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Eu nunca vou perdoar! 335x6h

Neste ms da famlia, republicamos no Ultimatoonline o artigo da seo Casamento e Famlia publicado na atual edio da revista Ultimato (354). Os autores Carlos Catito e Dagmar Grzybowski discutem a difcil questo do perdo no contexto familiar. De fato, a frase Eu nunca vou perdoar, infelizmente no rara. Leia o artigo a seguir.

***

Eu nunca vou perdoar!

Esta frase est muitas vezes presente em conflitos familiares e conjugais e expressa os sentimentos de dor de uma pessoa que sofreu um dano ou foi ferida por condutas de uma pessoa prxima de quem esperava acolhimento e amor.

Quando somos feridos, temos de fato uma deciso bastante difcil pela frente: perdoar ou manter a mgoa? Algumas pessoas dizem, com sinceridade, que perdoam, mas no conseguem esquecer o evento que causou a dor, tampouco conseguem relacionar-se novamente com quem lhes causou o dano e o sofrimento -- mesmo quando tal pessoa o prprio cnjuge.

Aqui est um erro comum na interpretao do significado do perdo -- perdoar significa esquecer. Nossa memria o mais poderoso HD que existe e nenhuma de nossas experincias nela gravadas apagada, salvo por alguma doena ou traumatismo. Muitas coisas podem ficar escondidas em cantos remotos da memria e serem de difcil o, especialmente quando acumulamos experincias, mas jamais so apagadas e com algum esforo podem ser adas.

Ento, se perdoar no significa esquecer, o que realmente perdoar? Talvez a minha resposta no seja muito teolgica, mas perdoar livrar-se da compulso neurtica da repetio. Explico melhor: enquanto no perdoamos o dano que sofremos, a nossa tendncia ficar repetindo para ns mesmos o que o outro nos fez, que no merecamos isso (especialmente nos casos de traio conjugal), que aquilo que sofremos di demais, que somos infelizes pelo dano que sofremos etc. Essa repetio contnua -- para ns mesmos ou para os que nos rodeiam -- uma espcie de neurose. Livrarmo-nos disso sempre um sinal de sade emocional.

Sendo assim, o perdo o caminho que Deus nos oferece para nos livrarmos da compulso neurtica da rememorao do dano e da dor sofridos. Perdoar poder escolher de novo. reconhecer que os outros no so responsveis por nossa infelicidade. Entretanto, esse no um caminho simples. Existem alguns aspectos que precisam ser observados no processo de perdo.

Em primeiro lugar, precisamos entender que o perdo algo que fazemos em benefcio prprio. Por qu? Quando eu posso, de forma honesta e sincera, dizer: Fui ferido, fui magoado, no merecia isso, mas aconteceu e agora quero parar de repetir isso e decido perdoar o outro, ento o para uma nova dimenso -- a da liberdade que posso experimentar.

Todavia, somos relutantes em perdoar porque, em segundo lugar, perdoar arriscar-se a ser ferido novamente. E se o outro fizer de novo? Vou ar por idiota? Como vai ficar minha autoestima? preciso correr esse risco se queremos gozar de sade emocional. Creio que seja por esse motivo que Jesus nos incentiva a perdoar 70 x 7 -- por nossa sade emocional.

Por fim, o perdo nos leva participao na comunicao trinitria, pois abre a possibilidade de criar o novo. O perdo conduz a pessoa a um novo mbito relacional, reafirmando a coparticipao na vida -- somos membros uns dos outros e isso nos constitui em um novo modelo de famlia. O perdo a reintegrao do filho que estava longe na busca de perverses oferecidas em outra regio, mas que volta a si (estava fora de si -- louco) e regressa para a casa do pai.

Neste sentido, o exerccio do perdo produz uma reestruturao familiar inclusiva -- um emparentamento, fazendo do outro um parente, irmo em Cristo. Este o ministrio da reconciliao a que somos chamados (2Co 5).

Carlos Catito e Dagmar so casados, ambos psiclogos e terapeutas de casais e de famlia. So autores de Pais Santos, Filhos Nem Tanto. Acompanhe o blog pessoal dos autores.









Leia tambm
Crises e perdas na famlia consolando os que sofrem
Culpa e perdo, mancha e purificao (Ultimato 334)
Perdo (Rubem Amorese)

Foto: DeathtoStock /Creative Community8

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