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Literatura fantstica crist 1x3872

A literatura fantstica, s vezes chamada de fico, tem uma grande variedade de estilos e propsitos. Alguns escritores de fico optam por criar histrias com situaes extraordinrias e impensveis para o leitor comum, sem se preocuparem muito em fazer paralelos com o mundo real no qual vivemos, como Isaac Asimov, autor de fico cientfica. Outros, como Aldous Huxley (autor de irvel Mundo Novo) e George Orwell (autor de 1984), incluem uma tentativa de descrever um futuro plausvel a partir da realidade presente.

Escrevo aqui sobre a fico crist e o seu papel na exposio da mensagem e de valores aos leitores. Temos poucos desses livros escritos por brasileiros e poucos traduzidos para o portugus. John White e George Mac Donald esto entre os autores de fico crist praticamente sem traduo. O mais conhecido entre os traduzidos para o portugus C. S. Lewis, escritor da srie Nrnia, da trilogia do espao (Longe do Planeta Silencioso, Perelandra e Essa Fora Medonha), alm de O Grande Abismo. A fico crist mais conhecida entre ns (C. S. Lewis) tem forte teor alegrico (personagens e fatos facilmente identificveis na vida real).

O poder de comunicao das estrias tremendo. Usamos essas estorinhas como parbolas para ensinar nossas crianas. A fico alegrica desperta nossa curiosidade e nos transporta para um mundo que pode ser sonhado e talvez alcanado. Jesus usou parbolas para trazer entendimento de coisas profundas at pessoas simples. Em suas parbolas ele usava personagens e fatos bem conhecidos do povo, possibilitando a identificao de cada um com a estria contada.

Assim como nas parbolas de Jesus, uma das caractersticas que me chama a ateno nesse tipo de fico o poder proftico e estimulador, desde que mantida a fidelidade do autor s escrituras. O poder proftico, tanto para exortar como para consolar, exercido pela nossa identificao com um ou mais personagens da estria. Na parbola do filho prdigo, por exemplo, Jesus ligou o incomivo irmo mais velho aos fariseus (exortao), ao mesmo tempo em que mostrava aos desgarrados a esperana da restaurao atravs da volta ao Pai (consolao).

Tenho o hbito de ler vrias vezes o mesmo livro de fico crist. Percebi que me identifico com pessoas e situaes de tal forma que me sinto dentro da estria. Vejo nos personagens meus prprios defeitos e dilemas. As solues encontradas dentro das estrias tambm me ajudam muito. Ao reler esses livros estou revisando as situaes, relembrando as solues encontradas e renovando as esperanas na soluo dos problemas. s vezes tenho at saudade de uma ou outra estria, como tenho de alguns lugares que gostaria de revisitar. Nessas estrias, os heris, geralmente frgeis, me fazem querer ser esse tipo de heri: fraco, mas corajosamente perseverante; com problemas, mas com a esperana que o move para frente; com tropeos, mas com o perdo que o levanta; com choro, mas com a consolao que se torna semente do jbilo; com fracassos que o humilham para lev-lo sabedoria da dependncia de Deus.

Outra caracterstica fantstica das estrias que elas atingem pessoas de qualquer idade. Acredito que h poucas pessoas que no gostam de ler ou ouvir estrias. Nessa caracterstica est a esperana e o perigo da fico. A esperana por ela ser capaz de levar uma boa mensagem a todo um povo. Perigo por ser capaz de levar uma mensagem destrutiva a todo um povo. As estrias so caixas atrativas e apetitosas que podem levar bom ou mau alimento. No meu entender a igreja brasileira tem feito pouco uso desse instrumento. Penso que isso ocorre at em algumas pregaes. Creio que se acrescentssemos estrias e experincias s informaes que trazemos ao plpito, as mensagens poderiam se tornar mais inteligveis, mais atraentes, dando algum sabor quelas que poderiam ser tachadas de chatas. Uma pregao pode ser muito bem preparada, at erudita, mas as estrias conseguem dar simplicidade s coisas profundas e fazer com que elas sejam entendidas por todos. Acho que a atrao pelas estorinhas faz com que nossas crianas gostem das historinhas bblicas. Infelizmente essas historinhas so contadas no mesmo contexto das estorinhas.

Os super-heris da telinha nem sempre so separados dos nossos heris da f. Talvez estorinhas alegricas nos ajudassem a conduzir nossas crianas s historinhas bblicas, assim como as parbolas de Jesus conduzia o povo verdade da palavra de Deus. As possibilidades para o uso sadio, tanto das parbolas e estorinhas, como dos livros de fico crist, so enormes. Mesmo entre os pregadores esses textos podem ser usados de forma muito efetiva. J perdi as contas das pregaes e treinamentos onde eu usei textos de fico crist. No esqueamos que Pentecostes amigo da boa comunicao enquanto que Babel f dos mal-entendidos. Quando percebo alguma dificuldade de meus ouvintes em entender algo, ou em se concentrar no que eu estou falando, costumo logo falar por exemplo e entrar com uma estria que substitui minha explicao original. A boa comunicao agradece.

Jos Miranda Filho foi presidente da ABUB (Aliana Bblica Universitria do Brasil), ministrio este ao qual ele est envolvido h mais de trs dcadas.

Leia tambm
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Ontem Esponja, Amanh Peneira (Marcos Botelho e Victor Fontana)
Surpreendido pela Alegria (C. S. Lewis)

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