guas bravias e instigantes 6q305k

Imagine-se em um barquinho, tranquilo, navegando num rio de guas calmas num fim de semana de frias. Agora visualize-se em um navio grande e pesado, balanando efusivamente, resistindo a ondas bravias de um mar gigantesco. Estas ilustraes talvez descrevam os sentimentos de quem faz jornalismo na internet.

No h calmaria no novo universo do jornalismo -- para a usar a expresso de Ethevaldo Siqueira no timo artigo para o Observatrio da Imprensa. Imerso em milhares de visualizaes, dezenas de comentrios e busca por respostas imediatas para problemas dirios, nos vemos prontos... para errar. Sim, o risco grande: parcialidades, falhas de interpretao, manipulao por parte de leitores mal-intencionados etc. Tudo isso est em um jogo que comea de manh e termina ao final do dia. Facilmente nos esquecemos do que lemos na semana anterior.

Mas em tempos de vozes variadas e dilogos desencontrados, o mar virtual pode at ser questionado, mas naveg-lo (ainda) preciso. A internet uma imensa arena de opinies, e quem se furta de adentr-la pode perder o rumo do raciocnio (ou, pelo menos, pensar com bastante atraso). O desafio navegar por mares bravios, sem perder a f, a convico, sem deixar-se encantar pelo frvolo.

No contexto cristo, infelizmente, no somos to melhores que os outros. Lemos sem ler, comentamos sem boas intenes, escrevemos com vaidade e orgulho. H que se buscar sensatez em opinies to polarizadas sobre assuntos que envolvem nossa f crist. No fcil. Nunca foi. Mas talvez esta dificuldade esteja mais escancarada do que nunca. E mais veloz tambm.

Ultimato est no mar virtual h mais de 15 anos. Tambm vivemos a angstia diria de discernir os caminhos que devemos seguir. Mas, ao mesmo tempo, nos alegramos em saber que muita gente se beneficia do que publicamos na revista, nos livros e no site. Da podermos celebrar boas notcias: em julho batemos nosso recorde de audincia no portal: 192.922 visitas em um nico ms. J no Facebook de forma ainda tmida - ultraamos a marca de 40 mil curtidas.

No final das contas, o que queremos - e oramos por isso que a Boa Nova que nunca fica velha seja propagada a um maior nmero de pessoas e em um universo cada vez maior. Sabemos que isso deve ser feito por toda a Igreja de Cristo. Que Deus nos ajude.


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