutar o inaparente, o invisvel, o mistrio e seus destinos na obra de nossos mestres e precursores.
O interesse nessa escavao das razes importa a tericos e clnicos, pois, alm dos conceitos, as concepes ontolgicas e antropolgicas repercutem na escuta e prtica clnicas, como nos informa a organizadora Heliane Leito e sua colega Gabriela Mouro.
Somos presenteados com uma paisagem que inclui o que a histria separou: temos psiquiatras dialogando com psiclogos, temos Freud ao lado de Jung e Frankl; Skinner perto de Rogers, e somos informados das fortes influncias religiosas sofridas por eles, bem como dos destinos das mesmas, na maior parte no explicitado. Surpreende-nos o profundo conhecimento bblico de Wilhelm Reich, e somos desafiados a ter mais discernimento na atualidade. Como contraponto, nos alegramos com a educao religiosa em liberdade da infncia de Winnicott e podemos compreender o belo destino que esta recebeu em sua vida e obra.
Como acontece na vida, somos brindados com a justaposio de cincia e mito, fantasia e verdade, conhecimento literrio e conhecimento cientfico. No precisamos tomar partido... somos convidados a contemplar o percurso de cada pioneiro, as influncias que recebeu da Bblia e o que foi feito dessa herana.
As biografias mostram tambm o peso de certas influncias religiosas, que colocaram fardos pesados em costas jovens, por vezes redundando no rechao ao religioso que permeia teorias e prticas clnicas. Jesus j criticava os fariseus por esse peso, e a tradio crist ainda no fez sua mea culpa por seguir nessa prtica funesta. Nossos consultrios continuam recebendo pessoas neurotizadas e feridas em nome de Deus.
Como aponta Roberto Rosas Fernandes, a condio humana est permeada pelo ser humano religioso, seja qual for o destino explcito da crena. A falta dessa perspectiva j empobreceu demasiadamente a cultura. Os autores nos auxiliam justamente no resgate do tesouro simblico perdido: as histrias bblicas trabalhadas nos diversos captulos mostram a riqueza do solo judaico-cristo para auxiliar terapeutas a acolher o sofrimento dos seus pacientes.
Somos agraciados tambm pelos bastidores bblicos de organizaes de auxlio mtuo, como os Alcolicos Annimos, a Cruz Azul e a Associao Crist de Moos. Ficamos sabendo que foi a sabedoria bblica a sua fonte de inspirao na fundao. Coerentes com esse legado, at hoje resgatam pessoas atoladas nos lamaais da dependncia txica.

Agora vem-me mente a Parbola dos Talentos de Mateus 25.14-30: um senhor, antes de viajar, distribui suas riquezas para que os empregados as multipliquem em sua ausncia. No retorno, aqueles que as multiplicaram so elogiados e convidados a entrarem no gozo do seu mestre. As reprimendas vo para o servo que, cheio de temor pela severidade do patro, enterrou o talento para conserv-lo at o seu retorno.
Esses pioneiros no tiveram o temor desse ltimo servo eles multiplicaram o conhecimento bblico e se tornaram mestres. Podemos no concordar com a totalidade dos seus frutos para isso temos o nosso prprio discernimento , mas que no seja o nosso preconceito a nos guiar!
Talvez o servo amedrontado possa ser comparado a quem no tem a coragem de explicitar influncias recebidas e as enterra. A psicologia moderna, muitas vezes, quis enveredar por esse caminho de negao e represso. Felizmente, Bblia e Psique ajuda-nos a desvelar e iluminar o legado judaico-cristo da nossa psicologia e psiquiatria.
Coloque os seus culos de ver o que est na escurido... e boa leitura! E que, no caminho, se sinta convidado a contemplar as suas prprias razes no solo do sagrado!
Prefcio ao livro Bblia e Psiqu Marcas bblicas na psicologia e na psiquiatria. Ageu H. Lisboa / Deborah C. Esquarcio / Heliane A. L. Leito.
REVISTA ULTIMATO LIVRA-NOS DO MAL
O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteo.
O que sabemos sobre o mal? A que textos bblicos recorremos para refletir e falar do assunto? Como o mal nos afeta [e como afetamos outros com o mal] e porque pedimos para sermos livres dele? Por que os cristos e a igreja precisam levar esse assunto a srio?
disso que trata a matria de capa da edio 413 da revista Ultimato. Para , clique aqui.
Saiba mais:
Bblia e Psiqu Marcas bblicas na psicologia e na psiquiatria. Ageu H. Lisboa / Deborah C. Esquarcio / Heliane A. L. Leito
Caminhos da Graa Identidade, crescimento e direo nos textos da Bblia, Karin Helen Kepler Wondracek
Por Karin H. Kepler Wondracek

