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Luta anti e luta pr 326u5x

Dia nacional da luta antimanicomial
Por Uriel Heckert

Chegamos a mais um 18 de maio, aclamado como dia nacional da luta antimanicomial. Momento de celebrar o que foi alcanado, de avaliar acertos e erros, de avanar na promoo de melhores condies de sade e vida para a nossa sofrida populao.

Remeto-me aqui ao que ocorreu com duas pessoas, aproximadas de mim por diferentes vias. Desde os primeiros anos, ambas manifestaram embaraos no neurodesenvolvimento, tornando-se usurias dos servios de sade mental. Foram criadas em famlias bem constitudas, em bairro de classe mdia da nossa cidade. Dificuldades surgiram quando afloraram os impulsos da juventude: busca por ampliar a sociabilidade, por integrao grupal, por relacionamentos afetivos... a trajetria inicial foi semelhante, mas os desfechos bem diversos.

Eu as chamarei Claudia n 1 e Claudia n 2. A primeira, em certa manh, encontrou na soleira da porta um folheto deixado pelos jovens da igreja evanglica prxima. Pensou rasg-lo e jogar no lixo, mas deteve-se no endereo e decidiu ali comparecer logo naquele domingo. A acolhida f-la sentir-se valorizada e estimulada a voltar. A visita do pastor e esposa, logo na semana seguinte, incentivou-a ainda mais. Eles queriam conhecer a famlia, saber da aprovao dos pais, incentiv-los a acompanhar a filha... isso no se deu, seno para inteirarem-se de onde a filha estava participando; e em ocasies especiais.

Pronto, a deciso estava tomada e perdura por mais de 30 anos. Eu fui logo solicitado para orientar no modo de lidar, nalgum cuidado especial, insistindo para que a medicao prescrita pelo seu mdico no fosse interrompida. Claudia n 1 cita com orgulho o seu primeiro dia na comunidade, a data do batismo e profisso de f (primeira comunho); e, anos depois, a festa de seu casamento, com algum de perfil semelhante ao seu.

Claudia n 2 era minha cliente no consultrio. Ao descobrir que eu frequentava aquela igreja, prxima sua casa, quis fazer o mesmo; e insistiu por alguns domingos, chegando com sua desinibio, com sua afetividade ingnua, feliz com a recepo que encontrava. Contudo, isso no agradou famlia, apegada religio tradicional. A me viva segurou-a o quanto pode, at que tambm veio a faltar. Os irmos cuidaram ento de culminar a represso. Optaram por outro mdico que aquiesceu s presses para hospitaliz-la, onde ela restou definitivamente. Nas poucas vezes que fui quele nosocmio, por outras circunstncias, eu a vi aos prantos, implorando por ser tirada de l. Soube que, com o ar dos anos, confinada, sedentria, sob o estresse e as violncias do ambiente hostil, desenvolveu alteraes metablicas, tornando-se obesa, diabtica e hipertensa. Sucumbiu ali, privada das oportunidades com as quais sonhara e buscara.

O primeiro apelo pela reforma psiquitrica, em nossa cidade, deu-se em 1981, com a exibio do filme-denncia Em nome da razo. J em 1984 compnhamos a comisso interinstitucional de sade mental, coordenada pelo colega psiquiatra Mrio Srgio Ribeiro. Muita coisa foi feita desde ento, na busca de reverter a centralidade hospitalar da assistncia. Na caminhada, encontramos radicalizaes ainda no superadas, discursos inflamados nem sempre congruentes com a prtica.

Enquanto isso, silenciosamente, outras instituies da sociedade cumprem importante papel, alm daquilo que os servios profissionais e pblicos conseguem oferecer. So instncias que lutam construtivamente, pr-movendo sade e bem-estar.

Leia mais:
>> Doenas que pouco matam e muito fazem sofrer
>> Entre dores e amores: comunho na comunidade
Uriel Heckert, doutor em psiquiatria pela Universidade de So Paulo, professor aposentado da Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos fundadores do Corpo de Psiclogos e Psiquiatras Cristos.
  • Textos publicados: 10 [ver]

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