Big Brother Brasil: manipulao, diverso e arte 3b34b

"Non nova sed nova". Nada novo no reino global, a no ser a roupagem e os rostos bonitos da stima edio do Big Brother Brasil. A histria j surrada: manipulao, diverso e arte. No conforto da nossa casa as imagens de jovens entre 20 e 30 anos brilham na tela. Deixamos de lado nossas convices e verdades crists e nos divertimos com o bvio, com a nossa prpria misria, com o atestado do homem cado.

O Big Brother surgiu na Holanda, em 1999, e virou uma febre desde ento. O programa j teve verses em mais de 21 pases. Alienao e superficialidade so as marcas desse reality show . No programa holands o primeiro candidato expulso ficou to deprimido que se atirou debaixo das rodas de um trem. Os participantes do Big Brother de Portugal no ficaram sabendo dos atentados de 11 de setembro. Na Espanha, cenas de sexo foram exibidas sem censura. Nos EUA um dos participantes foi expulso depois de colocar uma faca no pescoo de uma das participantes, ao vivo, em rede nacional.

A stima edio do BBB traz alguns fatos curiosos que mostram o atual estado de deturpao da f, dos valores cristos e de Deus. Dos 16 "heris"da casa, quatro tm medo da morte. Um dos participantes diz que Deus seu amuleto da sorte o mesmo que tem como frase de vida "tudo aquilo contribui para o bem daqueles que amam" [amam no se sabe o qu] e que, quando perguntado sobre possveis relacionamentos amorosos na casa, respondeu: "quem est na chuva pra se molhar".

Neste caldeiro de cruzes e patus, outra participante tem como amuleto um colar de prata com vrias medalhas de santos e tem Deus como seu maior heri. Perguntada sobre quem seria um homem inteligente, respondeu: "Deus!" E quem seria uma mulher inteligente, sem hesitao, disse: "Eu!" Entre os principais amuletos dos "brothers" esto fitinhas do Senhor do Bonfim e imagens de So Jorge. O livro preferido deles "Ningum de ningum", obra esprita de Zbia Gasparetto. Um dos participantes disse que seu amuleto de sorte a Bblia o mesmo que tem a Playboy como sua revista preferida e que, perguntado sobre a vida amorosa, respondeu: "Tenho um casinho aqui, outro ali, mas nada srio", e sobre namoros na casa: "Por mim tudo tranqilo. Pode ser embaixo do edredom, em cima, de qualquer forma".

O autor de Cinema e F Crist (Editora Ultimato) diz que "infelizmente, muitas vezes esquecemos tambm das nossas crenas, sucumbindo s lies sutis de ver a realidade".

Em frente telinha, muitos de ns cristos, externando de forma velada os nossos desejos mais profundos, acabamos torcendo para que o mocinho beije todas as menininhas e para que o mais esperto se d bem. A TV no apenas mostra o que h de baixo, ela reflete o que somos de mais baixo e vil. Gostamos de ver no a misria alheia, mas a realizao daquilo que no temos coragem de fazer. E s vezes no temos coragem, no por obedincia a Deus, mas por medo dele. Tal como nos filmes hollywoodianos, fazemos da alegria do heri a nossa alegria, e projetamos ali as nossas aspiraes.

Que Deus nos d sabedoria e discernimento para sermos achados irrepreensveis no dia do "paredo" de Deus.



Dica de leitura
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