A metfora que me surge ao ler o livro Bblia e Psique marcas bblicas na psicologia e na psiquiatria daqueles culos usados para enxergar na escurido. Os autores e autoras convidam-nos a vislumbrar o invisvel presente na vida e obra dos pioneiros da psicologia e psiquiatria. Em outras palavras, somos convidados a escavar suas razes no sagrado. Tome este o nome que tiver judasmo, catolicismo, presbiterianismo, metodismo, budismo, avivalismo, hassidismo, Bblia de Phillipson , somos convidados a perscrutar o inaparente, o invisvel, o mistrio e seus destinos na obra de nossos mestres e precursores.
O interesse nessa escavao das razes importa a tericos e clnicos, pois, alm dos conceitos, as concepes ontolgicas e antropolgicas repercutem na escuta e prtica clnicas, como nos informa a organizadora Heliane Leito e sua colega Gabriela Mouro.
Somos presenteados com uma paisagem que inclui o que a histria separou: temos psiquiatras dialogando com psiclogos, temos Freud ao lado de Jung e Frankl; Skinner perto de Rogers, e somos informados das fortes influncias religiosas sofridas por eles, bem como dos destinos das mesmas, na maior parte no explicitado. Surpreende-nos o profundo conhecimento bblico de Wilhelm Reich, e somos desafiados a ter mais discernimento na atualidade. Como contraponto, nos alegramos com a educao religiosa em liberdade da infncia de Winnicott e podemos compreender o belo destino que esta recebeu em sua vida e obra.
Como acontece na vida, somos brindados com a justaposio de cincia e mito, fantasia e verdade, conhecimento literrio e conhecimento cientfico. No precisamos tomar partido... somos convidados a contemplar o percurso de cada pioneiro, as influncias que recebeu da Bblia e o que foi feito dessa herana.
As biografias mostram tambm o peso de certas influncias religiosas, que colocaram fardos pesados em costas jovens, por vezes redundando no rechao ao religioso que permeia teorias e prticas clnicas. Jesus j criticava os fariseus por esse peso, e a tradio crist ainda no fez sua mea culpa por seguir nessa prtica funesta. Nossos consultrios continuam recebendo pessoas neurotizadas e feridas em nome de Deus.
Como aponta Roberto Rosas Fernandes, a condio humana est permeada pelo ser humano religioso, seja qual for o destino explcito da crena. A falta dessa perspectiva j empobreceu demasiadamente a cultura. Os autores nos auxiliam justamente no resgate do tesouro simblico perdido: as histrias bblicas trabalhadas nos diversos captulos mostram a riqueza do solo judaico-cristo para auxiliar terapeutas a acolher o sofrimento dos seus pacientes.
Somos agraciados tambm pelos bastidores bblicos de organizaes de auxlio mtuo, como os Alcolicos Annimos, a Cruz Azul e a Associao Crist de Moos. Ficamos sabendo que foi a sabedoria bblica a sua fonte de inspirao na fundao. Coerentes com esse legado, at hoje resgatam pessoas atoladas nos lamaais da dependncia txica.

Agora vem-me mente a Parbola dos Talentos de Mateus 25.14-30: um senhor, antes de viajar, distribui suas riquezas para que os empregados as multipliquem em sua ausncia. No retorno, aqueles que as multiplicaram so elogiados e convidados a entrarem no gozo do seu mestre. As reprimendas vo para o servo que, cheio de temor pela severidade do patro, enterrou o talento para conserv-lo at o seu retorno.
Esses pioneiros no tiveram o temor desse ltimo servo eles multiplicaram o conhecimento bblico e se tornaram mestres. Podemos no concordar com a totalidade dos seus frutos para isso temos o nosso prprio discernimento , mas que no seja o nosso preconceito a nos guiar!
Talvez o servo amedrontado possa ser comparado a quem no tem a coragem de explicitar influncias recebidas e as enterra. A psicologia moderna, muitas vezes, quis enveredar por esse caminho de negao e represso. Felizmente, Bblia e Psique ajuda-nos a desvelar e iluminar o legado judaico-cristo da nossa psicologia e psiquiatria.
Coloque os seus culos de ver o que est na escurido... e boa leitura! E que, no caminho, se sinta convidado a contemplar as suas prprias razes no solo do sagrado!
- Karin Hellen Kepler Wondracek, psicanalista, doutora em teologia (EST, So Leopoldo, RS). membro pleno e docente da Sigmund Freud Associao Psicanaltica, pesquisadora das relaes entre psicanlise, fenomenologia da vida e religio, membro do grupo de trabalho Psicologia & Religio da ANPEPP Associao Nacional de Pesquisa e Ps-graduao em Psicologia, e membro pleno do PC Corpo de Psiclogos e Psiquiatras Cristos.
Prefcio ao livro Bblia e Psiqu Marcas bblicas na psicologia e na psiquiatria. Ageu H. Lisboa / Deborah C. Esquarcio / Heliane A. L. Leito.

O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteo.
O que sabemos sobre o mal? A que textos bblicos recorremos para refletir e falar do assunto? Como o mal nos afeta [e como afetamos outros com o mal] e porque pedimos para sermos livres dele? Por que os cristos e a igreja precisam levar esse assunto a srio?
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