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Insuficincia da orao e ambivalncia da experincia de f (parte 1) 6xk4

Anderson Clayton

Na concepo do telogo Bernhard Hring, existe sempre uma dimenso poltica presente na antropologia da orao. Esta afirmao pode causar suspeita ou estranheza a alguns crentes. Mas, o que significa esta dimenso poltica da orao? A resposta mais provvel seria que a orao o instrumento da f pelo qual se busca promover uma mudana qualitativa da realidade, tanto interna quanto externa ao ser humano.

Mas tanto nesta quanto naquela, quase inevitvel no itirmos que haja na prtica da orao uma inteno poltica orientando sua psicologia para a direo da realizao de sua prpria vocao: a de produzir mudanas na realidade vivida. Pens-la como uma relao de amizade desprendida do evento desejado parece ser um discurso quimrico, sem efeito retrico nos dias atuais.

A orao, a partir do sculo 18, comea a ser entendida como sintoma de fragilidade cognitivo-racional. A atitude de orao significa, para Immanuel Kant, uma demonstrao de fraqueza racional. O conceito de autonomia, no Ocidente ps-iluminista, legou sua chancela de triunfalizao da razo autodeterminada. Para Ludwig Feuerbach, por exemplo, a orao ocupa uma funo teraputica de aliviar o corao oprimido e os segredos que angustiam a alma do cristo, a fim de possibilitar ao mesmo a certeza da realizao dos seus desejos.

A secularizao subjetiva de que nos fala o socilogo Peter Berger despotenciou do imaginrio da f a angstia pela eternidade, deslocando a ateno do cidado moderno para a imediaticidade que decorre do suor do trabalho empreendido pelo pragmatismo da nova geografia humana que figura o horizonte axiolgico da chamada tecnpolis (Harvey Cox).

A psicologia da secularizao tem eliminado, progressivamente, a possibilidade de se experimentar uma existncia reflexiva na atitude de orao. A demanda por uma racionalidade funcional, capaz de produzir bons dividendos para um tempo que custa dinheiro, e que satisfaz as exigncias de um sistema axiolgico que prioriza os resultados imediatos, acaba criando um complexo de inadequao social naqueles que se submetem a uma outra compreenso de mundo, na qual se prospectiva o futuro do presente a partir da esperana da f atravs da vida de orao. Por que a pratica da orao se tornou algo to desinteressante mesmo para o crente que vive no mundo moderno? O que h nele que tornou suprflua a busca de uma vida de orao?

Uma das afirmaes mais perspicazes da modernidade tecnocrtica a de que o advento da tecnologia prescinde a necessidade de se esperar por um milagre. Alis, para alguns socilogos, no a religio, e sim a tecnocincia a protagonista da realizao de grandes milagres na sociedade moderna. As curas fsicas, provenientes dos avanos tecnocientficos, tem sido disponibilizadas queles que tm o a um bom planos de sade, por exemplo, e que atravs dos mesmos podem ver suas necessidades reais serem supridas imediatamente atravs do uso deste recurso.
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