Dois "brazucas" no Misso SMS 1w4e27

Jovens, jovens, jovens...
Jovens cuidando da cozinha...
Jovens cuidando da logstica e do transporte...
Jovens preparando as palestras e minicursos...
Jovens fazendo tudo...
E pra variar alguns pr-adolescentes cuidando da pequena "venda" (mercadinho/cantina)...

Foi isso que vimos ao chegarmos ao El-Retoo, acampamento/rancho da JPC Juventude Para Cristo do Uruguai. Nossos primeiros pensamentos foram: Isso no vai dar certo!... Onde esto os adultos para coordenar tudo isso?.

O mais intrigante que s depois percebemos que os adultos estavam l, porm tinham um esprito to jovem e uma vivacidade to grande que avam despercebidos no meio dos demais.

Como se no bastasse, fomos impactados com a hospitalidade de nossos irmos uruguaios, argentinos e peruanos, que, de to grande, superou em muito aquela atribuda a ns brasileiros (e isso tudo era apenas uma espcie de pr-encontro uma vez que chegamos dois dias antes do incio do evento).

Quando de fato comeou o Encuentro Latinoamericano de Jvenes Misin SMS -- Sin Miedo a Soar (Encontro Latino-Americano de Jovens Misso SMS -- Sem Medo de Sonhar), descobrimos que no haveria designao melhor para tal evento do que encontro. Desde a abertura, na verdade desde de antes dela, em todas as atividades, em cada dinmica, oficina, palestra, tudo nos levava a uma nova e mais elevada dimenso do significado transcendente de encontro: do nosso encontro com o prximo, e no apenas o encontro fsico por meio de um aperto de mo e coisas desse tipo, mas, sobretudo, o encontro de ideias, vises, pensamentos e teologias, convergentes ou divergentes, sobre um determinado assunto, abrindo caminho para a um dilogo sadio e cristocntrico sobre nossas posies e atitudes (enquanto cristos no que tange a justia-social) e nosso papel como corpo de Cristo na misso integral.

Mas tambm houve momentos de desencontros! Sim, desencontros. Desencontro de nossas ideias formais sobre o texto bblico e as propostas de um novo olhar para este e seus personagens, a fim de enxergar neles o entusiasmo e a urgncia de Deus quanto a efetivao da misso integral deixada para ns que somos dele.

Em todo tempo fomos convidados a deixar nossa zona de conforto, mental e/ou fsica, para experimentar novas sensaes, medos e alegrias e desequilibrar aquilo que, para ns, j estava bem aprumado.

Caminhando num processo quase Piagetiano, fomos levados a um nvel mais profundo e abrangente de entendimento dos sofrimentos e dissabores vivenciados num mundo desprovido do mnimo de justia social.

Tal abordagem, muito bblica e cristocntrica, colocou a todos ns no mesmo saco onde esto aqueles a quem chamamos de excludos, lembrando-nos que estamos todos, sem exceo, imersos nesta mesma porcaria em que o mundo se tornou depois da queda do ser humano (o que, claro, gerou um imenso desconforto e desencontro com a convico vigente na maioria de ns).

Tais desencontros levaram todos ao incontestvel encontro com Jesus, aquele que no apenas quer salvar a alma, como tambm redimir o indivduo de suas mazelas sociais. Aquele que clama por justia social para todos, alm de ordenar o cuidado e compreenso para com os pobres e oprimidos, e no s por desencargo de conscincia ou obrigao religiosa, mas como fruto de uma vida cristocntrica.

Para coroar tantos encontros os participantes, de acordo com seus pases, foram convidados a mostrar um pouco as diversas culturas que compem a Amrica Latina, a nossa Grande Ptria. E pensado, planejado e promovido por jovens como ns. Jovens comprometidos com a verdade que realmente liberta, com misso integral...

Por tudo isso, foi um privilgio ter vivenciado esse tempo com nossos irmos no Uruguai. Tempo esse que queremos reproduzir, assim que pudermos, aqui na terra-braziles.

Em Cristo, aquele que nos sustenta,

Elton e Zeny Bessa